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14 de fev. de 2011

“Tomai cuidado com o fermento dos fariseus e com o fermento de Herodes.' Nancy


15 de Fevereiro de 2011 – 3ª feira


Evangelho - Mc 8,14-21


O fermento tem como função biológica a fermentação. Fermentação que multiplica a massa e, portanto, produz muito mais, maior quantidade de pão.

Neste evangelho, porém, o pão e o fermento são símbolos expressivos de um sentido muito mais profundo. Não se restringem apenas às coisas meramente materiais e ao processo biológico de fermentação, estendendo-se aquém, às coisas espirituais.

Nele Jesus alerta o povo com relação ao fermento pecaminoso dos fariseus e partidários de Herodes, representando a fermentação da massa. "Massa" compreendida como "povo." Massa entendida ainda como doutrina de uma classe de elite que mantinha sob o seu jugo os pobres, desinformados, oprimidos, excluídos, doentes, desvalidos sociais...

Todas essas injustiças e descalabros sociais eram inaceitáveis aos olhos de Deus que dera ao ser humano, no Antigo Testamento, o livre arbítrio, a capacidade de escolher, caminhar e seguir os mandamentos da Lei de Deus. 

Entretanto, encontravam-se ali na barca com Jesus, naquele momento, os seus discípulos discutindo acerca do pão, quando foram repreendidos pelo Mestre, dizendo: "Por que discutis sobre a falta de pão? Ainda não entendeis e nem compreendeis? Vós tendes o coração endurecido? Tendo olhos, vós não vedes, e tendo ouvidos, não ouvis?"

E olha que eram os discípulos de Jesus, que permaneciam cotidianamente com ele, e caminhavam com ele praticando a cura, anunciando a Boa Nova, libertando dos grilhões da escravidão, expulsando demônios, restaurando a vida do povo judeu. Como poderiam eles, então, não compreender os ensinamentos e as atitudes do Messias, permanecendo naquele estado de cegueira e de surdez?

Jesus relembra para eles e com eles os seus feitos com os pães e peixes que, multiplicados, saciaram a multidão. Saciaram porque o fermento e pão verdadeiros eram Jesus Cristo.!

Nós também conseguimos multiplicar o pouco que temos, no ato da partilha? Precisamos sim ser cautelosos com a multiplicação dos pães e com o fermento que somos e usamos, para que levedemos a massa da doutrina cristã – doutrina da justiça e da verdade sobre o Reino de Deus. 

É hora de extirparmos o fermento do mal, as falsas doutrinas que assolam a nossa comunidade. Não podemos permitir, e muito menos contribuir, para que o fermento da inversão de valores que tem no senso comum a corrupção, a falência das famílias, o consumismo desenfreado, a libertinagem, entre outros, contaminem o nosso mundo e as nossas famílias.   

Oremos: Dá-nos, ó Pai, o discernimento para reconhecermos o teu Filho Jesus como o fermento único e necessário para multiplicação do pão nosso de cada dia, e do pão do nosso irmão. Amém!

 

Nancy – professora

 

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