29 de Janeiro de 2011 - sábado
Evangelho - Mc 4,35-41
O mar, a barca, o vento. As ondas, o sacolejar, a tempestade. O medo, o outro lado da margem, a vida.
Inúmeros são os elementos e as palavras utilizados neste evangelho de Marcos para expressar a grandiosidade infinita do Filho de Deus – Jesus Cristo.
Jesus está sempre conosco na barca de nossa caminhada, como estava com os seus discípulos nesta passagem do evangelho.
Mesmo que às vezes não percebamos a sua presença, Ele é o timoneiro que nos ajuda a singrar os mares da vida. Basta que O deixemos entrar e nos conduzir! Ele nos ajuda na travessia para a outra margem, para o outro lado (por nós desconhecido, talvez!), enfrentando a fúria das ondas e do vento, na certeza de que com Ele nada precisamos temer. E assim a travessia para a outra margem se faz com calma e serenidade. Cremos nisso?
Somos ainda muito fracos na fé como foram os nossos antepassados. Somos, em muitos momentos de dificuldade, semelhantes a Tomé que precisou ver para crer. Vacilamos na fé porque somos, apesar de cristãos, humanos e racionais. Ainda precisamos ver, ouvir, tocar concretamente...
A tendência ao comodismo é uma característica do ser humano. Não é a toa que diante de qualquer turbulência: a minha, a sua, a nossa primeira reação é de pavor, de recuo, de omissão, de rejeição... Exatamente como os discípulos repreendidos neste evangelho por Jesus, que dormia no barco, mas estava vigilante: "Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?"
Pensemos um pouco: aqueles discípulos que estavam sempre com o Mestre, aprendendo e testemunhando os prodígios por "ELE" realizados, e ainda padeciam pela fraqueza na fé! Quão pequenos e pobres somos nós, que vivemos num mundo tão conturbado onde reina a distorção de valores, a corrupção, o consumismo, o imediatismo.
Quem dera pudéssemos ver – com os olhos do coração e da alma – a barca deste evangelho de hoje como sendo a nossa própria vida: a nossa labuta diária que navega de uma margem à outra para cumprirmos as tarefas cotidianas: na casa, nas pastorais, nos escritórios ou escolas, nas ruas, nas lutas e conflitos de relações familiares, sociais, políticas. Com Jesus como timoneiro!
Estamos na barca de Jesus e com Jesus! E assim mesmo, por incrível que pareça, por muitos momentos nos deixamos fraquejar pelo desânimo, pela decepção, pela preguiça... Qualquer tormenta é suficiente para nos derrubar porque somos fracos na fé!
Mas somos evangelizadores e missionários de Jesus. Seremos mais semelhantes a ELE quando entregarmos a ELE, e somente a ELE, os remos e a barca da nossa vida.
Roguemos a Maria, mãe do Salvador, que interceda por todos nós, junto ao seu Filho Jesus Cristo, nos atribuindo os dons da fortaleza, da perseverança e da fé, para entregarmos a barca de nossa vida nas mãos do Senhor, confiando que Ele tudo fará.
Nancy - professora
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