Evangelho do dia 14 de fevereiro de 2011.
Os fariseus eram os doutores da Lei, os que criaram a Lei Oral em conjunto com a Lei escrita. Seguiam a Torá (constituída pelos cinco primeiros livros do antigo testamento), também foram os responsáveis pela criação da Sinagoga. Davam muita importância ao cumprimento da Lei, porém faltava-lhes a prática da Lei no espírito, suas palavras eram frias, e por isto Jesus vivia repreendendo-lhes: "Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim. De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos'. Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens" (Marcos 7,1-7).
Todo o conhecimento que possuíam, teria muito mais valor, se tivessem uma vivência espiritual profunda. Os fariseus com toda a sabedoria que possuíam, estavam longe do Reino dos Céus, por isto Jesus advertia aos seus discípulos: "Eu vos digo: Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus" (Marcos 8,11-12 ).
Esta advertência também serve para nós nos dias de hoje, e nos leva a fazer uma reflexão mais profunda a respeito de nossas práticas religiosas. Não basta freqüentar as missas dominicais, e cumprir todas as obrigações religiosas, não basta ter o conhecimento da Bíblia. Tudo isto ainda é pouco se não tivermos uma vivência espiritual profunda com Deus. Esta vivência espiritual com Deus está fundamentada no amor, na comunhão com Deus e com o irmão. É preciso exercitar a prática da partilha. Saber partilhar o pão material e espiritual com os nossos irmãos, e assim desta forma estaremos vivendo verdadeiramente a palavra de Deus em toda a sua essência, e, estaremos cumprindo a verdadeira Lei.
No evangelho de hoje, Jesus mais uma vez adverte os fariseus, que agora pedem um sinal do céu para colocá-lo à prova. Jesus conhecendo bem quem é que o interroga, responde de imediato: "Por que esta gente pede um sinal? Em verdade vos digo, a esta gente não será dado nenhum sinal".
Jesus é o próprio sinal do céu, curou, salvou e libertou, e ainda hoje, cura, salva e liberta. Sabemos que Jesus morreu na cruz, foi sepultado, e subiu aos Céus, está assentado à direita de Deus Pai, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Muitos sinais e prodígios acontecem ainda hoje no nome de Jesus e há ainda quem quer um sinal do céu?
Precisamos rever a nossa fé. Será que possuímos conhecimentos demais e pouca vivência espiritual? Como colocamos em prática a nossa profissão de fé? Nas missas dominicais repetimos o nosso credo, tão mecanicamente sem perceber a importância de cada palavra que rezamos. "Creio em Jesus Cristo seu único filho nosso Senhor que foi concebido pelo poder do Espírito Santo". Será que realmente cremos em Jesus como nos professamos?
Quando somos colocados à prova, como reagimos mediante as dificuldades que surgem? Na dor e no sofrimento, mantemos a mesma fé de quando estamos na alegria? Ou será que ainda queremos um sinal do céu, nos esquecendo de Jesus o nosso salvador? Aconteça o que acontecer em nossas vidas não se deve perder a fé em Jesus! Devemos lembrar de que Ele é o caminho que devemos seguir em qualquer situação, a verdade que não deixa nenhuma dúvida, e a verdadeira vida.
Jesus nos diz: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. Se me conhecêsseis, também certamente conheceríeis meu Pai; desde agora já o conheceis, pois o tendes visto" (João 14,6-7). "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá" (João 11,25).
Ainda precisamos ter dúvida? Ainda precisamos de um sinal do Céu?
Jesus é o sinal do Céu!
Newton
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