Sábado, 30 de Abril de 2011.
Evangelho – Mc 16,9-15
Este Evangelho é último trecho do livro de Marcos. Na verdade é um apêndice escrito pela geração antiga de escritores com a intenção de completar a obra de Marcos. O Evangelho nos mostra um resumo das aparições de Jesus e pede para os discípulos continuarem o árduo trabalho missionário da evangelização. Jesus deixou a vida terrena, mas continua a motivar seus seguidores a percorrer as periferias das regiões empobrecidas levando a esperança de dias melhores. Além disso, renascer no coração de cada fiel a vontade de conhecer o projeto do reino puro e sem maldade, no qual, cada cristão possa realizar suas tarefas de bem-fazer para todos.
A mensagem deixada para nós é continuar as práticas de Jesus para alcançarmos presente o Cristo Ressuscitado em nosso meio. Significar voltarmos para a caminhada fervorosa de Jesus e sentir a sua presença com efeito de realizar boas ações. Assim, o rastro de Jesus é claro, seguro e objetivo. Suas pegadas deixaram marcas de esperança e consolo e uma missão de reviver o grande amor pelos mais pobres.
Levar a missão evangelizadora para o meio dos pobres, como notamos no lugarejo em que Jesus nasceu, cresceu, pregou, saiu da região e voltou para despertar a consciência dos judeus ainda não convertidos, voltou, mais uma vez, quando saiu o sepulcro para sua região de pobres e miseráveis, é uma constância de fé e vontade para que todos os povos enxerguem a presença do libertador. Somos também como discípulos e amados de Deus a fazer a mesma coisa. Sair em busca destes povos sedentos por justiça e solidariedade.
Como ser solidário com um povo que falta tudo? Desafios que Jesus enfrentou de peito aberto. Provou para os discípulos a possibilidade de realizar o projeto de Deus nas adversidades de vida. Vejamos nossa realidade das periferias das maiorias das cidades brasileiras, tantas necessidades. Faltam escolas, hospitais, meios de transportes, qualidade de vida, lazer, rede de esgoto tratada, segurança, energia (...), ainda poderemos enumerar com outros descasos como a falta de políticas públicas, projetos de inserção de moradores no mercado de trabalho, acesso a tecnologia e serviços públicos. Na verdade, são pessoas esquecidas que necessitam de tratamento respeitoso e dignidade. Como levar para estas pessoas a esperança, onde a desesperança é maior? Como levar o ardor missionário do Cristo vivo e ressuscitado para quem não acredita mais nas pessoas, pois já alimentaram com tantas promessas falsas e fajutas que desconsolaram?
Se levarmos o pseudo deus milagroso que cura as desgraças e dá emprego em poucos dias ainda iremos encontrar pessoas dispostas a correr atrás, mas em troca exige-se dinheiro. Isso é engodo! Isso é falacioso! Não podemos enganar nossos irmãos com falsas promessas, quem faz isso muito bem são os apolíticos que não envergonhem e continuam enrolando o povo. Cristo ressuscitado não permite que essa prática aconteça e nem foi a atitude de Jesus enquanto pregava.
Portanto, as mulheres que correram para ungir o corpo de Jesus não o encontraram, mas não falaram nada para ninguém. Porém o Cristo Ressuscitado passou por vários encontros com os seus discípulos como vimos durante a semana. Contudo o pedido é um só: continue levando a Boa Nova do Reino para todas as Criaturas e faça acontecer uma nova terra cheia de paz e fraternidade. Sigamos este Jesus e seu exemplo para que renascêssemos nesta caminhada da nova Páscoa. A páscoa da ressurreição. Amém.
Claudinei M. de Oliveira
Tenha a Paz de Cristo em seu Coração!
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