Bom dia!
Gostaria de trazer novamente um parágrafo da reflexão de ontem:
"(…) Sei que por maior ou melhor que sejam os argumentos ou exemplos que possamos dar a alguém, SEMPRE DEPARAREMOS COM UMA PAREDE CHAMADA LIVRE ARBÍTRIO. Sabemos também que o que chateia e desmotiva é a vontade que alguns tem de não ouvir e a outros de atrapalhar…".
Sim, o livre arbítrio de fazer e ser o que for conveniente.
Somos de certa forma, "vítimas" dele, pois muitas decisões ou escolhas nossas nem sempre são as melhores ou as mais recomendadas, mas sobre elas somos protagonistas e não espectadores, pois temos o poder de realizá-las. São Paulo se preocupava muito com o livre arbítrio em suas cartas apostólicas.
"(…) Alguém vai dizer: Eu posso fazer tudo o que quero. Pode, sim, mas nem tudo é bom para você. Eu poderia dizer: Posso fazer qualquer coisa. Mas não vou deixar que nada me escravize". (I Coríntios 6, 12)
O filtro do livre arbítrio é a consciência dos fatos e de suas consequências a qual muitos chamam ou preferem chamar de SUPEREGO. Os filtros são representados pelos valores pessoais, condutas, opiniões, disciplinas, hábitos e tatos adquiridos pela convivência social nos relacionamentos interpessoais.
Não foi surpreendente ver no fantástico recentemente uma pesquisa feita em quatro capitais do Brasil sobre o respeito oferecido aos mais velhos dentro dos transportes coletivos. Pessoas que fingiam estar dormindo para não ceder o lugar RESERVADO AO IDOSO para o idoso. "(…) Deus mandou a luz ao mundo, mas as pessoas preferiram a escuridão porque fazem o que é mau".
Nos contos de sabedoria do povo nordestino existe um ditado popular: "FARINHA POUCA, MEU PIRÃO PRIMEIRO!". A farinha de mandioca é muito preciosa para quem vive na caatinga ou no agreste. Sertanejos que passam horas e horas na labuta e no sol se alimentam muitas vezes somente dela. Ela também é usada em pratos e em complementos na forma de PIRÃO. Essa mistura de farinha com água é muito apreciada em pratos com frutos do mar. No dizer popular, o filho, vendo que há pouca farinha em casa, já pede a mãe que ele seja o primeiro para que não fique sem. É o lema do instinto: Nós sempre em primeiro lugar.
Mas não é pelas coisas ocasionais que nossa consciência nos questionará, mas por atos pensados… Ou seja, o abandono voluntário dos bons valores que temos em causa própria talvez faça mais mal do que o mal que fazemos a nós mesmos somente. Entenda…
Os instintos primitivos que temos nos fazem abandonar os valores que cultivamos. Brigamos quando temos fome, sede, quando injustiçados…; defendemos "nosso território" quando queremos muito algo, quando estamos apaixonados, quando amamos, (…); dificilmente reconhecemos de imediato nossos erros, mesmo já sabendo que erramos; votamos em políticos que nos prometem emprego, fingimos que não sabemos de suas falcatruas; fazemos de tudo para nos proteger, ou seja, FARINHA POUCA, O MEU PIRÃO PRIMEIRO"
Se, por maior, "melhor" ou mais altruísta que possam ser os motivos para alguém abandonar seus valores para viver na penumbra, Deus é quem julgará. O Espírito Santo que habita em nós nos conhece e sabe nossas intenções mais secretas.
"(…) Mas foi a nós que Deus, por meio do Espírito, revelou o seu segredo. O Espírito Santo examina tudo, até mesmo os planos mais profundos e escondidos de Deus. Quanto ao ser humano, somente o espírito que está nele é que conhece tudo a respeito dele. E, quanto a Deus, somente o seu próprio Espírito conhece tudo a respeito dele". (I Coríntios 2, 10-11)
Nesse momento, há dois mil e tantos anos atrás, onze homens ainda estão escondidos em casa. Os valores, aprendidos com o mestre, ficaram meio que escondidos por uma carapaça de medo. A vida só voltava ao normal nas aparições de Jesus e de sua paz.
Retiremos essas carapaças! Busquemos a verdade! Resgatemos nossos valores vencidos pelo egoísmo! Dividamos, mesmo que seja pouca, a farinha!
"(…) os que vivem de acordo com a verdade procuram a luz, a fim de que possa ser visto claramente que as suas ações são feitas de acordo com a vontade de Deus".
Um imenso abraço fraterno
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