17 de Fevereiro de 2011 – 5ª feira
Evangelho - Mc 8,27-33
"QUEM DIZEM OS HOMENS QUE EU SOU?" Nancy
"Quem dizem os homens que eu sou?" Foi essa a pergunta de Jesus a seus discípulos que o acompanhavam cotidianamente, querendo saber a opinião do povo sobre a sua pessoa.
Tal pergunta não fora feita em vão, pois Jesus Cristo sabia de antemão o que pensavam as pessoas. Sabia as diversas imagens a respeito de sua personalidade, mas queria reafirmar aquilo que já sabia, ouvindo dos seus seguidores o que escutavam por detrás dos camarins.
Que diziam ser Ele João Batista, ou Elias, e outros, ainda, algum dos profetas, tudo isso Ele também já sabia! Nada disso era novidade.
No entanto, a resposta de seus discípulos era o que realmente importava para Jesus, pois eles seriam aqueles que dariam continuidade à sua ação missionária, ao Projeto de Deus.
Ouvindo a resposta de seus discípulos, antecipada por Pedro, afirmando ser Ele o Messias, apesar de saber das dificuldades dos mesmos em reconhecê-lo, verdadeiramente, como o Salvador do Mundo, pois muitos deles também fraquejavam na fé, ficou feliz.
O Mestre, porém, os proibiu de propalar sobre isso.
Passado tanto tempo, nós poderíamos retornar a mesma pergunta ao povo cristão: freqüentador das igrejas, que contribui com o dízimo, participa das pastorais, trabalha pelos movimentos nas paróquias, dioceses etc. "Quem é Jesus Cristo para você?"
Muitas respostas seriam ouvidas por nós. Muitas respostas também nós daríamos, e muitas delas tiradas do catecismo, decoradas, porém sem transmitir um sentido real de Jesus na vida de cada um de nós – cristãos. De forma similar também nós poderíamos titubear ao dar uma resposta verdadeira sobre o Messias – Jesus Cristo.
Ainda trazemos em nós muita surdez e cegueira espiritual que nos fazem ouvir ruidosamente e enxergar embaraçadamente. Ouvimos o que queremos acerca de Jesus e vemos apenas o seu vulto. Precisamos ainda tocá-lo, senti-lo em nossas vidas.
Entretanto os discípulos, peregrinos e seguidores de Jesus, responderam seguramente: "'Tu és o Messias." Eles o conheciam e o reconheciam como o Salvador da humanidade, não Rei e Salvador apenas do povo de Israel. E por isso prosseguiriam como missionários do Reino de Deus.
No entanto, não aceitavam ainda o martírio de Jesus, querendo poupá-lo de tal sofrimento. Como poderiam permitir que o Filho do Homem sofresse tanto na cruz, fosse rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei? E, finalmente, morto e, três dias depois, ressuscitado?
Os ensinamentos de Jesus, entretanto, trouxera aos discípulos duas coisas fundamentais: amadurecimento e fortaleza. Duas coisas essenciais para o enfrentamento da dor e separação do Mestre. Finalmente os discípulos estavam preparados para prosseguir a trajetória do Senhor – caminho, verdade e vida!
Nós também precisamos pedir a Deus a graça do amadurecimento espiritual e a segurança na resposta afirmativa: propalando Jesus como nosso único Salvador. Sem titubear!
Que o Espírito Santo nos ilumine e nos mostre claramente que para seguir Jesus precisaremos ser curados da surdez e da cegueira, presentes em todo o nosso percurso. Somente assim teremos Jesus como modelo e compreenderemos a sua mensagem de salvação.
Abraços fraternos.
Nancy - professora
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