14 de Janeiro de 2011 – quinta-feira
Evangelho - Mc 2,1-12
O Filho do Homem tem na terra poder de perdoar pecados
Na leitura do evangelho de hoje de Marcos, quero destacar os versículos 6 e 7 para refletir com vocês sobre a importância do perdão e a autoridade de Jesus Cristo para fazê-lo. Ei-los:
Ora, alguns mestres da Lei, que estavam ali sentados, refletiam em seus corações: ‘Como este homem pode falar assim? Ele está blasfemando: ninguém pode perdoar pecados, a não ser Deus'.
Alguns mestres da lei judaica compreendiam e interpretavam as leis de Moisés com a mente fechada, não admitindo que o poder de perdoar pecados fosse delegado, se assim podemos dizer, ao filho de Deus Pai: o Messias – Jesus Cristo. Aliás, muitos ainda esperavam a vinda do Messias!
Marcos narra enfaticamente, no início do texto, que Jesus Cristo, alguns dias depois, entrara novamente em Cafarnaum, subentendendo que a sua missão profética e evangelizadora se alastrara por todos os lugares, razão inclusive do porquê de Jesus Cristo manter-se, publicamente, fora da cidade.
No entanto, todos o procuravam. E quando encontravam o Mestre, a notícia se espalhava com a força dos ventos, causando aglomeração de pessoas que queriam vê-lo, tocá-lo ou simplesmente ouvi-lo.
Com humildade e acolhendo a todos, Jesus Cristo processava milagres diante da multidão com poder e autoridade indescritíveis, como ocorrera com o paralítico deste evangelho de hoje.
Ressalte-se, de imediato, a fé do paralítico e dos seguidores do Messias. De forma alguma Jesus Cristo blasfemava quando perdoava os pecados! Afinal, era o Filho de Deus vindo ao mundo para proclamar a Boa Nova, morrer na cruz por cada um de nós e, assim, levando os nossos pecados, salvar a humanidade.
Não é de se admirar que tamanho poder e autoridade abalassem sobremaneira as estruturas políticas e sociais vigentes na época! Imagine-se uma multidão carente de justiça social, marginalizada e doentia diante de um ser humanizado que se compadecia das dores, angústias e necessidades de um povo!?
Podemos assim avaliar e compreender o turbilhão de incertezas e
medo ocasionados às autoridades governamentais e eclesiásticas que mantinham o monopólio das decisões em prol de uma classe social privilegiada – o império judeu. Jesus Cristo lhes abria os olhos, os ouvidos, a boca... Pregava e anunciava a palavra de Deus que libertava da escravidão, ensinando e mostrando o caminho da salvação. Quão perigoso tudo isso poderia ser!!!
Queridos irmãos e irmãs em Cristo: lembremos que a nossa palavra e a nossa atitude também podem provocar inquietações no local onde vivemos e sobrevivemos, trazendo críticas, inveja, rejeição... Jesus Cristo bem dizia que tinha vindo para trazer a paz, e não somente paz. Junto a ela viria também o confronto, a guerra!
Acima de tudo a nossa missão é SERVIR: estimulando os caídos a se levantarem, despertando aqueles que dormem, corrigindo com amor os que erram ou se desviam do caminho, aconselhando e acalmando os violentos e agressivos. Mas para isso somos vistos e observados em todo momento; mesmo que não saibamos, somos modelos de cristãos, de pregadores da palavra, de missionários e evangelizadores. Quanta responsabilidade a nossa!
Peçamos que Maria Santíssima, mãe de Jesus e nossa, caminhe à nossa frente e nos faça modelo de evangelização aos nossos irmãos, mesmo sabendo de nossas limitações e imperfeições. Amém!
Nancy - professora
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