– Uma experiência com Jesus - Sal

9 de Abril

Evangelho - Jo 7,40-53

Ao ouvirem as palavras de Jesus,  muitos ficaram confusos.  Uns diziam que Ele era um Profeta, outros diziam: que Ele era o Messias, alguns duvidavam: Porventura o Messias virá da Galiléia? Se Ele fosse o Messias, descendente de Davi, segundo as escrituras, teria de vir de Belém, povoado de onde era Davi! Assim, houve divisão no meio do povo
por causa de Jesus.

Então, aquele catequista disse aos jovens: Imaginem que Jesus entrasse por aquela porta agora. Uns diriam: Nossa! Este cara se vestiu igualzinho a Jesus! É, eu vi no filme! Outros diriam: Quem é o cara! Ainda outros: o que está rolando? É uma brincadeira ou divulgação da Páscoa? Mais então cadê os ovos de chocolate?

Perceberam que Jesus entrando pela porta não daria certo?  Então Jesus apareceria aqui no meio de nós como o fez aos discípulos. Haveria um momento de silêncio, com muitos olhos arregalados, porém  os mais afoitos diriam: isso é um truque digital, com alguma câmera invisível?

Então Jesus se multiplicava e sentando em cadeiras invisíveis um ao lado de cada jovem, e perguntasse como o fez ao cego: Que quer que eu faça? Ou, Que quer que eu faça por você? Ou, posso ajudar? Ou, posso ajudá-lo na encrenca em que você se meteu?

Haveria quase um minuto de silêncio, seguido e muitas conversas: Um pediria pela saúde de sua mãe, outra pedia um emprego para seu pai, ainda outro pediria uma bicicleta de alumínio, outro um tênis de marca, ela pediria para que Jesus matasse aquela fulaninha que lhe tomou o namorado, mais o outro pedia para que Jesus matasse aquele cara que o ameaçou hoje de morte!... Muitos pedidos, a maioria dos meninos e meninas pedia muitas coisas e repetia...

Reparou como somos egoístas?  Quantas mães neste exato momento estão doentes? Sofrendo nos hospitais? Mais o moleque pediu pela saúde apenas da sua mãe. Quantos desempregados existem no mundo hoje? Mas ela pediu um emprego só para o seu pai. Quantos moleques gostariam de ter uma bicicleta de alumínio, um tênis da hora? Mas não! O pedido foi só para eles! E nem precisa dizer que alguns pedidos, Jesus não atendeu. Pois como posso pedir a Jesus que mate alguém  por mais medonho que ele seja?

 O nosso egoísmo é causador da nossa própria infelicidade. Muitas vezes agimos como se não fôssemos egoístas nos mostrando preocupados com as pessoas. Mas no fundo aquilo  não passa de uma atitude egoísta, pois aquela preocupação, ou cuidado é com a nossa própria pessoa. Quer ver? Quando a namorada se preocupa com o seu namorado proibindo-o de se aventurar na experiência de escalar uma montanha, ou um penhasco, no fundo ela está defendendo a sua parte, o seu lado. Não está necessariamente preocupada com a pessoa do namorado em si, mas sim consigo mesmo. Pois tem medo de ficar sem o seu carinho, sem o seu amor, sua companhia, caso ele venha a morrer, ou ficar paraplégico.

 Prezados leitores. Pratiquemos a gratuidade, a caridade, pois é dando que se recebe. Haverá maior alegria em ajudar, em dar, em ser caridoso, do que em receber em si. A felicidade está em nos preocupar de fato com a salvação dos demais, e não em querer furar a fila e passar a frente.  Não nos salvaremos sozinhos. Precisamos tentar nos salvar, e buscar  salvar os outros.

Sal.  

Muitas pessoas conhecem diversas coisas sobre Jesus, mas não conhecem verdadeiramente a Jesus, porque fundamentaram o seu conhecimento numa leitura racional e científica da Palavra e da História, mas nunca tiveram um encontro pessoal com Jesus, nunca entraram na sua intimidade através da oração, nunca procuraram contemplá-lo, nunca quiseram desenvolver uma espiritualidade. Essas pessoas sempre fizeram de Jesus um objeto de conhecimento e não uma pessoa de relacionamento. Nunca viram verdadeiramente Jesus, de modo que não podem compreendê-lo, segui-lo, amá-lo e viver de acordo com os valores que ele propôs.(CNBB)