"Anunciação de Jesus" – Claudinei Oliveira
Sexta-feira, 25 de março de 2011.
Evangelho de Lucas, 1,26-38.
O evangelista Lucas enaltece a presença de Maria, mulher simples com um coração gigante para acolher o Salvador. Não fugiu do compromisso e nem da missão de servir o chamado de trazer ao mundo a Luz, que é Cristo.
Na singeleza do cotidiano, Maria recebeu a visita do Anjo Gabriel com carinho. Aceitou contradizer a cultura da época ao conceber um filho ainda noiva de José. Não importou com os futuros comentários, porque o Espírito Santo a cobria numa espécie de proteção. Sentia-se cheia de alegria, porque seria a mãe especial: a escolhida entre tantas mulheres.
Ao anunciar que o Salvador viria ao mundo e tornar-se homem para reconstruir novo mundo, onde a paz e o amor deveria reinar, o Anjo Gabriel trouxe à Maria uma valiosa divindade. Cheia do Espírito Santo foi morar com seu esposo para cuidar da sementinha que prometia. Mulher de fibra, generosa, forte, visionária e obediente ao chamado. Disse SIM numa pequena visita; não questionou e nem relutou ou mesmo duvidou do Anjo. Teve FÉ, isto mesmo, a FÉ de que sua pessoa faria a diferença. Diante disso, pensamos que o coração de Maria já estava preparado para receber a visita. Veja o que disse ao anjo: eis a escrava do Senhor, faça-se em mi a sua vontade. Podemos até afirmar que: palavras lindas ditas por Maria. Mas tornaria pequena pela relevância do fato em si. Não temos como descrever em palavras. Somente a vivência e o contexto devem falar por si. Isto é a presença de algo excepcional, metafísico, sagrado ou além da imaginação: isto é a presença do Criador com todas as letras.
Quantas "Marias" sacrificaram-se suas vidas para conceber filhos que lutam por um mundo melhor e não são reconhecidas nem pelos próprios rebentos. São mulheres que lutando contra as adversidades da vida econômica, social, política e cultural, orgulham-se dos seus rebentos. Percebem as graças de Deus reinando ao seu favor e nem questionam a vida pregressa que as levava. Exemplo disso foi Santa Mônica, mãe de Santo Agostinho. Seu filho até jovem não queria nem saber das coisas de Deus. Era teimoso; tomava a noite com orgias e desfrutava dos bel-prazeres sem precedência. Acontece que a MÃE rezava, pedia em oração para a conversão de seu filho, clamava por intervir ao filho a graça de Deus. Não cansou; não duvidou e exprimiu a FÉ. Teve sucesso nas orações e seu filho degredado tornou-se homem de Deus. Converteu-se e trabalho para o Reino, chegando ao bispado de Hipona.
Santa Mônica pode expressar muitas alegrias. Sua missão foi alcançada. Seus pedidos foram ouvidos. A misericórdia de Deus plainou sobre a mãe aflita. Ao contrário, Maria não precisou relutar contra seu filho. Foi um menino santo e obediente aos pais. Tinha uma missão e a cumpriu perfeitamente até convergir em morte na cruz.
Portanto, a anunciação do menino Jesus pelo Anjo Gabriel à Maria é a revelação perfeita do Pai com seu povo. Escolheu uma moça simples de um povoado pobre. Mas uma mulher que entregaria sua vida pela criação. Tanto é que fugia sempre de um lugar para outro com intuito de afastar os "predadores" do menino. Fez com carinho. Rezemos sempre pelas mulheres corajosas que enfrentam com dificuldade a vida, mas vence com a força do Espírito Santo. Amém.
Abraço fraterno,
Claudinei Oliveira
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