04 de fevereiro de 2011 – Sexta feira
Evangelho (Marcos, 6, 14-29)
Hoje o evangelho nos lembra o martírio de João Batista. Durante o banquete que comemorava a vida de Herodes, no mesmo banquete João Batista doou sua própria vida. Tentaram calar a voz que clamava no deserto, mas nós todos sabemos que o sangue de um mártir é a semente da igreja que fecunda no seio da terra e brota a vida. Herodes por medo de uma rebelião e por causas das acusações pessoais, mandou prender João Batista. João denunciou as injustiças políticas, sociais e religiosas, a corrupção dos governantes, lutou pelo Reino de Deus, pelo amor, pela verdade, preparou todas as pessoas para chegada do Messias tão esperado, o libertador de Israel. Falar a verdade e viver o amor incomoda. A coragem de João Batista era tamanha, que ele dizia ao rei Herodes que tinha se casado com a esposa do irmão ainda vivo: "Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão". Será que teríamos essa coragem? Morreríamos e sofreríamos pelo Reino de Deus, por Jesus? Para mim a morte de João Batista parece ter sido prematura, às vezes fico imaginado como teria sido João Batista e Jesus juntos. João Batista morreu pela fé em Jesus, saindo de cena para que Jesus se engrandecesse e caminhasse.
No banquete de aniversário de Herodes, Herodíades que odiava João, vê a oportunidade para planejar sua morte. Induzida pela mãe a jovem pede a cabeça de João Batista num prato. Por um capricho, João Batista foi morto. É assim, que termina para os cristãos o banquete da morte, com o martírio do profeta corajoso, puro e humilde, mais do que um profeta, " [...] Eu lhes digo que entre os que nasceram de mulher não há ninguém maior do que João (...)" (Lc 7, 26-28). O máximo do amor é dar a vida pelos seus. Deste modo, a vida não é tirada, mas é dada livremente (Jo 10,18). "não se condena à morte o Precursor, mas destroem-se os membros de Cristo..."
João tinha como maior virtude a humildade. Como João Batista, sejamos humildes e corajosos na nossa fé, no afastando de tudo que venha nos tirar do banquete da vida com Deus. Ter coragem de denunciar e suportar as perseguições, os sofrimentos. Tenhamos intimidade com Jesus e sejamos suas testemunhas. Pela oração peçamos forças para lutarmos contra as forças do mal, e sermos sementes da Igreja. Façamos nossa entrega total a Deus, caminhando e buscando a luz para sermos purificados de nossos pecados. Podemos nos perguntar e meditar todos os dias: o que eu já fiz por Jesus? Hoje, o que eu faço por Jesus?
Um forte abraço.
Elian
Oração: Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de ser o seguidor fiel, autêntico procurando cumprir a minha missão de afastar os homens e as mulheres do banquete da morte e convidá-los a participar plena, consciente e ativamente do Banquete da Vida.
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