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25 de jan. de 2011

A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos - Nancy

26 de Janeiro de 2011 – quarta-feira

Evangelho - Lc 10,1-9


 "(...) É DANDO QUE SE RECEBE (...)"

"Enviai Senhor, muitos operários a Vossa Messe. Pois a messe é grande, Senhor, e os operários são poucos!"

Estas frases são entoadas pelo povo, nas missas, no momento meditativo após a comunhão do corpo e sangue de Jesus Cristo. Clama-se pelo envio de mais trabalhadores para a expansão da messe.

Neste evangelho de Lucas podemos perceber a importância da parceria, do companheirismo, no momento em que Jesus envia os discípulos, dois a dois, para a missão. E os envia, como cordeiros, para o meio de lobos.

Jesus sabia que os seus enviados enfrentariam tempestades, violência, rejeição... E seriam também julgados como revolucionários, milagreiros, fora de si, à semelhança de Jesus. Poderiam, inclusive, correr o risco de serem devorados pelos lobos em virtude da mansidão – característica dos cordeiros.

Uma linda parábola, chamada "Francisco e o lobo de Gubio", pautada nas atitudes de acolhimento, bondade e mansidão de São Francisco, podem servir como ilustração às palavras de Lucas neste Evangelho. Ei-la:

"Francisco e o lobo de Gubio"

Gúbio, uma cidade na Úmbria, estava tomada de grande medo. Na floresta da região vivia um grande lobo, terrível e feroz, o qual não somente devorava os animais como os homens, de modo que todos do povoado estavam apavorados!

E todos andavam armados quando saíam da cidade, como se fossem para um combate. Por isso, cercaram a cidade com altas muralhas e reforçaram as portas.

Certa vez, quando Francisco chegou naquela cidade, estranhou muito o medo do povo. Percebeu que a culpa não podia ser unicamente do lobo. Havia no fundo dos corações uma outra causa, que era tão destrutiva como parecia ser a causa do lobo.

Logo, Francisco ofereceu-se para ajudar. Resolveu sair ao encontro do lobo, sozinho e desarmado, mas cheio de simpatia e benevolência pelo animal, e como dizia às pessoas, na força da "Cruz."

O perigoso lobo, de fato, foi ao encontro de Francisco, raivoso e de boca aberta pronto para devorá-lo!

Mas quando o lobo percebeu as boas intenções de Francisco e ouviu como este se dirigia a ele como a um "irmão", cessou de correr e ficou muito surpreendido.

As boas vibrações de Francisco de Assis anularam a violência que havia no "irmãozinho" lobo. De olhos arregalados, viu que esse homem o olhava com bondade.

Francisco então falou para o lobo: "Irmãozinho Lobo, quero somente conversar com você, meu irmão... E caso você esteja me entendendo, levante, por favor, a sua patinha para mim!"

O "irmãozinho lobo", então, perante tão forte vibração de amor e carinho, perdeu toda a sua maldade. Levantou confiante, a pata da frente, e calmamente a pôs na mão aberta de Francisco.

Então, Francisco disse-lhe amorosamente: "Você por sua vez, também será amigo de todas as pessoas desta cidade, pois de agora em diante você terá uma casa, comida e carinho, sendo assim, não precisará mais matar nem agredir ninguém, para sobreviver..." Querido irmãozinho lobo, vou fazer um trato com você! De hoje em diante, vou cuidar de você meu irmão! Você vai morar em minha casa, vou lhe dar comida e você irá sempre me acompanhar e seremos sempre amigos!"

Com a promessa de nunca mais lesar nem homem nem animal, foi o lobo com Francisco até a cidade. Também o povo da cidade abandonou sua raiva e começou a chamar o lobo de irmão. Prometeu dar-lhe cada dia o alimento necessário.

Finalmente, o "irmão lobo" morreu de velhice, pelo que, todos da cidade tiveram grande pesar. Ainda hoje se mostra em Gúbio, um sarcófago feito de pedra, no qual os ossos do lobo estão depositados e guardados com grande carinho e respeito durante séculos.

Caros irmãos e irmãs, com certeza, inúmeras vezes também nos deparamos com lobos em pele de cordeiro que chegam a nos agredir, rejeitar, quase nos devorar!

Paremos para refletir nas atitudes de São Francisco que, espelhadas em Jesus Cristo, conseguiram mudar a índole de um animal. Mudança esta ocorrida pelas atitudes de fé, amor, cuidado, carinho, atenção...

Será que também nós, em momentos de conflito nas relações humanas: em nossa casa com os familiares, em nosso trabalho com os demais companheiros de trabalho, nos trabalhos pastorais em nossa paróquia, nos lugares públicos com nossos amigos e conhecidos, entre outros, nos digladiamos (no bom sentido!) por falta de atitudes de cortesia? Por falta de compreensão? Por disputas de liderança? Enfim, por excesso de vaidade?    

Se pararmos para pensar e refletir, talvez cheguemos a triste, ou feliz conclusão, de que o ocorrido com o lobo de Gubio também acontece em nosso meio, conosco: animais racionais!

Ainda há tempo para nos converter, pois "O Reino de Deus está próximo de vós'" – disse Jesus. Somos chamados para o trabalho de evangelização numa messe que necessita da força motriz dos operários para expandir a Palavra de Deus.

Peçamos o Espírito Santo de Deus que, em sua infinita misericórdia, nos ensine a recuar nas agressões (físicas, gestuais, em palavras), nos possibilitando responder com carinho e compreensão às situações de conflito, medo, limitações, ataque. Que possamos ser agraciados com o dom de transformar os inimigos em companheiros e amigos de todos para fazer valer a máxima de São Francisco: "(...) É dando que se recebe (...)"

Abraços fraternos.

 

Nancy - professora

 

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