Todos se perguntavam quem seria aquele no qual os "poderes agem" e ninguém conseguia identificar Jesus como o enviado de Deus. Seria Ele, Elias? Seria João Batista? Herodes confundia Jesus com João Batista, a quem mandara matar. O remorso talvez lhe tirasse a capacidade de enxergar a verdade. Apesar de continuar no pecado, Herodes gostava de escutar João Batista, porém na sua fraqueza, na sua miséria ele não seguia os conselhos de João Batista e por isso, foi até as últimas conseqüências. Nós também só gostamos de escutar o que nos agrada. A Palavra de Deus que alguém nos ensina, enche o nosso coração até o momento em que ela coincide com os nossos interesses.
Quando a Palavra vem de encontro à nossa mentalidade, nós a matamos, a deixamos de lado e simplesmente a ignoramos. Sofremos, pois, as conseqüências e não vivemos em paz. A pessoa de Jesus ainda hoje é manipulada de acordo com os interesses e os temores. Fazemos de Jesus um fantasma a mercê da nossa imaginação. Uns, achamos que Ele veio para nos condenar por causa das nossas culpas, outros ainda achamos que Ele foi apenas um homem bom que veio aqui para nos dar bons exemplos. E a maioria de nós não confia verdadeiramente que Ele é o Filho de Deus que tem poder para nos livrar de toda e qualquer situação em que nos encontremos.
Nós confundimos a imagem de Jesus com a nossa própria imagem e medimos a Sua capacidade de acordo com a nossa fraqueza e debilidade. Algumas vezes também nós agimos como Herodes: para sustentar a palavra empenhada nós chegamos até a mandar cortar a cabeça de pessoas, porque elas nos atrapalham. Cortar a cabeça de alguém poderá ser também, tirar a pessoa da nossa vista, cortar relações, cortar a vez, tirar as pretensões de alguém ou fazê-lo desaparecer para ficar livre. Queremos ver realizados os nossos projetos e para isso, fazemos qualquer coisa. Cometemos crimes dos quais levamos o peso na consciência, e, por isso, caímos no medo. Dessa forma, a figura daquela pessoa nunca sai do nosso pensamento e ela torna-se para nós um pesadelo, nós a vemos em tudo. Jesus tem uma identidade própria.
Ele é o nosso Salvador e ressuscitou para que tenhamos uma vida nova, coerente com a nossa dignidade de filhos e filhas de Deus. Portanto, não podemos mais nos confundir quando nos perguntarem quem Ele é.Meu irmão, minha irmã, reflitamos:Quem é Jesus para você: Salvador ou algoz? Há alguém que atrapalha os seus planos? O que você deseja para ele? Qual é a sua reação quando alguém lhe adverte e mostra o seu pecado? Você acolhe de coração toda a mensagem da Palavra de Deus, mesmo quando vem de encontro ao seu modo de enxergar as coisas?
Amém
Abraço carinhoso
Maria Regina
Nenhum comentário:
Postar um comentário