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24 de jul. de 2011

O Pai Nosso - Nancy

25 de Julho de 2011: 2ª feira

Evangelho - Mt 20,20-28

(...) saibamos pedir e dirigir os nossos pedidos a Jesus, nosso intercessor, rezando como Ele mesmo nos ensinou: "Pai nosso que estais nos céus..." Nancy

            Realmente não fomos nós que bebemos do cálice de Jesus, deveras amargo e sofrível. E não foram também os seus discípulos que, embora convivendo diariamente com o Mestre, no momento mais trágico do seu martírio, crucificação e morte, distanciaram-se.

            Entretanto, também temos um cálice a beber em nossa trajetória, que poderá ser amargo demais ou nem tanto assim, conforme a missão de cada um de nós, seus filhos, e principalmente se a nossa vida estiver alicerçada em Jesus Cristo, nosso Salvador. Com Cristo tudo se torna mais leve!

            Mas o evangelho de hoje vem falar de um fato nada novo em nosso contexto histórico e social: o desejo dos privilégios. E aqui a cena se desenrola com os filhos de Maria Salomé e Zebedeu – Tiago e João – que abandonaram o barco e a profissão de pescadores para seguir Jesus em sua peregrinação. Eram dois dos seus queridos discípulos!

            A mãe de ambos, Maria Salomé, sabendo que Jesus estaria no Reino, no trono ao lado do Pai, e preocupada com uma vida mais segura e estável dos seus filhos (o que é natural com toda e qualquer mãe!), faz um pedido a Jesus: "Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda."

            Ela não sabia o que estava pedindo! Nem sequer imaginara que Jesus não viera a este mundo terreno com o propósito de assumir o poder político e econômico. Muito pelo contrário, viera para servir à vida, resgatar os excluídos e devolver, a cada um, a dignidade perdida. Ou nunca conquistada! 

            Afinal, Jesus tinha como missão tomar daquele cálice amargo para redimir do pecado todo aquele povo de dura cerviz, pecador, resistente às mudanças, incrédulo – apesar de ver, ouvir, sentir e presenciar os prodígios e milagres do Messias. E com o poder do seu sangue de cordeiro imolado, salvaria seus discípulos e cada um de nós – batizados no fogo do Espírito Santo de Deus.

            Que tamanho privilégio seria sentar-se ao lado do Mestre! No entanto, até podemos dizer que Tiago e João já eram privilegiados, foram os "escolhidos dentre os escolhidos", participando de episódios marcantes na vida de Jesus (a ressurreição da filha de Jairo, da transfiguração no monte do Tabor, da agonia de Jesus no Horto das Oliveiras)...

            Mas Jesus é enfático ao afirmar: "(...) mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é quem dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou."

            Caros irmãos e irmãs em Cristo: assim era naquele tempo. Este é o mundo em que continuamos a viver. As pessoas se achegam, aderem ao projeto, mas reivindicam privilégios! E não era e nem é essa a proposta de Jesus. Longe a idéia de privilegiados, mas sim justiça, maior equidade social, e o merecimento por cumprir a missão de levar a Boa Nova do Reino de Deus.

            Pensemos então em nosso mundo contemporâneo, ao nosso redor. Será que a mesma situação não ocorre em nossas pastorais, movimentos, nas organizações governamentais e não governamentais? Existem pessoas que se aliam à coordenação ou cargos de destaque para conquistar poder e, assim, usufruir de privilégios pessoais, quando o propósito maior seria a coletividade, o todo? Ou, pior ainda, nos inserimos entre esses falsos evangelizadores, a bem da verdade oportunistas, lobos em pele de cordeiro!

            Lembremos que todos os seguidores de Jesus, pregadores da verdade, foram perseguidos. Muitos deles foram martirizados e trucidados, e outros banidos física ou socialmente. Qual foi o desfecho da vida de Moisés, Jeremias, João Batista, São Paulo, entre tantos outros?

            É importante refletirmos: Nossos irmãos, ou nós mesmos, também não nos sentimos bombardeados pelos nossos semelhantes, em nosso dia a dia? Não somos alvo de críticas, de olhares mal intencionados, julgamentos equivocados diante de algumas ações em defesa do projeto de Deus? Ah, não fossem os desejos de privilégios, a vaidade humana...

            Apesar de toda essa situação que não deveria reinar em nosso meio, a Igreja tem feito o seu papel, testemunhando Cristo, anunciando o Evangelho, assistindo e servindo aos mais pobres...  

            Que Jesus Cristo interceda por cada um de nós, junto ao seu Pai e nosso – Deus Eterno e Todo Poderoso – para que sejamos os portadores da sua verdade,  nos livrando de todo o desejo de privilégios ou atitudes de soberba: a espera do reconhecimento pelo trabalho, os elogios, as homenagens, a centralidade das decisões do grupo etc. Se de tudo isso nos desprendermos, se assim acontecer, seremos de fato discípulos de Jesus.

            Que saibamos pedir e dirigir os nossos pedidos a Jesus, nosso intercessor, rezando como Ele mesmo nos ensinou: "Pai nosso que estais nos céus..." Pois entre nós, irmãos: "Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos".

            Abraços fraternos.

            Nancy – professora

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