O Evangelho de hoje é uma narrativa de toda a Paixão e Morte e Sepultamento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Meditando sobre este acontecimento nós poderemos tirar proveito de muitas mensagens para a nossa existência. Primeiramente, nós percebemos que, assim como aconteceu com Jesus, há um sentido para todas as ocorrências da nossa vida. Jesus Cristo não foi preso nem foi capturado, pelo contrário, Ele próprio se entregou aos homens para que se cumprisse tudo o que já estava escrito a fim de que a vontade do Pai se realizasse. Assim, quando Jesus se entregou aos homens, na verdade Ele estava se oferecendo ao Pai, pela humanidade.
Na narrativa nós percebemos que Jesus estava consciente de tudo o que ia acontecer e, por isso, Ele próprio interpelou os guardas, dizendo: "A quem procurais"? E depois de saber que eles buscavam a Jesus, o Nazareno, Ele respondeu: "Sou eu"! Nós também precisamos estar atentos para as coisas que acontecem na nossa vida a fim de percebermos qual é a vontade do Pai para nós, principalmente nas situações em que nós temos que enfrentar os desafios. Muitas vezes nós também temos consciência de que algo precisa acontecer e que para isso, nós temos que assumir nova postura e novo compromisso, no entanto, relutamos e não enfrentamos a "fera".
Se tivermos confiança nos planos de Deus para a nossa felicidade e consciência de que Ele precisa de nós para colaborar na salvação dos nossos irmãos e irmãs, nós também não fugiremos dos obstáculos e, como Jesus Cristo, nós também nos apresentaremos diante dos nossos algozes para "beber do cálice" que o Pai tem para nós. Com a continuação da história nós verificamos que todas as coisas aconteceram coerentemente com o que já havia sido profetizado conforme as Escrituras. A Bíblia é um Livro de homens santos e pecadores e Nela nós nos identificamos quando agimos bem ou agimos mal.
O mesmo Pedro que cortou a orelha do servo do sumo-sacerdote para defender Jesus foi o que depois, por três vezes negou que O conhecesse. A atitude de Pilatos revela a nossa omissão diante das "coisas erradas" que presenciamos e, "lavamos as mãos" porque achamos que não compete a nós e não temos "nada a ver com isto". Diante de Pilatos Jesus não se justificou nem tampouco se acovardou, mas somente esclareceu: "O meu reino não é deste mundo". Aprendendo com o Mestre nós também podemos assumir compromissos e atitudes coerentes com o nosso desígnio e não nos abstrairmos do nosso ideal de vida. Realmente, o nosso reino não é deste mundo e as dificuldades que enfrentamos nesta vida temporal são apenas pontes que nos levam a atravessar o vale para chegarmos ao reino definitivo. Somos os Pedro, Pilatos, Judas e Malco da nossa geração. Somos como Anás, Caifás e até como os guardas e a encarregada que guardava a porta do lugar onde Jesus estava.
Todos nós temos o nosso posto, a diferença, porém, poderá estar no modo como nós enfrentamos os desafios da nossa missão, com os olhos voltados para o alto para beber o cálice que nos é apresentado ou olhando somente para a terra tentando nos livrar dos desafios e vivendo como qualquer um dos mortais, só para esta vida. Faça hoje a sua leitura com bastante atenção e perceba os pontos que para você devem ser mais importantes e que servem de exemplo e mensagem para a sua vida atualmente:As atitudes e as palavras de Jesus; a atitude dos discípulos, principalmente Judas e Pedro; as atitudes das autoridades; a omissão de Pilatos; a manifestação do povo, da multidão que antes proclamava Jesus Rei; a atitude dos soldados, enfim faça um paralelo dos acontecimentos da Paixão de Jesus com a sua vida cotidiana.
AS SETE PALAVRAS DE JESUS NA CRUZ:
1 – PAI, PERDOA-LHES, POIS NÃO SABEM O QUE FAZEM.
2 – HOJE, ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO.
3 – MULHER, EIS O TEU FILHO; FILHO EIS A TUA MÃE.
4 – MEU DEUS POR QUE ME ABANDONASTES?
5 – TENHO SEDE!
6 – TUDO ESTÁ CONSUMADO.
7 – PAI, EM TUAS MÃOS ENTREGO O MEU ESPÍRITO!
Amém,
Abraço carinhoso da Professora
Maria Regina
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