"Eu sou!" – Claudinei Oliveira
Quinta - Feira, 14 de Abril de 2011.
Evangelho – Jo 8,51-59
O Evangelho de hoje é a continuação do diálogo entre Jesus e os judeus na leitura de ontem. Os judeus ainda não acreditam que o Mestre é o Filho de Deus e que foi enviado para semear a palavra da verdade. Relutam em não querer compreender sua mensagem. Contudo sabiamente Jesus volta-se para seus opositores e declara: Em verdade, em verdade, eu vos digo: se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte.' O significado desta frase está carregada de significância que os judeus ficaram perplexos. Quer dizer que a palavra profetizada por Jesus além de libertar do pecado ainda protege a vida. O homem não conhecerá a morte se guardar os ensinamentos tanto divulgado com veemência por Jesus. Assim, o homem deve morrer para o mundo, mas viver para Deus. Porém, viver para Deus não combina em cruzar os braços diante do serviço da evangelização. Jesus mostra para os judeus que a vida terrena é pequena para saltitar tanto orgulho e avareza. A vida eterna permanecerá para aqueles que cultivam a bondade, a alegria, o perdão e o apreço pelo outro. O convite foi feito. Seguem àqueles que se deixaram levar pelo ardor do compromisso.
Mesmo com a confiança passada na argumentação aos judeus, os mesmos questionam Jesus: 'Agora sabemos que tens um demônio. Abraão morreu e os profetas também, e tu dizes: 'Se alguém guardar a minha palavra jamais verá a morte'. Acaso és maior do que nosso pai Abraão, que morreu, como também os profetas? Quem pretendes tu ser?' O diálogo enfureceu os judeus. Quem pretendes tu ser? Maior do que o pai Abraão? Ele está morto. Sabemos que os profetas morrem! Agora, tu afirmas que não morrerá quem ouvir suas palavras e praticá-las? Difícil é fazer sua vontade!
Quantos de nós não assimilamos os judeus. Quantos de nós colocamos acima de Deus. Quantos de nós cultuamos e adoramos deuses.! Quantos de nós não queremos enxergar a luz de Cristo. Quantos pecados! Quanta falta de fé. Quanto desprezo! Ainda bem que nosso Pai não dá atenção para nossas ignorâncias. Este é o Deus maravilho!
Este Jesus é magnífico quando foi interpelado por insinuar que nem chegava perto de Abraão. Respondeu para os judeus o sentido da crença: 'Se me glorifico a mim mesmo, minha glória não vale nada. Quem me glorifica é o meu Pai, aquele que vós dizeis ser o vosso Deus. No entanto, não o conheceis. Mas eu o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria um mentiroso, como vós! Jesus conhece a verdade porque foi gerado na verdade. Como uma verdade pode gerar uma mentira? Porém, os judeus insistem que o Deus de Abraão é vosso Deus, mas desconhecem que Jesus é filho deste Deus. Neste contexto percebemos que a falta da fé é eminente nos judeus. A prova da libertação está a sua frente, mas querem mesmo é calar a voz enviada pelo Pai.
No final do Evangelho Jesus surpreende ainda mais os judeus quando afirmou que eu sou. Abraão já fora. Abraão já formou o povo escolhido de Deus. Como filho do pai conhece Abraão. Aqueles interlocutores de Jesus não tinham conhecido, mas Jesus sabia do que estava falando: 'Em verdade, em verdade vos digo, antes que Abraão existisse, eu sou'. Cabe a cada um de nós buscarmos a verdade do Evangelho e praticar com voracidade em favor daqueles – como os judeus – necessitam conhecer a Santa Palavra. Amém.
Abraços.
Claudinei Oliveira.
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