29 de Março: 3ª feira
Evangelho - Mt 18,21-35
"NÃO TE DIGO PERDOAR ATÉ SETE VEZES, MAS ATÉ SETENTA VEZES SETE" - Nancy
A música católica "Perdão Senhor" serve de gancho para introduzirmos, nesta reflexão de hoje, a necessidade do perdão em nossas vidas. Necessidade esta rezada, cantada, clamada e aclamada!
Perdão Senhor, tantos erros cometi. Perdão Senhor, tantas vezes me omiti. Perdão Senhor, pelos males que causei, pelas coisas que falei, pelo irmão que eu julguei.
Piedade Senhor, tem piedade, Senhor, Meu pecado vem lavar com seu amor. Piedade, Senhor, tem piedade, Senhor, e liberta minha alma para o amor.
Perdão Senhor porque sou tão pecador. Perdão Senhor, sou pequeno e sem valor. Mas mesmo assim tu me amas, quero então te entregar meu coração, suplicar o teu perdão.
A própria oração ensinada por Jesus Cristo, o "Pai Nosso", aborda e ressalta o perdão: "Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido..."
Reportando-nos à música católica "Perdão Senhor", que traz em suas estrofes uma súplica em forma de perdão, e um pequeno excerto da oração "Pai Nosso", podemos compreender a razão de ser da frase de Jesus Cristo em resposta à pergunta do seu discípulo Pedro, quando quis saber quantas vezes deveria perdoar o irmão, dizendo: "NÃO TE DIGO PERDOAR ATÉ SETE VEZES, MAS ATÉ SETENTA VEZES SETE."
Para nós, humanos, tal resposta pode parecer até algo intangível e impossível, subentendendo que apesar de todos os erros, ofensas, desacatos à nossa pessoa, mesmo assim, devemos perdoar sempre!!!
No entanto, é exatamente essa a filosofia de vida pregada e praticada por Jesus Cristo. Exatamente assim fora o envio do Messias a terra, encarnado para nos redimir dos pecados e nos salvar.
Urge, portanto, que como cristãos que nos denominamos ser, tenhamos um coração misericordioso, compassivo, similar ao de Jesus, que reconhece o homem como fraco, pecador, exposto aos vícios e prazeres mundanos, para enfim se compreender a dimensão do perdão.
Está aqui no evangelho de Mateus a parábola do perdão do patrão para com a dívida do seu empregado que, numa atitude de mesquinhez, não soube perdoar a dívida do seu irmão. Há uma demonstração da incoerência de postura, do modo de agir do empregado como filho de Deus Pai que foi ouvido, amado, compreendido e perdoado.
Jesus, entretanto, amava e perdoava sem reservas. E o Lava-Pés é a demonstração exemplar de servidão, amor e perdão aos seus discípulos, embora conhecesse e soubesse tudo acerca da atitude que os mesmos teriam com a sua pessoa, num futuro próximo, antecipadamente.
Relembremos. Lavou os pés de Judas sabendo que ele seria o seu traidor. Da mesma forma perdoou Pedro e o amou incondicionalmente, ciente de que ele o negaria três vezes na sua paixão e morte. E a mesma atitude de benevolência teve para com Tomé que dele desacreditou, questionando a ressurreição e pedindo para tocar em suas chagas.
Jesus foi cumpridor do mandamento por ELE mesmo deixado: "Eu vos dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei."
Assim Jesus age conosco em nossa caminhada diária, nos perdoando tantas vezes quanto necessário for. Assim o faz porque nos conhece e nos reconhece por inteiro, tal como os inúmeros Pedros, Judas, Tomes da vida.
Peçamos a misericórdia divina e infinita de Deus Pai, através do seu filho Jesus Cristo, nos inundando com o Espírito Santo, para que na travessia deste deserto quaresmal, possamos festejar a Páscoa do Senhor convertidos ao Evangelho: anunciando, proclamando, louvando, testemunhando, servindo e agradecendo inspirados nos princípios cristãos. Amém!
Fraternos abraços.
Nancy – professora
Nenhum comentário:
Postar um comentário