18 de março Evangelho - Mt 5,20-26
"VAI PRIMEIRO RECONCILIAR-TE COM O TEU IRMÃO" – Nancy
Ao iniciarmos a quaresma, na quarta-feira de cinzas, a igreja toda cantava a alegria da reconciliação: "Reconciliai-vos com Deus, em nome de Cristo rogamos. Que não recebais em vão sua graça, seu perdão. Eis o tempo favorável, o dia da salvação."
São Mateus neste evangelho começa narrando os ensinamentos de Jesus Cristo aos seus discípulos, fundamentado nos Dez Mandamentos da Lei de Deus, e pregando, enfatizando a necessidade do perdão, da reconciliação para a vida cristã e evangelizadora de todo homem.
De que adianta a oferta no altar se o coração extravasa de ressentimento, de mágoa, de ódio contra o nosso irmão, contra o nosso adversário? – fala Jesus aos seus discípulos, recomendando-lhes, primeiramente, a reconciliação, o perdão.
A mesma recomendação Jesus nos deixa, a cada um nós, seus seguidores, quando prega sobre o ato de matar. Observem: Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: "Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal." Eu, porém, vos digo: "todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo..."
A narração de Mateus nos mostra claramente que matar não significa apenas tirar a vida de alguém, mas muito mais do que isso. Tentemos compreender que podemos matar das mais diversas formas, sem tirar a vida do irmão, literalmente falando. Então: como matamos o nosso irmão, ou a nós mesmos?
É simples: basta que matemos a vontade de viver do nosso irmão, seja humilhando, lançando um olhar de desaprovação diante de uma resposta não esperada, relegando-o a segundo plano num trabalho de liderança que não queremos que ele se sobressaia, ou nos supere, julgando-o por divergências pessoais de opinião ou por antipatia mesmo, recriminando-o, xingando-o, tratando-o com indiferença, entre outras mais...
Como podemos tratar assim um irmão se Deus está presente NELE? Como podemos conceber Jesus Cristo no altar, oferecendo-lhe o melhor de nós mesmos, e, ao mesmo tempo, com o coração repleto de ódio, desejar o mal ao nosso irmão – imagem e semelhança de Deus? Pois Jesus disse: "quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão."
Jesus não nos quer mesquinhos, hipócritas, cristãos de fachada! E por isso nos afirma: "Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus." E nos exorta a buscarmos a santidade, não aquela que tinham os chefes judaicos, mas aquela que nos predispõe a fazer apenas o bem aos irmãos, e a si próprio. Desejar e fazer ao outro aquilo que desejamos e fazemos para nós mesmos.
Que Deus nos conceda tempo favorável à conversão, para galgarmos – degrau por degrau – a santificação, através da imitação de Jesus Cristo como Mestre e Farol de nossas vidas. E que possamos chegar à Páscoa do Senhor convertidos, novas pessoas, verdadeiros cristãos. Amém!
Abraços fraternos.
Nancy – professora
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