26 de Março: sábado
Evangelho - Lc 15,1-3.11-32
"ESTE TEU IRMÃO ESTAVA MORTO E TORNOU A VIVER" - Nancy
A música "Tudo é do Pai", cantada pelo Padre Fábio, expressa um pouco dos ensinamentos desta parábola.
Eu pensei que podia viver, por mim mesmo
Eu pensei que as coisas do mundo
Não iriam me derrubar
O orgulho tomou conta do meu ser
E o pecado devastou o meu viver
Fui embora, disse: ó pai, dá-me o que é meu!
Dá-me a parte que me cabe da herança
Fui pro mundo, gastei tudo
Me restou só o pecado
Hoje sei que nada é meu tudo é do pai
Tudo é do Pai, toda honra e toda glória
É dele a vitória alcançada em minha vida
Tudo é do pai, se sou fraco e pecador
Bem mais forte é o meu Senhor
Que me cura por amor (bis)
Partindo dessa melodiosa letra, e refletindo sobre o evangelho narrado por Lucas nesta parábola dos dois filhos, constatamos que ambos são diferentes na maneira de ser, de pensar e de agir, assim como acontece com todos os filhos de Deus, criados à sua imagem e semelhança.
Canta-se na música a saída de um dos filhos pelo mundo. E conta-se na parábola que um deles decidiu sair pelo mundo com a herança recebida de seu pai, enquanto o outro permaneceu ao lado do pai: lutando, trabalhando, aumentando o patrimônio, economizando...
Podemos supor que um era maduro, ajuizado, responsável, trabalhador. O outro, parecia imaturo, desajuizado, daqueles que poderíamos chamar "de bem com a vida." Um bon vivant, diríamos, que gasta tudo o que tem com prazeres mundanos, perdendo tudo o que ganhara de herança e chegando à miséria.
Na vida há duas maneiras de se aprender: uma é feita através do amor, enquanto a outra através da dor. E infelizmente, (ou felizmente, não sabemos ao certo!), muitos escolhem o caminho da dor; precisando quebrar a cara, chegar ao fundo do poço para perceber que estavam no caminho errado. E refazer todo o percurso: retornar!
O pai aqui narrado representa o Pai de todos nós: Jesus Cristo, o bom pastor que cuida do seu rebanho e sai à procura de cada uma de suas ovelhas, se por acaso der pela ausência de alguma. Todas são importantes no rebanho do Senhor!
Assim ocorreu nesta parábola: uma das ovelhas se perdeu, desviou-se do caminho, abandonou o redil. Fora à procura de novas sombras, novos pastos, novos poços para saciar a sede, e quem sabe?! Até de um novo pastor!
Aprendendo pelo caminho doloroso, sente saudade do Pai, da casa, e de tudo o que tinha – amorosa e gratuitamente –, além do privilégio de estar cercado de carinho e desvelo do Pai.
Num desses momentos de extrema pobreza e decepção, resolve converter-se, voltar ao Pai, se humilhar, pedir perdão e começar uma vida nova. E o faz, sendo recebido como um rei, com roupas festivas e um banquete de acolhida: prova de amor incondicional!
Sendo o Pai misericordioso, e sabendo da fraqueza humana com tendência ao pecado e ao desvio do bom caminho, se rejubila com a volta do filho: novo homem, arrependido, humilhado, carente de amor!
Porém, o irmão discorda da acolhida e da festividade realizada pelo pai ao seu irmão, pois o condena por ter seguido o caminho do pecado, os prazeres mundanos... Não compreende que os perdidos, humilhados, desgarrados devem ser trazidos ao reduto do redil. Demonstra ciúme, sente-se injustiçado, até que o Pai lhe fala: "Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido, e foi encontrado."
Que atitude esplêndida do Pai que não compactuava com a atitude errada do filho, deixando-o, mesmo contra a vontade, seguir o caminho. Pai grandioso, amoroso sem reservas, que mesmo se contrapondo à situação e condenando o pecado do filho, acima de tudo o amava.
Jesus Cristo nos ensina nesta parábola a sermos misericordiosos com o nosso próximo, a amarmos os nossos irmãos, acima de tudo! Acolhê-los, apontar-lhes o caminho, perdoar-lhes tantas vezes quanto necessário for.
Peçamos que Deus Pai Todo Poderoso, através de seu Filho Jesus Cristo, nos cumule da sua infinita misericórdia divina para sabermos perdoar, acolher e amar os desgarrados deste mundo. Amém!
Fraternos abraços.
Nancy – professora
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