Quarta – feira, 25 de Abril de 2012.
Evangelho: Mc 16,15-20
No Evangelho de hoje Jesus apareceu para seus discípulos e pediu que
continuasse seu projeto de libertação. As obras iniciadas não poderiam
ser paradas, pois aqueles que acompanharam de perto a vivacidade de Jesus
tinham que dar sustância para o crescimento do Reino.
A preocupação de Jesus com seu projeto fez a comunidade de Marcos refletir um
pouco mais. Marcos sentia a necessidade de levar novas reflexões de ânimo para
ascender à chama do trabalho missionário. Ao voltar-se para as palavras de
Jesus, propõe-se na comunidade o ardor apostólico, pois aqueles que levarem
avante as riquezas das bem-aventuranças serão protegidos de todos os males e
nada de errado apoderar-se das suas entranhas. Nas palavras do Mestre Marcos
relata: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o
Evangelho a toda criatura!”.
A missão da comunidade de Marcos consistia
no anúncio da palavra revelada pelo Pai. O Evangelho não poderia alimentar
somente um grupo fechado de cristãos, o Santo Evangelho deveria ultrapassar as
fronteiras da ignorância e da intransigência do mundo romano. Nada poderia
segurar ou tentar aniquilar o anúncio da boa-nova. Jesus lutou para que o homem
conhecesse de perto o caminho que levasse ao encontro do Senhor e para tanto
seus discípulos deveriam fazer o Evangelho alcançar os quatro cantos da terra.
A bela frase citada pelo evangelista
Marcos ainda é contemporânea. Hoje somos a comunidade de cristãos que deve
levar o anúncio da paz, da fraternidade e da unidade. Para que isso aconteça é
preciso ser humilde. Aceitar os ensinamentos do Mestre e, na humildade, levar
para serem degustadas por todas as pessoas. Somos a comunidade de Marcos que
tem a missão de não deixar a luz ser ofuscada por elementos estranhos. Somos,
com todo respeito e amor, a comunidade cristã, presente e preocupada, com o
Reino da igualdade.
O evangelista Marcos ainda escreve nas
palavras de Jesus: “quem crer e for batizado será salvo. Quem
não crer será condenado”. Neste
argumento de comprometimento não temos como escapar do serviço. Buscamos na
igreja o batismo para fazer parte da família de Cristo, comprometemos com a
igreja de servi-la em todas as circunstâncias, tudo isso para garantir o
passaporte para o céu. Mas em contra partida esquecemos-nos de levar o anúncio
do Evangelho e fazemos de conta que não lembramos mais das promessas feitas
pelos nossos pais e padrinhos. Assim, a luz acesa no círio pascal vai se
apagando com o tempo. Nada mais será claro e o caminho começa a ficar cheio de
percalços. Os tropeços serão inevitáveis e a meta não será alcançada.
Então ouvimos frases soberbas de cristão
desatento de que Deus se esqueceu de atender seus pedidos, foi abandonado pelo
criador e, portanto não tem mais fé. Perdeu a esperança e a crença no Deus
Verdadeiro. Isto não passa de fraqueza e desamor com o Criador. Ele fez de tudo
para nos atender, até enviou seu filho amado para ser massacrado pelos malvados
e, nós, nos momentos de rejeição do Criador sopramos blasfêmias “imperdoáveis”.
Precisamos revitalizar nossa fé e fazermos como
os discípulos após o encontro com Jesus. Levantar
a cabeça e partir para o campo de batalha. Não ter medo de falar de Deus e do
seu amor para com seu povo. Apresentar com vontade e querer o Deus da vida e da
alegria. Este Deus que caminha com seu povo desde formação do primeiro
homem e da primeira mulher faz-se presente em todo tempo e espaço. Quer o bem
dos filhos que souberam encontrá-lo para pedir, agradecer e louvar pelas
maravilhas que fizestes.
Portanto, ir pelo mundo e anunciar a
palavra de Jesus é a nossa missão de cristão que almejamos um dia morar
na eterna casa celestial junto com o Criador. Para isso formos batizados e
selamos o compromisso como fiel e amoroso com o Reino da paz. Amém.
Claudinei M. Oliveira.
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