Alexandre Soledade
Bom dia!
Quantos por ai são vistos como loucos aos olhos das pessoas? Quantos conselhos deixaram de ser ouvidos por vaidade, orgulho ou pré-conceitos formados? Um catequizando pode ensinar ao catequista? Um aluno tem algo a ensinar ao seu professor? Um padre tem ainda o que aprender sobre a liturgia?
O evangelho oferece uma oportunidade diária de reflexão. Ele trás para o balcão da análise, situações do nosso cotidiano (pensamentos, ações e reações) para serem revistas: Será que a atitude ou resposta que tive foi a mais cabível para aquele momento? Será que magoei mais do que ensinei?
A CONVICÇÃO sobre algo é um dos produtos da reflexão ou análise. Ela promove nossa auto-estima, eleva nossa motivação, revigora nossa vontade de continuar, mas não podemos esquecer que o ARREPENDIMENTO também pode nascer dessa mesma reflexão.
A mesma convicção que nos oferece um upgrade, por vezes anda lado a lado com o orgulho. Quantas pessoas que mesmo identificando que suas atitudes são erradas ou pelo menos equivocadas, escondem o fruto chamado arrependimento? Quantos por vaidade levaram até o ultimo instante de vida o orgulho de não se desculpar?
"(…) Vocês são daqui debaixo, e eu sou lá de cima. Vocês são deste mundo, mas eu não sou deste mundo. Por isso eu disse que vocês vão morrer sem o perdão dos seus pecados".
Que mérito tem alguém que não consegue reconhecer suas próprias falhas? Vai carregá-las até onde?
Ainda vemos pessoas que insistem em relutar as mudanças e as correções (as vezes nós mesmos). Muitas vezes em virtude da criação que receberam, mas uma boa parcela é por medo ou insegurança. Agarram-se a frases fortes do tipo "NÃO ME ARREPENDO DE NADA QUE FIZ OU FAÇO" ou tentam transformar a situação a "seu" favor. Quem nunca deparou com alguém, ou até a si próprio, que ao ser corrigido tirou do bolso uma resposta ou sugestão, mudando assim o foco da conversa e fugindo de aceitar o próprio erro?
Somos amados por Deus e ninguém nos condenou, por que correr de dar frutos, crescer, (…)? O orgulho nos condena ao ostracismo.
"(…) O terreno que recebe chuvas frequentes e fornece ao agricultor boas searas, é abençoado por Deus. O QUE PRODUZ SÓ ESPINHOS E ABROLHOS É ABANDONADO, não demora que será amaldiçoado e acabará sendo incendiado. Embora vos falemos desse modo, caríssimos, temos a melhor idéia a vosso respeito e de vossa salvação". (Hebreus 6, 7-9)
Não deixemos para o último dia o que pode ser feito ainda hoje! Perdoe! Releve! Peça desculpas! Desarme-se às correções que recebemos! Quantas famílias se empenham em celebrar missas e missas pelo perdão póstumo de quem nunca quis se arrepender em vida?
Se por ventura chegou a conclusão que não consegue ou que é muito difícil, creia, você não esta sozinho! Dê o primeiro passo! "(…) Quem me enviou está comigo e não me deixou sozinho, pois faço sempre o que lhe agrada".
Um imenso abraço fraterno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário