Lc 2,22-40
A preocupação dos pais de Jesus em levá-lo ao Templo para ser apresentado e consagrado com manda a tradição como exigência da criança do sexo masculino revela a doutrina catequética do enriquecimento na fé e no dogma da igreja de Cristo. O templo é a porta de entrada para a luz de Deus e sedimentar na fé a Criatura para gozar da verdadeira libertação. A cumplicidade entre os pais de Jesus e o Templo culmina no revestimento da cultura salvífica, isto é, apresentar o menino para Senhor no Templo é aceitar as Leis de Moisés que norteiam para a fé. Mas este menino apresentado ao Senhor é filho de Deus que provocará o mundo em mudanças e enfrentará os poderosos para cumprir a profecia de Isaías. Simeão revela em seu cântico que Este menino vai ser causa tanto de queda como de re-erguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. (v. 34) Com estas palavras Simeão profetiza para Maria, mãe de Jesus, com o menino nos braços, que a realidade vivida por muitos não será a mesma quando conhecer o Verdadeiro Jesus de Nazaré.
Jesus veio trazer a paz e a fraternidade para todos, mas os caminhos da paz revelado por Deus não se percorrem com opressão e violência. O mundo romano precisava mudar e acolher todos com dignidade e justiça. Dar ao entendimento ao homem para conceber a Graça divina e fazer penetrar nos corações endurecidos de muitos opressores. A presença da família de Nazaré em Jerusalém é a revelação de que algo deveria acontecer para criar novas atitudes de vida entre os povos. O povo de Israel não deveria permanecer sob o jugo dos poderosos e ser acoitados para enriquecer cada vez mais uma parcela ínfima da população. A libertação era o caminho já iniciado na travessia do mar Vermelho com Moisés. Mesmo assim o povo de Deus era violentado na suas entranhas pelo perverso opressor. A luz do oriente apareceu fisicamente e se fez humano para concretizar a mansidão entre os povos e deixar Simeão partir em paz.
Jesus cumpre com veemência seu papel de levar a Boa-Nova para todos. Mas sua mãe vê transpassar uma espada em seu peito quando Jesus foi entregue para ser morto pelos soldados romanos. Quantas mães vêem seus filhos serem devorados pelos maus caminhos, pelas drogas, pelas bebidas e pelas violências no trânsito. Será que elas levaram o filho quando era pequeno à Igreja? Será que ensinaram as doutrinas da Igreja, serva de Deus, o caminho do bem? Será que incentivaram e prescreveram seus filhos a serem fieis a Deus? É preciso voltar para Deus e praticar desde pequeno a amar a doutrina da igreja para ser féis ao Evangelho. Maria e José deram o primeiro passo com Jesus, mas nós homens temente de Deus fazemos como a Família de Nazaré com nossos filhos? São poucos que fazem, são poucos que cultivam a luz acesa no batismo e encaminham os filhos para a Igreja. São poucos que ensinam a criança a amar e a partilhar como Jesus fez. É difícil mais, é preciso carregar os filhos nos braços até a igreja e mostrar o Deus da esperança que trás a felicidade e o respeito entre todos.
Porém nada está perdido. Bastar encorajar e ter fé neste Deus que dá força e coragem para disseminar a verdade da Palavra salvadora. A letargia não pode fazer parte da nossa vontade em querer conhecer este menino que transformou o mundo e fez Simeão esperar para partir a fim de completar o revelar do Espírito Santo. Agarra neste Pequeno e vamos coagir para que Ele favoreça a alegria de servir com servidão e mansidão. Assim, possa crescer na sabedoria divina e promover a paz.
Portanto, o mundo dos homens necessita de mudanças e transformações de qualidade para que todos vivam bem. Mas precisamos arregaçar as mangas e enveredar nossas atitudes de filhos cristãos para ver a liberdade reinar entre os víveres deste mundo. Amém!
Abraço fraterno:
Claudinei Oliveira.
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