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21 de jan. de 2011

Os parentes de Jesus diziam que estava fora de si - Nancy

 

22 de Janeiro - SÁBADO


"Colocar os dons gratuitos em função dos mais necessitados é realmente uma postura de alguém que parece estar fora de si, principalmente naquele tempo de escravidão e exclusão social e política!"- Nancy

Evangelho - Mc 3,20-21

A fama de Jesus Cristo e a Boa Nova se propalavam pelos quatro cantos de Israel, e os que o procuravam eram tantos que não era de se admirar que o Mestre mal encontrasse tempo para se alimentar.

A presença de Jesus Cristo, de forma cada vez mais intensiva, atraía uma multidão de pessoas que se aglomeravam para vê-lo, ouvi-lo, tocá-lo... E "servir" era prioridade na vida de Jesus. Afinal, para isso ele fora enviado ao mundo, para salvar os pobres e oprimidos, combater os poderosos, denunciar as irregularidades e as injustiças sociais.

Jesus estava constantemente com os seus discípulos e os preparava para a missão, pregando e praticando as boas ações, dando-lhes poder para fazer as mesmas obras que ele fazia. Naturalmente que as atitudes de Cristo desagradavam às autoridades oficialmente constituídas, o que dava margem para chamá-lo até de revolucionário, e os parentes considerá-lo fora de si.

 

Note-se nesta passagem narrada por Marcos: "Os parentes de Jesus diziam que estava fora de si." Fora de si estavam as pessoas que, humanas demais – racionais, nem conseguiam entender a grandiosidade do poder de cura de Jesus, a sua autoridade para expulsar demônios, bem como o seu conhecimento e sabedoria para intuir os fatos e o contexto daquela época.

 

É claro que Ser e Estar preenchido do Espírito Santo transforma a atitude, a postura das pessoas, tornando-as mais sensíveis às questões sociais que afligem a humanidade. Colocar os dons gratuitos em função dos mais necessitados é realmente uma postura de alguém que parece estar fora de si, principalmente naquele tempo de escravidão e exclusão social e política!  

Imaginemos o tumulto que ocasionara aos poderosos daquela época a vinda e a presença contagiantes de Jesus Cristo no meio de um povo! No meio de um povo, diga-se de passagem, que há muito esperava a vinda de um Salvador, pois estavam exaustos da escravidão, vivendo sob o jugo opressor do império herodiano.

Paremos um pouco para refletir sobre a extensão dessa vinda de Jesus. Até nos arriscamos a afirmar: uma ameaça (bendita ameaça!) ao povo de Israel, povo de dura cerviz, inflexível! Assim eram os Mestres da Lei que se julgavam perfeitos, cumpridores da Lei e superiores às demais classes sociais, principalmente os pobres e excluídos de tudo e de todos! 

Entretanto os fariseus, cumpridores da Lei, a interpretavam ao pé da letra – literalmente. No entanto, não vivenciavam em seu cotidiano os preceitos legais, sendo impiedosos e partidários do poder religioso e político de Herodes – razão de terem matado Jesus.  Matado para desobstruir o caminho, essa é a verdade, impedindo que Ele abrisse os olhos, os ouvidos e a boca daqueles sem voz e nem vez!

Jesus realmente era diferente de todos: falava a verdade, curava, apontava caminhos, conscientizava, condenava e corrigia os que agiam incorretamente. Mas não julgava as pessoas! Pelo contrário, condenava os erros, mas acima de tudo orientava, amava e perdoava os irmãos, trabalhando incansavelmente.

Pensemos! Caros irmãos e irmãs em Cristo: como uma Boa Nova poderia ser ocultada? Nada mais natural que ela fosse compartilhada com todos para que o Reino de Deus se concretizasse, fazendo com que a justiça se instalasse na Terra. Para todos!

Vivemos ainda tempos difíceis. E muitos podem nos considerar fora de si quando entregamos nossa vida a serviço do Reino de Deus. E como seguidores de Cristo podemos também ser considerados perigosos, revolucionários... Mas façamos a  parte que nos cabe como missionários e evangelizadores nesta trajetória terrena.

Que Deus Pai Todo Poderoso, através de seu Filho Jesus Cristo, nos conceda tempo e espaço para sermos seguidores fiéis do Mestre, colocando os dons recebidos gratuitamente em função dos mais necessitados, espalhando e vivenciando a Palavra de Deus, nosso criador.  Amém!

Abraços fraternos.

Nancy - professora

 

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