12 de Fevereiro – sábado
Evangelho - Mc 8,1-10
JESUS CRISTO – "O FERMENTO QUE FAZ CRESCER O PÃO" – Nancy
A multiplicação dos pães feita por Jesus Cristo diante de uma multidão carente e excluída, socialmente falando, e que o acompanhava há dias, fora uma atitude grandiosa de solidariedade e serviço aos irmãos necessitados.
Como inúmeros outros milagres realizados pelo Mestre, a multiplicação dos pães muito tem a nos dizer, e nos ensinar. Poderíamos até pensar que a fome maior, além da alimentícia, seria a fome das palavras oriundas da boca de Deus, através de seu Filho – Jesus Cristo. Afinal, diz o evangelista: "Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus." (Mateus 4,4)
Somos também multiplicadores: da própria vida, quando abrigamos um feto em nosso ventre; das atividades de uma empresa ao assumirmos um setor de chefia; ao levarmos a Palavra de Deus quando abraçamos o Ministério da Palavra, ou proclamamos as Sagradas Escrituras em nossa paróquia ou comunidade. Somos verdadeiros multiplicadores quando imitamos os gestos e atitudes de Jesus: matando a sede, saciando a fome, cuidando, agasalhando, hospedando, acolhendo, aconselhando, curando, libertando!
Somos multiplicadores quando nos doamos como fermento na messe do Senhor, fazendo uso dos dons concedidos por Ele e colocando-os à disponibilidade e serviço aos irmãos, multiplicando as benesses no Reino de Deus.
Pensemos na multiplicação dos pães feita por Jesus: que qualidade imensa de nutrientes continha! Saciou a todos, e muitos cestos ainda restaram, que foram recolhidos.
Caros irmãos: quão importante é a qualidade daquilo que multiplicamos em nosso cotidiano. Não adianta uma quantidade enorme se não conseguirmos sustentar a fome – biológica e espiritual – do nosso próximo.
Vejam que exemplo de aprendizagem, acerca da qualidade, teve este padre recém-ordenado que fora fazer a sua primeira missa no interior.
Um padre recentemente ordenado ia rezar sua primeira missa numa igreja do interior, mas ninguém apareceu à missa, a não ser um vaqueiro.
O padre mostrou-se relutante em iniciar a cerimônia.
O vaqueiro então disse: "Não posso dizer o que o senhor deve fazer, sou apenas um vaqueiro. Mas se eu fosse alimentar vacas e somente uma aparecesse, eu seria um estúpido se não desse de comer a ela."
O padre agradeceu e começou a celebrar a missa fazendo antes um longo sermão.
Quando terminou, o padre perguntou se ele havia gostado. A resposta foi: "Não sei muita coisa sobre sermões. Sou apenas um vaqueiro; mas se eu fosse alimentar minhas vacas e só uma aparecesse, eu seria um estúpido se desse a ela a comida toda." (Do livro Pais e Filhos, do Dr. Haim Ginott, trad. Flávio Costa, edições Bloch, 1968).
Pois bem, assim ocorre também conosco. Muitas vezes pensamos na multiplicação no sentido de quantidade – também necessária, mas não apenas!
Fazer bem, multiplicar com qualidade os dons de Deus em cada um de nós, é a nossa missão para que possamos ser o fermento necessário e profícuo na vida dos nossos irmãos. E com humildade, aprendendo com as pessoas mais simples como fazia Jesus Cristo.
Lembremos que até o simples vaqueiro, pleno de sabedoria, fala, ensina, espelha e mostra a todos nós a presença de Deus em sua vida e em sua profissão. Amém!
Nancy - professora
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