11 de Fevereiro – 6ª feira
Evangelho - Mc 7,31-37
O evangelista Marcos narra neste evangelho os feitos de Jesus Cristo na sua passagem missionária pela terra.
Ficam evidentes aqui as diversas formas de cura do Mestre, que não precisava de poções ou ungüentos, mas lançava mão dos dons espirituais concedidos pelo Pai, a Ele. Curava e libertava pela simplicidade, pelo dom natural de amor incondicional ao próximo.
A imposição das mãos ainda hoje manifesta o poder energético das pessoas, ungidas pelo Senhor, para abençoar, curar, libertar. Seguidas ou não das palavras de estímulo, gratidão, poder infinito de oração e autoridade.
Observe-se o gesto do padre ao final das missas dando as bênçãos aos fiéis, o pastor quando ora pelo seu rebanho, abençoando-o, as próprias mães quando derramam bênçãos sobre os seus filhos na celebração do matrimônio.
São muitas e tantas as maneiras de curar, de libertar, mas um só caminho para se alcançar a cura, a libertação – a FÉ. Sem ela tudo se perde, a esperança se esvai, o amor de desestrutura, a família sucumbe, o servir passa a ser uma via de mão única.
Somos movidos pelo dom da vida que Deus, lá no Gênesis, soprou nas narinas de Adão. Somos movidos pelos dons do Espírito Santo. E pelo Espírito Santo somos. Agimos, pensamos, sentimos.
Abrir os ouvidos para ouvir muito bem a Palavra do Senhor é urgência neste mundo contemporâneo. Sair da clausura que nos emudece e ir à luta são ações prementes para nós, seres humanos. Precisamos soltar a nossa voz e dar voz ao nosso povo, como cantava o saudoso Gonzaguinha na música "Sangrando", um canto de libertação:
Quando eu soltar a minha voz, por favor, entenda
Que palavras por palavras eis aqui uma pessoa se entregando
Coração na boca, peito aberto, vou sangrando
São as lutas dessa nossa vida que eu estou cantando...
Quem dera também nós, fundamentados nos pilares cristãos, possamos propalar os feitos de Jesus, em palavras, gestos e atitudes, movidos pelo Espírito Santo e dizendo "Ele tem feito bem todas as coisas: Aos surdos faz ouvir e aos mudos falar."
Amém. Aleluia!
Abraços fraternos.
Nancy - professora
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