24 de Junho de
Lc 1,57-66
O Evangelho de hoje nos recorda o nascimento do último dos profetas. Jão Batista. Os profetas tinham como missão denunciar as injustiças e anunciar Deus ao mundo.
João Batista, por sua vez, denunciou a grande injustiça do rei Herodes, por isso teve a sua cabeça cortada. Assim como anunciou o Messias, aquele que ele disse não ser digno de nem amarrar as correias das suas sandalhas.
João, a voz que clama no deserto, pregou um batismo de conversão, uma nova forma de vida, pregou o endireitamento dos nossos caminhos.
Muitos jovens estão seguindo outros caminhos no mundo de hoje, e a culpa é exatamente dos adultos, principalmente daqueles responsáveis pelos destinos da sociedade, os quais aprovam leis libertinas, e leis que protegem a criminalidade juvenil.
Precisamos, a exemplo de João Batista, botar o dedo na ferida social, apontar os erros que acarretam em graves consequências, como a aprovação da camisinha, e o Estatudo do Menor, que deixa enormes brechas para o crime precoce.
A respeito desta grande tragédia, escreveu muito bem o nosso colaborador: Alexandre Soledade. Vale a pena reler.
Nossa juventude hoje, em virtude da competitividade, cada vez mais, foca sua vida no futuro. Quando não esta em regime de semi-internato imposto pelas grandes escolas visando o vestibular ou ENEM, estão buscando exatamente o inverso, ou seja, "quanto menos tempo na escola, melhor".
Apesar de contraditório alimentam a idéia de "futuro sem escola", concepção esta ligada ao precoce e desordenado "amadurecimento e emancipação" de nossos jovens. Crêem eles, pais e filhos, que já vivem a fase adulta, (liberdade sentimental, afetiva e sexual), portanto, vivem o presente como já se estivessem no futuro. (hunf!)
Em conseqüência… Essa razão "8 ou 80" também tem se estendido a fé, a participação nos movimentos sociais, aos grupos de jovens, a participação nos sacramentos, na presença das pessoas na missa dominical… Ou encontramos jovens bem dispostos e engajados ou aqueles que nem só vão à igreja "amarrados".
A lei mandou tirar o crucifixo das escolas, remove a educação religiosa, apóia a camisinha ao invés da educação e saúde (por ser mais barato), tenta legalizar o aborto como "solução", não revê suas obrigações e responsabilidades quanto ao ECA (estatuto da criança e do adolescente), persegue a opinião das entidades cristãs; tem o apoio da mídia, que dissemina suas idéias ditas "civilizadas" sobre comportamento, moda, sexo, (…) até em aldeia de índio, mas quando o bicho aperta diz que apóia a campanha da fraternidade, conversa com a CNBB, pedem ajuda…
"(…) Será que realmente fazeis justiça, ó poderosos do mundo? Será que julgais pelo direito, ó filhos dos homens? Não, pois em vossos corações cometeis iniqüidades, e vossas mãos distribuem injustiças sobre a terra. Desde o seio materno se extraviaram os ímpios, desde o seu nascimento se desgarraram os mentirosos. Semelhante ao das serpentes é o seu veneno, ao veneno da víbora surda que fecha os ouvidos para não ouvir a voz dos fascinadores, do mágico que enfeitiça habilmente". (Salmo 57, 2-6)
Esse é o mundo que criamos por termos calado e emancipado nossos jovens. Eles já são velhos e não tem mais coragem para exigir seus direitos. Aprenderam com seus pais, os mesmos que os lançam no mundo como batatas ao solo para que se criarem sozinhos. Pais estes que dizem para os filhos "você pensa que tenho tempo de ir a escola ouvir o 'blá, blá, blá' da professora?". (Alexandre Soledade)
Concluindo, estamos pagando um preço muito alto por não sermos profetas, por não denunciar tais injustiças. É muito fácil preferir os centros urbanos ao invés da periferia, e fazermos palestras e sermões água com açúcar, passando a mão nas cabeças dos injustos causadores do caos da nossa sociedade. Do mesmo modo, a imprensa e toda a midia consciente, deveria também denunciar, em vez de apoiar tais absurdos que criados pela sociedade. Na verdade, a sociedade está criando cobras que já começaram a lhe morder...
Prezados irmãos: Ação, e oração, para que este mundo não se torne inabitável!
Sal.
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