8 de Abril de 2011: 5ª feira
Evangelho - Jo 7,1-2.10.25-30
"QUERIAM PRENDÊ-LO, MAS AINDA NÃO TINHA CHEGADO A SUA HORA" Nancy
Olhando para o evangelho deste dia de hoje, me veio à memória o capítulo 3 do Eclesiastes, falando sobre o tempo para tudo, o que me inspirou a reproduzi-lo aqui (uma obra prima, digamos!) para, após, refletirmos sobre o evangelho narrado por São João.
"Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus:
tempo para nascer e tempo para morrer;
tempo para plantar e tempo para arrancar o que foi plantado;
tempo para matar e tempo para sarar;
tempo para demolir e tempo para construir;
tempo para chorar, e tempo para rir;
tempo para gemer, e tempo para dançar;
tempo para atirar pedras, e tempo para ajuntá-las;
tempo para dar abraços, e tempo para apartar-se.
Tempo para procurar, e tempo para perder;
tempo para guardar, e tempo para jogar fora;
tempo para rasgar, e tempo para costurar;
tempo para calar, e tempo para falar;
tempo para amar, e tempo para odiar;
tempo para a guerra, e tempo para a paz."
Podemos afirmar: há tempo para tudo, e para todo propósito debaixo dos céus. E é claro, não nos resta dúvida alguma que, Jesus – filho do Pai – sabia que o tempo de sua paixão e morte estava muito próximo; a hora fatal era chegada. Tanto sabia que se esmerava em atenção, cuidado e ensinamentos aos seus discípulos, que seriam os seus seguidores – os verdadeiros missionários que dariam continuidade à sua obra. À obra do Pai!
A festa judaica das Tendas estava para acontecer e por isso, como tradição, todos subiam para a Judéia para a realização das comemorações festivas, além de ser este um local propício à pregação da palavra.
Da mesma forma que seus irmãos, Jesus também começava a subir para lá, "meio às escondidas", porque já estava ameaçado de ser preso, martirizado e morto, conforme relato de João: "Entretanto, aproximava-se a festa judaica das Tendas. Quando seus irmãos já tinham subido, então também ele subiu para a festa, não publicamente mas sim, como que às escondidas."
No entanto, Jesus era uma figura pública, logo conhecido e reconhecido pelo povo! Comprovemos: "Não é este o homem que estão querendo matar? Vejam! Ele está falando em público, e ninguém diz nada contra ele!" E é lógico! Seria impossível que ele passasse despercebido pela multidão, a mesma multidão que por inúmeras vezes o acolhera, o seguira, caminhara com ele. E sabia dos seus prodígios e milagres!
Eis que aqui se encontrava o Filho do Homem, o Mestre Jesus, participando das festividades, e aguardando o seu tempo e a sua hora. Ninguém, pois, colocara as mãos em Jesus...
Muito claramente podemos perceber a dimensão humana e divina do Messias. Humana, no momento em que começa a subir para a festa das Tendas, com atitudes de certo temor, angustiado, mas como diz o evangelista, "meio às escondidas." Divina, porque confiava no Pai e sabia – antecipadamente – que passaria pela tribulação, pelo calvário, para nos salvar e, após, ressuscitaria.
Caros irmãos e irmãs: Ressuscitemos para a vida em honra e glória a Jesus. Ressuscitemos! Sim, ressuscitemos, levantemos! Levantemos do nosso comodismo, da nossa paralisia, e nos coloquemos à caminho do Pai, assumindo o nosso compromisso de batizados no fogo do Espírito Santo.
Oremos: Senhor Jesus Cristo, movidos pela certeza do vosso amor infinito e misericordioso para conosco, dá-nos a graça de testemunhar, com coragem, a Boa Nova do teu Reino, pois:
"(...) Para tudo há um tempo, para cada coisa há um momento debaixo dos céus:
tempo para nascer e tempo para morrer (...)"
Amém! Amém! Amém!
Fraternais abraços.
Nancy – professora
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