25 de Março de 2011
Caríssimos irmãos e irmãs,
Vamos recordar que antes de noticiar à Maria, o anjo Gabriel esteve há seis meses com a sua prima Isabel, esposa de Zacarias (ele estava trabalhando no Templo em Jerusalém). Ela, Isabel, era estéril e idosa, tal como seu esposo. O próprio Zacarias quando informado pelo anjo Gabriel que sua esposa estava grávida duvidou em seu coração, gerando um mutismo pelo qual somente se restabeleceria após o nascimento do seu filho, João Batista.
Quando Isabel completava os seis meses de gravidez, o anjo Gabriel vai novamente até Nazaré e se apresenta a Maria, que já era noiva de José, e anuncia-lhe que Deus encontrou nela a graça para dar à luz ao seu filho e que para tanto, a cobriria com a sua Sombra.
Vejam meus irmãos e irmãs, que no coração de Maria não pairou qualquer sentimento de dúvida a respeito deste anuncio do anjo, mesmo sendo noiva de José. Diferentemente de Zacarias, ela recebe a notícia com humildade e servidão, característica tão marcante em toda a sua vida.
Assim como no Sinai, Deus cobriu a Moisés em uma nuvem e também a Jesus e os discípulos quando da sua transfiguração no alto da montanha. Ele também cobre a Maria, com a sua Sombra, cumprindo a profecia de Isaías 7,14 ="14 Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel".
Maria não é uma pessoa isolada, é filha de um povo marcado por sofrimentos, dores e esperanças. Ela é representante de seu povo (hoje diríamos de toda a humanidade) porque aprendeu, assimilou e viveu a espiritualidade que distinguia os pobres, os insignificantes, dos olhos da sociedade, dos poderosos. Assim, Maria é aquela que visita e traz a alegria aos pequenos e é proclamada "bendita entre as mulheres".
Maria empresta sua voz a todos aqueles que esperam o Redentor. Vibrante eco da anunciação decorrente da expressão simplificada de Isabel – ''bem aventurada aquela que creu'' – estende-se por uma gama de conceitos que versam sobre Deus, sobre Israel, sobre toda humanidade e sobre ela mesma.
Portanto, veneremos com muito amor e carinho a mãe do Deus vivo e verdadeiro, a mãe do nosso Senhor, e porque também não, a nossa mãe? E façamos da sua profissão de fé, a nossa: 'Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!'
Gilberto Silva
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