4 de Março de 2011 – 6ª feira
Evangelho - Mc 11,11-26
Minha casa será chamada casa de oração
para todos os povos. Tende fé em Deus.
'Que ninguém mais coma de teus frutos.'
Jesus entrou no Templo e começou a expulsar
os que vendiam e os que compravam no Templo.
'Não está escrito: 'Minha casa será chamada casa de oração
para todos os povos'?
18Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei ouviram isso
Mas tinham medo de Jesus,
a multidão estava maravilhada com o ensinamento dele.
figueira tinha secado até a raiz.
'Olha, Mestre: a figueira que amaldiçoaste secou.'
'Tende fé em Deus.
Em verdade vos digo, se alguém disser a esta montanha:
'Levanta-te e atira-te no mar',
tudo o que pedirdes na oração,
acreditai que já o recebestes, e assim será.
perdoai tudo o que tiverdes contra alguém,
para que vosso Pai que está nos céus
também perdoe os vossos pecados.'
"MINHA CASA SERÁ CHAMADA CASA DE ORAÇÃO PARA TODOS OS POVOS. TENDE FÉ EM DEUS."
Um dos fragmentos narrados pelo evangelista Marcos neste dia de hoje diz respeito ao temor dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei diante do poder e da autoridade advindos de Jesus. Poder e autoridade, diga-se de passagem, "divino", que eles (sumos sacerdotes e mestres da Lei) bem sabiam, não fora outorgado ao Mestre pelos homens, mas por Deus Pai Todo Poderoso.
Acima de tudo, o maior temor consistia em saber que Jesus Cristo era amado e reconhecido pelo povo. A multidão o aclamava! Como poderiam então, os mestres da Lei e os sumos sacerdotes entrarem em confronto com aquela aglomeração que seguia, perseguia, acreditando em Jesus? Como ousariam enfrentar Jesus diante daquele povo maravilhado pelas suas grandiosas obras?
É importante que compreendamos que, naquela época, o templo era o centro econômico, político e ideológico do judaísmo, totalmente oposto ao projeto missionário de Jesus Cristo. Para Ele o templo era um sacrário, um local purificado para o encontro com Deus.
Por isso o Mestre, vendo aquele templo – lugar de oração – sendo usado de maneira exploradora pelos judeus, demonstrou não apenas indignação, mas também zelo com a casa do Senhor. E tomou atitude de imediato, revelando-se humano, expulsando os comerciantes e exploradores daquele lugar de adoração e exaltação ao Senhor.
À atitude corajosa de Jesus, de um lado, encontra-se uma reação oposicionista das autoridades de Israel, do outro, que se sentiram ultrajados em seus princípios judaicos. Afinal, Jesus mexera no mais profundo da ferida, andando na contramão da mentalidade da época, atacando a raiz da estrutura social, cultural e política daquele império.
Tomemos como exemplo a atitude corajosa e determinada de Jesus, olhando para a nossa vida de cristão, discípulo e seguidor do Mestre. Paremos para refletir. Como adentramos o templo do Senhor: como cristãos verdadeiros que oram, agradecem, louvam, ou como algum vendedor de sonhos, vendedor ambulante, cambista que lá se encontra para benefício próprio?
São Paulo vem em nosso auxílio, ensinando que somos templos do Espírito Santo e, portanto, devemos nos assemelhar a uma esponja para absorvermos as férteis mensagens de Deus.
Que sejamos sacrários do Senhor, um templo sagrado capaz de expulsar a raiva, a inveja, o orgulho, a vaidade, o rancor, a vingança, o egoísmo, ou qualquer outro atributo maléfico que possa residir em nosso interior. Se não podemos ser divinos, sejamos pelo menos mais humanos. Amém!
Abraços fraternos.
Nancy – professora
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