"PROCURAVAM PRENDER JESUS, MAS ELE ESCAPOU-LHES DAS MÃOS"
15 de Abril de 2011: 6ª feira
Evangelho - Jo 10,31-42
"VOCÊ TAMBÉM JÁ FOI, ALGUMA VEZ, APEDREJADO POR PREGAR A BOA NOVA DE JESUS?" – Nancy
Quão incrédulos eram os judeus! Sabiam, viam, presenciavam as obras de Jesus e mesmo assim queriam apedrejá-lo. Não admitiam de maneira alguma que ELE – o Filho do Homem – se declarasse semelhante ao Pai. Logo, herdeiro do trono de Deus, também o próprio Deus.
Blasfêmia! Era essa a palavra de ordem que os judeus utilizavam para condenar a atitude de Jesus ao declarar que era o Enviado do Pai, o Messias, que viera para ser o rei do seu povo eleito – os judeus – e salvar toda a humanidade.
Jesus não fora apedrejado pelos judeus, e nem mesmo foi preso naquele momento. Fugira para o outro lado do Jordão, lugar em que poderia ficar mais seguro. Afinal, não era chegado ainda o seu momento.
A própria Escritura é o alicerce, a defesa de Jesus ao ser acusado de cometer uma blasfêmia por suas declarações divinas, quando responde às injúrias dos judeus: "Acaso não está escrito na vossa Lei: 'Eu disse: vós sois deuses?' Ora, ninguém pode anular a Escritura: se a Lei chama deuses as pessoas às quais se dirigiu a palavra de Deus, por que então me acusais de blasfêmia, quando eu digo que sou Filho de Deus, eu a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo?"
Na verdade, não era exatamente essa declaração de Jesus que incomodava os judeus. Ela também os indignava, não há como negar. Porém, o poder e a autoridade do Pai, delegados a Jesus para fazer as boas obras, os assustava. Além do seu carisma e liderança que atraia grande multidão que o seguia, e acreditava n'Ele. Essas coisas realmente eram ameaçadoras para os judeus, desestruturando-os.
Jesus sabia de tudo, inclusive dos motivos que o levariam ao calvário. Mas nem por isso se omitia, nem permitia ser amordaçado pelas autoridades e mestres da Lei. Continuava curando da cegueira, da surdez, da mudez... Encorajava o paralítico a andar novamente, expulsava os demônios daqueles que se achavam possuídos, devolvendo-lhes a alegria de viver. Perdoava os pecados e libertava. Obras, boas obras, muitas obras Jesus fazia!
Quão perigosos eram os ensinamentos de Jesus desvendando um novo mundo e uma nova vida aos marginalizados. Dar voz e vez aos irmãos excluídos da sociedade: pobres, abandonados, condenados, prisioneiros, doentes, prostituídos... Verdadeiros ensinamentos de política e fé!
Não poderia ser diferente: Jesus precisaria ser morto mesmo. Se ele permanecesse junto ao povo, uma revolução ocorreria, o povo se revoltaria, as estruturas políticas governamentais ruiriam. Era mais fácil apenas um morrer para salvar os demais, e essa era a sua missão: beber do cálice amargo, tornar-se o cordeiro imolado para nos redimir do pecado.
Irmãos e irmãs: você também já foi, alguma vez, apedrejado por pregar a Boa Nova de Jesus? Já se sentiu caluniado, perseguido, ameaçado por denunciar as injustiças e descalabros sociais que os seus olhos – bem abertos – enxergaram? Já fez da sua língua um precioso instrumento para testemunhar Jesus em sua vida ou para proclamar a palavra de Deus? Já levantou as mãos para agradecer, louvar e glorificar a Deus, sendo acusado de fanatismo?
Peçamos a misericórdia de Maria Mãe Santíssima, para que seja a intercessora de cada um de nós – cristão apedrejado por amor ao evangelho, junto ao seu filho Jesus Cristo, e assim perseverarmos com fé e coragem para pregar e praticar as boas obras, à semelhança de Jesus. Amém! Amém! Amém!
Abraços fraternos.
Nancy - professora
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