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28 de fev. de 2011

Receberás cem vezes mais -Alexandre Soledade




Bom dia!

Gostaria de começar recordando que ontem lancei uma pergunta partindo do dialogo de Jesus com o Jovem rico: O que falta ainda?
O evangelho de ontem e o de hoje nos convidam à auto-análise. O de hoje enfatiza o de ontem por ser uma continuação natural do dialogo de Jesus com seus discípulos.
Reparem que Pedro fica inquieto com a fala de Jesus. A palavra o faz vibrar, se incomodar, (…).Talvez um misto de medo e desconfiança: “Será que até nós, seus discípulos, não seremos salvos”? Essa pergunta poderia pairar por seus pensamentos tranquilamente. Não conheciam ou concebiam plenamente a natureza divina de Jesus.
O posicionamento do Senhor me lembra uma frase de Dom Bosco que, dentre outras técnicas pedagógicas, dizia que existe uma corda que vibra dentro de cada um, bastando apenas que a encontremos. Jesus conseguia fazer isso com muita maestria. Ele tocava em aspectos especiais que por vezes queremos esconder.
Não dá pra ocultar um elefante num gramado de futebol. Talvez essa seja essa a forma que tentamos esconder nossas mazelas e imperfeições (elefantes) dos olhos atentos do Senhor. De tempos em tempos Ele também nos faz vibrar, ou seja, refletir. Essas situações nos mantém atento, pois não estamos prontos e tão pouco acabados.
Quanto mais erros temos, mais devemos apresentá-los sem receios a Deus. É rolando na areia que o passarinho retira os parasitas que vivem entranhados na sua penugem. Não é fugindo, se escondendo das correções que irei crescer. Tai a importância de se viver em comunidade. O irmão que cresce a nosso lado, por mais difícil que seja colabora para nosso crescimento através de seus comentários e criticas.
As criticas mais duras, por mais que nos abalem no primeiro momento, nos despertam para a vigilância, o zelo e a construções mais minuciosas.
“(…) Meu filho, se me ouvires com atenção, serás instruído; se submeteres o teu espírito, tornar-te-ás sábio. Se me deres ouvido, receberás a doutrina. Se gostares de ouvir, adquirirás a sabedoria. Permanece na companhia dos doutos anciãos, une-te de coração à sua sabedoria, a fim de que possas ouvir o que dizem de Deus, e não te escapem suas louváveis máximas“. (Eclesiástico 6, 33-35)
Aprendemos a fugir das correções. Não podemos fazer isso.
Quem coordena, está a frente, lidera, (…) deve aprender a ouvir por mais que lhe pareça absurdo o que é dito. Talvez até seja, mas precisamos estar atentos, pois após a tempestade, alguma brisa leve, um vento impetuoso, pode soprar daquela discussão que suscite o que realmente Deus deseja.
Temos irmãos e irmãs que sucumbiram na tristeza como o jovem rico por não querer ouvir. Ministérios de música, pregadores, padres, religiosos que odeiam ser repreendidos justificando que o padre, a liturgia, o coordenador do CPC, (…) é que esta “cortando a ação do Espírito Santo”. Muitos desses alegam que a igreja sofre pelas podas que recebem, mas na verdade, esses irmãos “manés” apenas aumentam o capim em volta dos seus elefantes.
Tem que arrumar um culpado desde que não tenha que assumir a sua própria culpa! (hunf!)
Ai entra a auto-análise do evangelho: E EU?
Vi recentemente um padre sendo preso no Paraná porque estava alcoolizado. Talvez Jesus tenha dito a Ele no silencio de sua cela “(…) aquele que, por causa de mim e do evangelho, deixar casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos ou terras, receberá muito mais, ainda nesta vida. Receberá cem vezes mais casas, irmãos, irmãs, mães, filhos, terras e também perseguições. E no futuro receberá a vida eterna”. Portanto Levante! Exponha a Deus o seu elefante e peça a força para continuar.
Um imenso abraço fraterno. 
Alexandre Soledade

Afinal quem é Jesus? O nosso libertador!


8 de Abril 
Evangelho - Jo 7,1-2.10.25-30

Jesus, é  o nosso libertador
O povo de Israel esperava um guerreiro que os libertasse dos seus opressores. Jesus pregava o amor irrestrito e o Reino de Deus na terra. Saiba mais sobre o choque inevitável entre duas visões tão diferentes. Jesus foi identificado com o Messias por seus seguidores. Esse título - Cristo, em grego - designava o indivíduo escolhido por Deus para desempenhar uma missão especial junto ao povo. A palavra vem do hebraico Mashiah, que significa "Ungido". E era originalmente utilizada para designar o sumo sacerdote, sobre cuja cabeça se derramava o óleo santo, como consagração de sua liderança espiritual e política. A unção foi estendida depois aos reis de Israel.
Esperando um guerreiro invencível. No tempo de Jesus, a expectativa em relação à volta do Messias tornou-se extraordinariamente intensa. Era a resposta do imaginário popular frente a um contexto de aguda opressão econômica, social e política e profunda crise dos valores tradicionais. Como enviado de Deus, o Messias deveria liderar uma revolução capaz de enxotar os dominadores romanos e derrubar a corrupta dinastia herodiana, restaurando uma realeza legítima em Israel.
Isso era o que o povo esperava de Jesus. Na condição de Messias, ele foi recebido em triunfo em Jerusalém, no início de sua última semana de vida. Mas a rápida evolução dos acontecimentos frustrou essa expectativa guerreira, nacionalista e monárquica.
E a frustração popular foi habilmente explorada pelos inimigos de Jesus (especialmente os saduceus), que o condenaram à morte.
Por que o povo abandonou Jesus? No famoso livro Jesus Cristo Libertador, o teólogo brasileiro Leonardo Boff analisa essa contradição entre a atuação do mestre e as ilusões messiânicas de seu tempo. A prática de Jesus, diz Boff, contesta as estruturas da sociedade e da religião da época. Ele "não se apresenta como um reformista ascético à maneira dos essênios, nem como observante da tradição como os fariseus, mas como um libertador profético". No entanto, prossegue o teólogo, "Jesus não se organizou para a tomada do poder político". Pois "sempre considerou o poder político como tentação diabólica, porque implicava uma regionalização do Reino, que é universal".
A revolução de Cristo. A revolução messiânica que muitos aguardavam tinha um caráter imediatista e limitado. Bastava libertar o país da dominação estrangeira, restabelecer a legitimidade política e tudo estaria resolvido. A revolução proposta por Jesus era um processo de longo prazo, incomparavelmente mais amplo e profundo. Ela deveria ocorrer no interior das consciências, exteriorizando-se como transformação radical de toda a existência. Sua meta: realizar o "Reino de Deus" na Terra. "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância", afirma Jesus, no evangelho de João.

Quando nós colocamos Jesus Cristo como centro da nossa vida tudo o que nós possuímos, adquire um novo sentido - Maria Regina.



                                                    Os discípulos queriam saber de Jesus o que eles teriam em troca por O terem seguido! Jesus foi claro e direto na sua explanação: a recompensa de Deus não vem do modo como que nós esperamos, mas cem vezes mais do que imaginamos. No entanto, só poderá comprovar esta promessa quem realmente se dispõe a sofrer perseguições. Quem tiver deixado "tudo" pela causa de Cristo, receberá desde já, também tudo, com perseguições e no mundo futuro, a vida eterna. Deixar tudo não significa lançar fora, rejeitar, mas simplesmente vivenciar de uma maneira diferente. Deixar pai, mãe, filhos, bens por causa de Jesus e do Evangelho, significa colocar como prioridade as exigências do ser cristão, tornando-se livre de apegos humanos e de idolatrias. Deixar tudo é desvencilhar-se de idéias, de preconceitos e pensamentos humanos, racionais, para se deixar conduzir pela mensagem do Evangelho, a boa nova de Jesus para os homens.

                                                    Quando nós colocamos Jesus Cristo como centro da nossa vida tudo o que nós possuímos, adquire um novo sentido e, mesmo com tribulações, nós conseguimos usufruir de tudo o que temos, com uma nova mentalidade, sem apego, sem egoísmo, com serenidade. Quando nós nos dedicamos à causa de Cristo, quando temos o nosso pensamento e o nosso ideal de vida, voltados para Ele nem as coisas materiais nem a nossa família nos afastam de Deus porque as coisas da terra nos levam a uma vivencia espiritual que faz toda a diferença na qualidade da nossa vida.

 Irmãos reflitamos: Temos  deixado tudo pela causa de Cristo? O que você desejava antes de conhecê-Lo é o mesmo que você anseia hoje? Será que somos pessoas muito apegadas aos nossos  planos, a nossas  famílias, aos nossos bens? Responda de todo teu coração: Qual é o lugar que Cristo ocupa na sua vida?

Amém

Abraço carinhoso

Maria Regina 

 

 

...E o Filho do Homem vai ser entregue - Gilberto Silva.


2 de Março de 2011                               

Evangelho Mc 10, 32-45


  

   Caríssimos irmãos e irmãs,

 

   Jesus anuncia antecipadamente aos seus irmãos/discípulos como se daria a morte do Cordeiro.

   Ele sofreria em silêncio. Seria torturado e desprezado pelos homens. Como um carneirinho entregue ao abatedouro, Ele sangraria e por fim morreria por cada um de nós.

   A sua vitória, porém seria completa e tão incrivelmente fantástica, que abalaria todo o mundo desde aquela época até os dias de hoje. Ele venceu o pecado e a morte, ressuscitando ao 3° dia para a glória do Pai e a salvação do mundo.

   O exemplo dos discípulos Tiago e João ao corajosamente se exporem diante dos demais, solicitando a ocupação dos mais altos cargos no Reino de Deus, é da ausência  de humildade e do amor aos demais companheiros.

   Ser humilde é principalmente acolher e aceitar o próximo, tanto quem está adiante, quanto nas laterais, ou mais atrás. É permitir que o Amor de Deus o acompanhe e seja partilhado por inteiro.

   Jesus veio ao mundo e experimentou tudo o que agoniza o ser humano, com exceção do pecado, para mostrar que podemos nos libertar da opressão e da tirania que poda a chegada do Reino de Deus.

   Ele observou, viveu, amou e chorou como todos nós. Jesus exemplificou que a felicidade está ao nosso alcance ao realizar curas e partilhas, na promoção do Amor junto ao próximo  e a Deus Pai como as principais fontes que trarão a conquista de um lugar no Reino Celestial.

   Foi para cumprir sua missão na Terra e por amor a todos NÓS que subiu a Jerusalém.

   Por acaso, pergunto: Estamos sendo merecedores de todo o sofrimento de Jesus e alcançar o Reino? Teria a coragem de pedir a Jesus um lugar de destaque no Reino? O que fiz para merecê-lo?

   Irmãos e irmãs, questionamentos como estes podem auxilia-los a reavaliar se nossos atos e costumes estão sendo coerentes com a nossa profissão de fé.

   Antes de pedir, ofereça. Antes de mandar, obedeça. Se quiser ser o primeiro, que seja o último para que quando entrares na glória de Deus no seu Reino, Ele venha recebe-lo com o seu lugar já reservado.

 

Gilberto Silva

 

Receberá cem vezes mais, durante esta vida... - Gilberto Silva


1º de Março de 2011                                 

Evangelho Mc 10,28-31


   Caríssimos irmãos e irmãs,

 

   O apóstolo Pedro faz quase um questionamento ao comentar com Jesus –" Eis que nós deixamos tudo e ti seguimos". Talvez, verificando se ao abandonarem a tudo e a todos para seguir a Jesus, qual seria a recompensa que caberia a cada um dos apóstolos, a começar por ele, Pedro.

   Caso, Jesus realmente seja o Messias, conforme lhe fora revelado pelo Espírito Santo, aquele que traria de volta a grandeza e a glória do seu povo, tornando-os livres do jugo romano, poderiam eles  ( os apóstolos  ) aspirar cargos de confiança ao lado de Jesus na reconquista de Israel.

   A resposta de Jesus os fazem  "  enxergar " que a recompensa viria de Deus e que esta seria centena de vezes a mais, ao que era especulado por eles.

   No simples fato se seguir a Jesus, eles teriam milhares de irmãos, irmãs, casas, pais e mães. Todos seriam uma grande família com um só sentimento e coração.

   Desvencilhar das idéias políticas, econômicas e egoístas que aprisionam o ser humano é a proposta de Jesus claramente proferida e aberta ao entendimento de todos pela ação do Espírito Santo.

   É verdadeiramente ser cristão é propagar a Boa Nova do Reino de Deus, é tornar Jesus Cristo o centro das nossas vidas, é desapegar-se de tudo que é matéria física, de tudo que possuímos e de qualquer coisa que possa nos afastar de Deus, para dedicarmos a este plano de salvação proposto por Jesus.

   Irmãos e irmãs, não podemos mais renegá-Lo a um segundo plano, ou seja, segui-Lo somente quando  tivermos vontade e às vezes quando pudermos.

   Se formos materialistas por demais nas coisas deste mundo, acabaremos perdendo o passaporte da vida eterna: Jesus Cristo.

 

   Gilberto Silva

 

 

O desafio de seguir Jesus - Newton

            

 

Evangelho do dia 01 de Março de 2011.

Marcos 10,28-31

 

Seguir a Cristo é um desafio, porque sabemos que isto significa deixar para traz muitos costumes deste mundo, a ponto de deixarmos a família, não no sentido de abandonar, mas no sentido de que muitas vezes temos que enfrentar situações de oposição da própria família quando esta não consegue entender a mudança radical pela qual o cristão passa ao ter um encontro pessoal com Jesus e ao conhecer a palavra de Deus.

 

Se a família é convertida, tudo fica mais fácil, mas nem sempre é assim na maioria das vezes. Por isto que Jesus nos exorta a sermos firmes na nossa posição, quando queremos de fato seguí-lo. É preciso ter sabedoria para entender o que Jesus nos diz, para não agirmos de maneira injusta com a nossa família, pois a partir do momento em que abrimos os olhos à verdade, aumenta também a nossa responsabilidade em relação ao outro, e particularmente com a nossa família.

 

Quando os discípulos receberam de Jesus a incumbência de ir por todo o mundo e pregar o evangelho a toda a criatura, devemos entender que os membros de nossa família também fazem parte deste objetivo. Sabemos que não é tarefa fácil converter os membros da família, pois é muito mais fácil convencer um estranho do que alguém mais próximo de nós. Por isso que seguir a Jesus e o evangelho é um desafio para todos nós.

 

Porém aqueles que resistirem, receberão a recompensa como disse Jesus. Deixar pai, mãe, irmão e irmã, por causa de Cristo e do evangelho é justamente deixar toda uma tradição familiar voltada para o mundo. É justamente isto que Jesus quer nos falar: quando a família não tem a sabedoria divina, mas, acostumada a viver os vícios deste mundo em oposição às leis de Deus, tudo o que nós vivíamos anteriormente com os nossos familiares, deve ser deixado para traz. A sensação que se tem é de abandonar a família, porque já não conseguimos mais viver em comunhão com estes costumes mundanos.

 

O cristão, não deve se esmorecer, a primeira coisa a fazer é amar os seus entes queridos, e, só a prática do amor no seio da família pode levar a todos a uma verdadeira conversão a Deus. Não é tarefa fácil dirão alguns, mas este desafio é a cruz que nós devemos carregar, para a nossa santificação pessoal e de todos aqueles que estão ao nosso redor. Quem não desanimar, e for até o fim será salvo e toda a sua família. Aquele que pretende ser discípulo de Jesus e o seguir precisa de fato crer no que ele falou, pois está escrito: "Crê no Senhor Jesus e será salvo, tu e tua família".

 

Newton

 

 

“EIS QUE NÓS DEIXAMOS TUDO E TE SEGUIMOS” - Nancy


1º DE MARÇO DE 2011: 2ª FEIRA


Evangelho - Mc 10,28-31



Seguir Jesus sempre foi e é, até os dias de hoje, uma aventura compensadora e maravilhosa, mas cheia de percalços.

Toda aventura (neste contexto desejo que aventura seja compreendida como desafio e conquista da maior fortuna – o Reino de Deus), está entremeada de obstáculos, o que dá ao homem, interna e externamente falando, aquele sabor divino de vitória, algo indefinível.

Equiparemos essa aventura ao caminhar por uma estrada cheia de curvas, de encruzilhadas, com subidas íngremes e descidas pedregosas. Enfim, caminhada considerada como um esporte radical.

Nós, missionários e seguidores de Jesus, assumimos através de nossos pais e padrinhos essa trajetória ao recebermos a luz do Espírito Santo, no batismo. Mas tivemos, é claro, o livre arbítrio para escolher: ser ou não ser discípulos e seguidores de Jesus!  

Pois é, queridos irmãos, ser discípulo e seguidor de Jesus requer despojamento das coisas mundanas, disponibilidade para atuar e coragem para enfrentar os poderosos, os dominadores e opressores que comandam o sistema político e social. "Tarefa fácil?" – Perguntamos nós e perguntariam vocês.

E teríamos como resposta um NÃO enorme, em letras garrafais!

Assim fora naquele tempo de Abraão, de Moisés e de Jacó, no Antigo Testamento. Fora também no tempo dos apóstolos de Jesus, no Novo Testamento, tal como hoje, conosco, após séculos e mais séculos da passagem rememorativa do Messias pela terra.

Seguir Jesus, ser discípulo de Jesus, imitar as atitudes cristãs, viver mediante os princípios da Lei de Deus, abandonar tudo como dissera Pedro a Jesus: "Eis que nós deixamos tudo e te seguimos." Caminho virtuoso, de paz e contemplação, de realização plena. Porém, uma conquista de cada cristão que tem na pessoa de Jesus Cristo o exemplo de bom pastor, o Salvador de nossa vida, o Salvador da Humanidade.

Sabemos que um verdadeiro seguidor de Jesus não é apenas aquele que abandona tudo e todos para segui-Lo, como muitos dos seus apóstolos o fizeram. E muitos ainda o fazem nesta atualidade. Afinal, a constituição familiar é legítima e abençoada por Deus!

Um verdadeiro seguidor de Jesus, porém, se encontra em cada ser humano que deixa os seus afazeres, os seus familiares, e se dispõe a dedicar horas de trabalho para atuar na Pastoral da Saúde, visitando doentes, levando a eucaristia e a palavra de Deus. Ou ainda os catequistas e as catequistas que, semanalmente, se doam pelo ensino e vivência da palavra com as crianças da comunidade, entre outras inúmeras formas de serviço e doação à igreja e aos irmãos.

O evangelho de hoje abre o nosso coração e a nossa mente para refletirmos sobre as mais diversas formas de "abandonarmos tudo e todos" e abrirmos um espaço, na correria desenfreada deste contexto, para olharmos o nosso irmão, colocarmos em prática os dons recebidos de Deus, com gratuidade, partilhar e fazer a justiça social aqui na terra. A bem da verdade, dispor de tempo!

Ser cristão! Não se abater e nem se omitir diante das dificuldades! Enfrentar aqueles que gozam do status, do poder, em defesa dos mais carentes e necessitados. E ir em frente, ciente de que tais gestos e atitudes incomodam sim àqueles que se sentem bem instalados em seu poderio, fechados às mudanças, insensíveis às dores deste mundo... Mas nos tornam humanizados e agradam a Deus que conta conosco na construção do seu Reino de Paz, Justiça e Caridade.   

Oremos: Deus Pai todo Poderoso, farto em misericórdia e perdão, vinde em nosso auxílio para que aprendamos de Maria Santíssima, mãe de Jesus Cristo, a abandonar as coisas mundanas que nos afastam da cristandade. Que o egoísmo, o apego, o comodismo e o medo das perseguições (que não deixarão de existir!) sejam suplantados pela força da cruz, e que Jesus seja o centro do nosso ser, pensar, agir e sentir. Amém!

Anexo "DIACONIA", música da CF 2010, para nos alentar na caminhada.

 

DIACONIA

Aprendamos de Maria a ouvir com devoção
Ter de Marta a energia, pressa e dedicação
Acontece diaconia na ação com oração
Ser uma Marta Maria: Que bonita vocação!

Vamos juntos trabalhar na seara do Senhor,
Pois o povo está a vagar qual ovelhas sem pastor
Libertados pela graça nos dispomos a servir
Sirvamos com alegria, exaltando o Deus do amor.

Do pequeno ser amigo, ao faminto dar o pão,
Com o nu buscar abrigo, com o doente comunhão
Acolher o forasteiro, ao sedento saciar
Libertar o prisioneiro e os mortos sepultar

Todos nós somos chamados para este multirão
venham, pois, muito animados, integrar a comunhão!
Vivenciar diaconia com os mais pobres deste chão;
Resgatar a cidadania, superar a escravidão!

 

Abraços fraternos.

 

Nancy – professora

 

 

 

Jesus e o jovem rico - Alexandre Soledade


Esse evangelho trás uma grande lição para os que estão na caminhada: A auto-análise.

Todos têm altos e baixos durante a caminhada. Às vezes passamos longos períodos na penumbra da fé. Vivemos por vezes, períodos consideráveis de aridez, conhecemos de perto a preguiça espiritual chamada de tibieza.

Todos já passaram por ela. É a vontade de largar tudo, ficar em casa, descansar, repousar, dar um tempo, fugir, se refugiar, esconder-se, (…). E cada um tem sua forma peculiar de voltar para o Senhor após cada solavanco que somos acometidos. Mas hoje não falarei dela e sim da "arrogância espiritual".

Buscar a santidade é como escalar degraus de uma pirâmide íngreme sendo mais fáceis os estágios inferiores do que os superiores, portanto quem esta num estágio mais alto, busque o equilíbrio como grande aliado.

O que isso tem haver com evangelho de hoje?

Jesus tinha um olhar extremamente doce. Ele (olhar) conseguia ver através das máscaras que acostumamos colocar para nos proteger. Por vezes nos fingimos de fortes quanto à fé, mas é justamente nessa hora que nos tornamos mais frágil. Diz a química que um copo de vidro muito quente ao ser resfriado muito rapidamente, trinca e quebra. Talvez o segredo é não perder a quentura ou talvez tentar evitar se expor ao frio.

Nos olhos de Pedro Jesus viu se concretizar a tríplice negação. O evangelho narra que Pedro chorou profundamente após o olhar de Jesus. Ele hoje olha nos olhos do jovem rico e defere uma das colocações mais profundas e diretas que temos no evangelho de Marcos: "(…) Falta mais uma coisa para você fazer".

O orgulho daquele jovem não o permitiu que continuasse a crescer. Talvez não aceitasse que ainda tinha algo que faltasse. Quantas vezes também nos comportamos assim? Dominados de tamanha prepotência nos achamos a "última bolachinha do pacote"? É triste, mas vi muitos sucumbirem assim, inclusive padres, pregadores, animadores e coordenadores: através do frio extremo da prepotência!

Precisamos colaborar também. Precisamos parar de idolatrar personalidades, em especial as que levam a palavra de Deus, pois são humanas, erram, são frágeis e que também podem a qualquer momento ser tentadas a se acharem. Precisamos mudar nosso foco. Parar de convidar as pessoas porque a missa será com "padre tal", pois o padre tal não é mais importante que Jesus que se faz alimento na celebração. Não é o pregador fulano de tal que opera milagres e sim o Espírito Santo que se manifesta por sua fidelidade e pura graça de Deus. "(…) Para os seres humanos isso não é possível; mas, para Deus, é. Pois, para Deus, tudo é possível".

Essas pessoas que estão degraus acima de nós devem vigiar cada vez mais, pois nunca se viu tamanha caça aos seus erros pelos meios de comunicação. Precisamos entender que sempre falta alguma coisa e só seremos completos em Deus.

E quanto a nós, o que falta ainda?

"(…) Em seguida, convocando a multidão juntamente com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém me quer seguir, renuncie-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Porque o que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas o que perder a sua vida por amor de mim e do Evangelho, salvá-la-á. Pois que aproveitará ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder a sua vida?" (Marcos 8, 34-36)

Na verdade os santos de nossa igreja não foram santos por terem escalados sozinhos os degraus e sim por quererem incansavelmente ver você também subir.

Quem caiu, levante! Ninguém disse que ao subir não teriam arranhões.

Um imenso abraço fraterno.

 Alexandre Soledade

As autoridades religiosas questionam Jesus pelos seus milagres - Fr. Denis Francisco


Sábado, 5 de Março de 2011

Evangelho - Mc 11,27-33


As autoridades religiosas questionam Jesus pelas obras que ele realiza entre o povo judeu. Em Jerusalém, ele está com seus discípulos andando pelo Templo. As obras e milagres que acontecem no Templo são realizados por Javé, o Deus libertador. Os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os sábios anciãos aproveitam que Jesus está ali e perguntam com que autoridade realiza as obras. Podemos entender "autoridade" como: em vista de que, por qual motivo e\ou por ordem de quem ele as realiza. É claro, sendo ele o filho de Deus Pai, tem autoridade (autorização) para realizar os prodígios. O problema está nas autoridades eclesiais e civis. Eles não compreendem que, de fato, Jesus é filho de Deus, e que está na terra para fazer a vontade do Pai, redimindo os afastados (os pobres, coxos, pagãos e abandonados) do Templo, da Casa de Israel, por causa da estrutura religiosa do tempo.

O mesmo acontece com João Batista, pois não compreenderam a sua missão de ser o precursor do Messias. Muitos judeus, pagãos e samaritanos acreditaram em João, aceitando o batismo. Eles o tinham como profeta, já que anunciava a vinda do Messias com autoridade e sabedoria. Jesus não responde para as autoridades religiosas "o motivo pelo qual ele realiza os prodígios", porque eles não iriam acreditar nele como filho de Deus. Sendo ele e o Pai um só, tem autoridade para realizar obras e curas, mesmo no sábado, dia de guarda.

Oração da vida

Havia certa vez um rapaz chamado João. Ele usava calça branca, camisa branca e tênis branco. E tinha na mão um balde limpinho. Perto dele havia um poço bem sujo, mas com água limpa no fundo. O João desceu o poço sujo e saiu com água limpa no balde, sem se sujar.

Nós somos o João e o mundo é aquele poço. Tem muitas coisas boas e ruins misturadas. Que bom, através do discernimento, identificássemos as coisas boas e aproveitássemos, sem nos sujarmos! As autoridades eclesiais e civis do tempo de Jesus não fizeram discernimento das coisas que ele dizia e realizava. Tinham medo de sua verdade. Por isso, o condenaram, partindo da Lei e não da realidade.

Em nossa vida de cristãos, às vezes cometemos o mesmo erros que eles. Julgamos sem conhecer a realidade, e ainda queremos respostas para nossos questionamentos: De onde viemos? Para onde vamos? Será mesmo que Jesus e os discípulos existiram? Será que a Sagrada Escritura é apenas um conto, uma estória de um povo? Será que minha fé é válida?

Bom, se não acreditamos naquilo que é revelado e com tantos anos presente na vida das pessoas, para que então respostas a muitas perguntas sobre o mistério divino, se não temos experiência com o concreto, com o dia-a-dia, com a realidade do povo pobre, oprimido e explorado donde podemos encontrar Deus? O que podemos dizer daqueles que fazem experiência com Deus, abandonando tudo para viver uma vida dedicada a Ele e ao próximo? Evidentemente, precisamos questionar sim, porém não devemos tomar tais respostas que não se convergem com a nossa realidade e com a realidade da Igreja. De fato, Deus existe e suas coisas também. O problema pode estar na cegueira não cristã e não religiosa que impede-nos de enxergar a realidade da vida e a verdade do mistério divino. Pensemos um pouquinho...

Fr. Denis Francisco Rosa Oliveira  (denisfcssr@gmail.com)

A palavra - Fr. Denis Francisco

Sexta-feira, 4 de Março de 2011

Evangelho - Mc 11,11-26


Em seu escrito, Marcos procura apresentar Jesus como ação de Deus na terra, o realizador de obras e milagres, mas que não deixa de ser humano e participativo na vida das pessoas. O Evangelho de hoje, revela-nos a divindade de Jesus e a sua humanidade.

A divindade de Jesus consta naquilo que ele é, isto é, o filho amado do Pai, o prometido pelos profetas, o novo rei de Jerusalém, o Deus encarnado, o Deus conosco e etc. Pelas suas grandiosas obras, ele é aclamado pelo povo de Jerusalém e recebido com ramos de Oliveira, em cima de um Jumento Mc11, 1-10.

O Jesus humano é aquele que se relaciona, vive, come, anda, participa na vida social dos homens. É por meio dessa relação, que Marcos deseja apresentá-lo para sua comunidade e para a nossa comunidade hoje. O uso de muitos verbos no texto, que dignam ação, comprova a sua participação (participa-ação) constante na vida do povo judeu e samaritano.

Jesus é tão divino que se tornou humano; é tão humano que se tornou divino! Ele entra no templo e vê casa de seu Pai, um lugar de oração, como lugar de comércio e de exploração. A sua reação, ao expulsar os comerciantes de lá, é divina e humana. A atitude dos comerciantes e das autoridades religiosa no templo é comparada com a figueira, a qual ele amaldiçoou por não produzir frutos. O templo não está sendo utilizado para orar e, sim, para explorar o povo simples e pobre de Jerusalém.

Jesus alerta a Pedro e aos outros discípulos a necessidade de ter fé em Deus (v.22). Aquele que não faz uma oração confiante, deixando de amar os próprios devedores, sem pedir a graça de Deus o perdão dos pecados, torna-se como a figueira narrada no início do Evangelho, que não produz fruto e que vai se ressecando por dentro é chegar à raiz, ou seja, o alicerce da vida.

Oração da vida

Certa vez, um padre de uma pequena paróquia percebeu que todos os dias um homem da roça ficava horas na igreja, mas quieto, sem dizer nada. O padre achava estranha aquela atitude. Um dia aproximou-se dele e perguntou: "O que o senhor faz aqui desse jeito, sem dizer nada para Deus?" O homem respondeu, apontando para o sacrário: "Eu olho para Ele e Ele olha para mim!" Esta é a oração de contemplação. As palavras desaparecem e os corações de encontram e se comunicam de maneira muito mais profunda do que através de palavras.

Em nossa realidade, percebemos que muitas pessoas não têm tempo para contemplar a manifestação de Deus em suas vidas. A exigência com os trabalhos, o enorme interesse pessoal que visa o lucro e o gasto, a falta de querer aprender e de conhecer a realidade, afastam-nos do projeto de Deus e principalmente do cuidado com a vida social. Hoje, fala-se muito que as pessoas estão abandonando Deus. Qual será o motivo e razão desse abandono? Será que o abandonam porque tudo está mais fácil de conquistar sem a sua ação? Ou o próximo é quem está abandonado? Evidentemente, quem abandona Deus é porque já abandonou o próximo. Mas, Deus não nos abandonou. Ele nos enviou aquilo que ele tinha de mais  precioso: o seu Filho amado, o nosso Redentor.

Fazer da igreja, templo sagrado de Deus, um lugar de exploração, ou até mesmo explorar o nosso próprio coração, um lugar onde ele possa habitar, é negar a sua participação em nossa vida de relação com os outros. Tornam-se uma figueira, que não produz frutos, as atitudes que desviam do caminho do bem, do desenvolvendo de uma sociedade humana e santa. Amar de fato Deus é comprometer-se com as suas coisas e com o próximo. Maria, mãe da esperança e do Socorro, ajude-nos a perceber a nossa realidade e contribuir com o seu desenvolvimento.

Fr. Denis Francisco Rosa Oliveira