A palavra
João proclama a paixão não somente como um fim trágico de Cristo, mas como o caminho de sua glorificação. Jesus dizia: Quando for exaltado da terra atrairei todos a mim. Jesus não morre empurrado por um sistema. Tem plena consciência de sua missão de unir todos os dispersos. Tem força suficiente para crer que sua paixão e morte são a Revelação do amor do Pai: "Pois, o Pai amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho único, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3, 16).
Esta morte está direcionada exercendo total influxo na Igreja, figurada por Maria ao pé da Cruz, recebendo o discípulo. Ali nascem os sacramentos do sangue, Eucaristia e água, batismo. Ele culmina com o dom do Espírito: Inclinando a cabeça, entregou o Espírito. Bem dizem os santos padres: Do lado de Cristo adormecido na cruz nasceu a nova Eva, a Igreja, fecundada pelo Espírito, gerando filhos para Deus*.
Realidade
Hoje não celebramos a Eucaristia, visto que a Igreja Universal tem esta longa tradição de não celebrar missa na Sexta-feira Santa. Nesse dia de celebração da paixão e morte de Cristo, a Igreja reúne os seus fiéis para adorar e contemplar os mistérios da dolorosa redenção. Dizia Dom Elder Câmera que a Semana Santa é o retiro do povo de Deus. Hoje, Sexta-feira Santa, a adoração de Cristo na cruz atinge o ápice desse retiro. Aproveitemos esse momento, para meditarmos os sofrimentos do Redentor na cruz e, ao mesmo tempo, refletirmos sobre os nossos sofrimentos e nossas cruzes.
Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo
*Texto adaptado por Fr. Denis Francisco R. Oliveira CSsR do livro: Vivendo a Semana Santa. Editora Santuário.
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