5 de Fevereiro - SÁBADO
Evangelho - Mc 6,30-34
Eram como ovelhas sem pastor.
Jesus Cristo encontrando-se com seus discípulos e vendo-os exaustos de um dia de trabalho, lhes disse: "Vinde sozinhos para um lugar deserto, e descansai um pouco."
Afinal, após um árduo dia de trabalho, o direito ao merecido descanso é indiscutível.
Deus mostra ao homem, desde o princípio da criação, que depois de seis dias trabalhando, correndo de lá para cá, ele deveria tirar um tempo para descansar, um dia para o repouso e recuperação de suas energias, um dia para descansar a mente e o corpo.
Observemos em Gênesis 2, 1-2 uma passagem falando do descanso: "Assim terminou a criação do céu e da terra e de tudo o que há neles. No sétimo dia Deus acabou de fazer todas as coisas e descansou de todo o trabalho que havia feito."
Portanto, trabalho e descanso são duas ações básicas na vida do ser humano, assim como era também na vida de Jesus Cristo e dos seus apóstolos. Era necessário um tempo a sós com o Mestre para partilhar as suas experiências, em intimidade e oração com o Senhor. Momento de reabastecer as energias vitais.
Uma numerosa multidão, porém, os reconheceu no barco, de longe. E acompanhando-os pela margem da praia, correram para esperá-los. Acreditavam que seriam acolhidos e amparados pelo Mestre, e seus apóstolos, que não tiveram tempo sequer para recostar o corpo cansado e descansar.
Como descansar diante de uma multidão que viera sedenta de acolhimento, compaixão e de uma palavra de incentivo? Como despedir aquela gente que parecia ovelha sem pastor? Mais do que isso: ovelhas sem pastor que Ele, na sua infinita misericórdia, conhecia e reconhecia como ovelhas do seu rebanho! Rebanho este do qual Ele era o pastor.
Como descansar diante de uma multidão que viera sedenta de acolhimento, compaixão, de uma palavra qualquer de incentivo? Como despedir aquela gente que parecia ovelha sem pastor? Mais do que isso: ovelhas excluídas do redil, marginalizadas, defeituosas, descuidas... Ovelhas ao relento, deixadas ao léu... Essas eram as ovelhas do seu rebanho.
Para Jesus não importava o que buscavam: alimento material ou espiritual, cura física ou psíquica, abrigo ou apenas um colo amoroso para reclinar a cabeça... Havia uma multidão à espera de um olhar amoroso, de uma palavra de consolo, do toque de mãos compassivas que curassem dos males do corpo e da alma, que libertassem da opressão e escravidão – chagas sociais daquele tempo!
Jesus Cristo – o nosso pastor! O pastor dos doentes, sofridos, carentes, excluídos, vilipendiados, injustiçados, limitados, fracos na fé.
Também nós, à semelhança dos apóstolos, precisamos reservar um tempo de descanso para e com Jesus. Tempo de descanso para deixar que Deus, através de seu Filho Jesus Cristo, preencha o vazio do nosso dia a dia, reabasteça as nossas energias, fortaleça-nos na fé.
Queridos irmãos e irmãs em Cristo: Peçamos a Deus Pai Todo Poderoso que sejamos ovelhas do aprisco de Jesus Cristo, ovelhas que conhecem o seu pastor. Que tenhamos Jesus como nosso modelo, e que saibamos, no dia a dia, encontrar momentos para descansar a sós, no seu colo salvífico, restaurando a nossa vida de discípulo.
Amém! Glória a Deus!
Abraços fraternos.
Nancy – professora
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