9 de Março
Evangelho - Mt 6,1-6.16-18
Evangelho (Mateus 6,1-6.16-18)
"Guardai-vos de fazer vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Do contrário, não tereis recompensa junto de vosso Pai que está no céu". Você ajudou uma velhinha a se levantar, ou a atravessar a rua? Beleza! Mas não diga a ninguém. Para que o Pai que vê tudo, te dê a recompensa merecida. Faça outras boas ações hoje e sempre. Assim você estará juntando um tesouro no céu, onde os ladrões não terão acesso.
"Quando, pois, dás esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa.
Dizem que os judeus quando davam uma esmola a um pobre, levava junto um corneteiro, e este primeiro tocava em tom bem alto para que todos olhassem. Aí eles jogavam o dinheiro nas mãos do pobre. Você não faz coisa parecida. Não é mesmo? Não diga a ninguém o quanto você deu de esmola. Não fique fazendo propaganda da sua suposta bondade e caridade para com os mais fracos, pois além de não merecer nenhuma recompensa por parte de Deus, você estará humilhando os irmãos desfavorecidos pela sorte, e que estão ali exatamente para testar a nossa caridade, e não a nossa projeção pessoal e social.
" Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita.
Assim, a tua esmola se fará em segredo; e teu Pai, que vê o escondido, recompensar-te-á"
Dizem também que os judeus rezavam em uma determinada hora marcada. Em tão , eles faziam de tudo para que na hora da oração estivessem em um lugar público com muitas pessoas em volta, para que todos vissem que eles estavam rezando, dando gritos bem alto como se Deus fosse surdo.
Você nunca fez isto. Correto? Uma vez saiu no jornal que uma certa igreja, de uma cidade vizinha a minha, foi interditada pela policia porque os moradores vizinhos reclamaram do barulho que os orantes faziam. Batiam com os sapatos na parede, e gritavam sai satanás! Fazendo o maior escândalo.
" Quando orardes, não façais como os hipócritas, que gostam de orar de pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade eu vos digo: já receberam sua recompensa."
É importante rezar em público, na missa a comunidade ora reunida. Mas também é muito importante a oração–meditação no silêncio do meu quarto eu e Deus. Se os filhos perceberem, será melhor ainda pelo bom exemplo que estou dando.
JESUS EU QUERO SER DISCRETO, NÃO FICAR CONTANDO VANTAGENS E QUALIDADES PESSOAIS, QUERO FAZER AS COISAS NA TUA IGREJA COMO LEITURAS, COLETAS, PARA A GLÓRIA DE DEUS E NÃO PARA APARECER.
MAS PARA ISSO EU PRECISO MUITO DA SUA AJUDA. PARA QUE EU POSSA SER UM CRISTÃO DE VERDADE, E NÃO DE FACHADA. AMÉM.
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Católicos de nome e católicos de fato Fonte: CNBB |
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Por mais vezes, em seus pronunciamentos, Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, como cristão, sua posição é contrária ao aborto, mas que, como Presidente da República e primeiro responsável pela saúde pública da população, luta por sua descriminalização: "Eu tenho um comportamento: como cristão, sou contra o aborto. Agora, como chefe de Estado, sou favorável a que o aborto seja tratado como uma questão de saúde pública, porque é preciso que o Estado dê atenção a pessoas que tiveram uma gravidez indesejada. Se o Congresso quiser fazer um debate, será bem-vindo. O Papa defende um conceito da Igreja. Eu tenho a minha visão e ela continua inalterada". Sem dúvida, não é fácil para um governante navegar em águas tão turbulentas como são as ideologias que tumultuam a vida cultural e social de um país! Mais ainda no mundo das religiões, onde parece que a confusão cresce a cada dia que passa, dado o pulular de seitas que se apresentam com as exigências mais estranhas e bizarras. O Presidente tem que ser o governante de todos os cidadãos, independentemente da religião que eles professam - ou não professam! Nesse sentido, muita coisa deveria ser revista na sociedade atual. Uma delas é a questão dos feriados religiosos, que dizem respeito a apenas uma Igreja, mesmo que majoritária - a não ser que eles sejam vistos como um patrimônio cultural, incorporado às tradições da nação. Outra anormalidade é a pretensão de transformar normas estritamente religiosas, como é o caso da Sharia, em lei civil imposta a toda a sociedade, mesmo para quem não é muçulmano. Ou ainda a proibição imposta aos católicos de ocuparem os cargos de reis e de primeiros-ministros na Grã-Bretanha. De outro lado, pode existir também um cerceamento da liberdade determinado pelas minorias. Para obterem e garantirem o que julgam um direito, acabam estabelecendo normas e comportamentos que contradizem o bom senso e a cultura da maioria. Se a laicidade isenta o Estado de se sujeitar a normas estritamente religiosas, contudo ela não pode ser transformada num pretexto para ab-rogar a lei natural, inserida por Deus na alma humana para salvaguardar a vida e o matrimônio, as duas tendências fundamentais do ser humano. Não é porque a Bíblia considera pecado que é proibido matar ou casar entre pessoas do mesmo sexo. É a própria razão que o demonstra, sempre que sustentada por uma consciência sadia e pela busca humilde da verdade que se oculta na natureza das coisas. Assim, uma coisa é acabar com os feriados religiosos - caso estejam prejudicando a harmonia, os direitos e o bem-estar da população - e outra, muito diferente, exigir a liberalização do aborto e do "casamento" homossexual. Por isso, apesar do estilo um tanto impositivo que caracterizava os homens da Igreja de seu tempo, podem ser ainda atuais as palavras proferidas por um bispo italiano, João Batista Scalabrini, há 122 anos, numa Carta Pastoral publicada no dia 1º de fevereiro de 1887, com o significativo título: "Católicos de nome e católicos de fato": Há pessoas que afirmam: A civilização atual pede uma coisa ao homem religioso e outra ao homem político". Essas palavras foram extraídas das fontes da impiedade moderna. Cuidado com elas: nada as pode justificar! Dividir o homem em dois é loucura, sofrimento, hipocrisia e covardia! Na vida política e social, o homem precisa refletir no exterior o que tem no coração. Aliás, mesmo se pudesse agir diversamente, não o deveria fazer. Um homem com duas faces - que crê e não crê, que ama e não ama, que quer e não quer - é hipócrita de uma hipocrisia nova e moderna, mas sempre hipocrisia! Jesus não ensinou dois modelos de moral: uma pública e outra particular, uma para o homem de família e outra para o homem de negócios. Esta poderia ser a moral de Maquiavel, mas não a moral de Jesus! Jesus não quer divisões, fingimentos e duplicidades. Ele é sempre o mesmo, sempre o mesmo Senhor, sempre o nosso Deus, em tudo e em toda a parte. Um dia pedirá nos contas de acordo com o seu Evangelho - que é o seu código único, imutável e eterno - de todas as idéias, palavras e atitudes privadas e públicas, religiosas e civis, de nossa vida! Quem assim crê é cristão e católico; mas quem assim mão crê, poderá ser o que qui-ser, e chamar-se como quiser, mas, com toda a certeza, cristão e católico é que não é!» Uma coisa é certa: quem quiser passar de católico de nome para católico de fato será sempre um sinal de contradição: de queda para uns e de salvação para outros - exatamente como Jesus (Cf. Lc 2,34). | |
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