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15 de fev. de 2011

- Este teu irmão estava morto e tornou a viver - Sal

26 de Março 

 

Evangelho - Lc 15,1-3.11-32

 

 

A Parábola do Filho pródigo é rica em ensinamentos. Primeiro nos lembra que nós, mesmo sendo irmãos de sangue, não somos iguais em natureza. Aliás, não existe no mundo ninguém igualzinho a você. Uma prova disso são as impressões digitais. O filho mais novo, era sem muito juízo e por ser um aventureiro, queria conhecer a vida, o mundo além das porteiras da sua fazenda.

            O pai, amoroso, compreensivo, bondoso, com muita dor, aceita o pedido do filho, mas no fundo ele sabia que um dia ele voltaria.

E então aquele jovem esbanjou tudo numa vida desenfreada, com muitos amigos e mulheres. Lembremos que quando estamos por cima, quando temos recurso, dinheiro, amigos não nos faltam. Porém, na hora que as coisas ficam difíceis, quando ficamos velhos, sem dinheiro, até os filhos podem nos abandonar. Isso é a realidade da vida!

E assim houve uma grande fome naquela região, e ele começou a passar necessidade. Não só porque gastou o dinheiro, mas porque o dinheiro não é tudo na vida. Hoje você pode ser rico, ter tudo que precisa, e amanhã, perder tudo num acidente, numa crise econômica, ou mesmo numa guerra que de repente pode explodir! Cuidado! Nunca confie na riqueza! Confia em Deus!

Então, sem menos esperar, aquele jovem rico estava cuidando dos porcos, como os piores empregados do seu pai. A fome era tão grande que ele queria comer a comida que os porcos comiam, mas nem isto lhe davam.  Deus não nos castiga, mas Ele permite o sofrimento para que possamos cair na realidade. Deus não nos castiga, mas nós é que aprontamos para nós mesmos, quando não medimos as conseqüências dos nossos atos, quando usamos mal a liberdade que Deus nos deu!

Então, aquele jovem  sofrendo tanto,  caiu em si e disse: 'Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome!".  Foi preciso vir o sofrimento para que ele se arrependesse da loucura que havia feito! Então, não lhe restava mais nada senão voltar para a casa do pai, porém, reconhecendo o seu erro e se considerando merecedor de uma punição. `Pai, pequei contra Deus e contra ti; já não mereço ser chamado teu filho.
Trata-me como a um dos teus empregados'
.

Essa é uma atitude muito bonita! Quando o ser humano reconhece que é pecador e se arrepende.

Então ele fez o caminho de volta para a casa do seu Pai. Aqui nós já percebemos, que o pai, personagem da estória de Jesus, é O Pai do céu.

E aquele Pai que sempre esperou pela volta daquele filho desgarrado, teve o seu momento de grande alegria, como acontece no céu quando um de nós nos arrependemos da vida que levamos e decidimos procurar um sacerdote para fazer uma limpeza em nossa alma. E em vez de sentir-se bravo com aquele filho sem juízo, aquele Pai sentiu compaixão. Em vez de lhe dar uma bronca como nós fazemos com nossos filhos quando demoram para voltar para casa nas noites de sábado, ele correu ao seu encontro, abraçou-o, e cobriu-o de beijos.
           O filho continuou firme no seu propósito de não voltar como herdeiro pois já havia herdado o que tinha direito, e então, lhe disse: "Já não mereço ser chamado teu filho".

Porém, o Pai ordenou aos empregados que lhe desse a melhor roupa e providenciassem uma festa para aquela noite, porque o seu filho que estava morto  voltou a viver! Estava perdido e foi encontrado.
           O filho mais velho voltava do campo, suado, cansado não só do esforço diário do trabalho duro, mas da rotina de todo dia, ao contrário do irmão que fez um longo passeio. Veja que estória, que parábola inteligente, completa, e bem montada. Coloque-se no lugar daquele outro irmão. De momento não dá para a gente tirar a sua razão. Enquanto o irmão mais novo esteve desfrutando tudo que tinha direito ele ficou ali naquele trabalho duro! E o seu Pai teve a coragem de fazer uma festa para receber de volta aquele... aquele... não podemos falar. Aquele sem juízo! E o pior, ele ficou sabendo da tal de festa pela boca dos empregados.

E ele então ficou com muita raiva e não queria entrar e participar daquela maldita festa!

O Pai bondoso deixa seu filho desabafar tudo. Ele botou para fora toda a sua raiva, causada pelo que ele considerou uma grande e imperdoável injustiça por parte do seu Pai. Nós também já fizemos isso. Não só com relação aos nossos pais terrenos, mas em relação a Deus.  Quantas vezes já pensamos que nós seguimos tudo que é certo, fazemos sacrifícios nos privamos do prazer, e Deus permite que os maus se divirtam e vivam uma vida aparentemente melhor que a nossa. Esquecemos do amor infinito de Deus que sempre espera a volta do filho. Que sempre espera pacientemente a conversão daqueles que ao contrário de nós seguiram o caminho da esquerda. Como Deus já fez e faria de novo conosco, se voltássemos à vida de pecado.

Então o pai lhe disse: "Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado'.'

            Prezado leitor, prezada leitora. Se você voltou a viver, se já foi encontrado, fique alegre! E nunca mais volte para aqueles lugares distantes do caminho da verdade e da vida! Amém?

Sal.

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