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31 de jan. de 2012

Precisamos perceber a quem nós estamos valorizando, e ao que nós estamos dando importância:às coisas simples do alto, ou às coisas complicadas de baixo - Maria Regina.



                                               Aqueles que viviam próximos a Jesus não queriam admitir que alguém tão simples como Ele pudesse ter tanta sabedoria. Por isso, todos se admiravam e duvidavam de que o poder de Deus estivesse com Ele e, não O reconheciam nem mesmo como profeta. Com efeito, Jesus não pôde fazer milagres na sua terra e no meio da sua gente. Por ser uma pessoa humilde, filho de um carpinteiro e conhecido de todos Jesus não conseguia ser escutado nem tampouco ser levado a sério. Ainda hoje, nós também damos pouco valor às pessoas que estão muito próximas de nós, principalmente àquelas que são humildes e simples.

                                       Acostumamo-nos a conviver com elas e não percebemos que elas são instrumentos de Deus para o nosso crescimento e até para o nosso livramento. Muitos milagres poderiam acontecer no nosso meio se déssemos atenção àqueles que são instrumentos de Deus para nós. Não entendemos o porquê que alguém, mesmo simples e humilde, possa ao mesmo tempo ser sábio aos olhos de Deus. Confundimos a sabedoria que vem de Deus com o conhecimento que o mundo dá. Na maioria das vezes, valorizamos a quem é instruído, a quem tem profissão brilhante ou tem o dinheiro que compra tudo, o poder e a mente. No tempo de Jesus também não foi diferente. Precisamos nós também perceber a quem nós estamos valorizando, o que nos prende a atenção e ao que nós estamos dando importância: às coisas simples do alto, ou às coisas complicadas de baixo. Somos chamados , então a refletir: O que é simples nos incomoda ou atrai? – Valorizamos as pessoas da nossa casa quando nos dão algum conselho? – Na nossa casa também os profetas não são bem recebidos por nós?

Amém
Abraço carinhoso
Maria Regina

                        

 

30 de jan. de 2012

A transfiguração - Sal


18 de fevereiro


            Prezados leitores: Hoje, Tiago em sua carta nos lembra dos perigos da nossa língua, que semelhante a uma pequena faísca que incendeia uma floresta inteira, também pode causar grandes danos ou estragos a uma  comunidade paroquial inteira. Também ele compara a nossa língua, a um pequeno leme de um navio, que é capaz de conduzi-lo par a direita ou para a esquerda.

            Tiago começa a sua carta nos mostrando que se somos mestres, estamos sujeitos aos julgamentos mais severos. Porquq nós, uma vez tendo o domínio do saber, não podemos nos desviar dele, cometendo erros, ou ensinando coisas erradas, ou ainda negando uma resposta a quem se dirige a nossa pessoa, perguntando algo para tirar uma dúvida.

Do mesmo modo, nós que somos catequistas, não podemos dar maus exemplos.  Isto, porque nós sabemos , ou conhecemos a Lei, os Mandamentos, os Ensinamentos de Cristo, e portanto, todos esperam em nós, um comportamento exemplar, uma vivência santa, e impecável.  Foi por isso, o menino da catequese, ficou muito decepcionado, e escandalizado, ao ouvir da boca da coordenadora da liturgia, um palavrão.

No Evangelho de hoje, vemos a cena maravilhosa de Jesus transfigurado diante dos discípulos, que sonolentos não entenderam de imediato o que estava acontecendo. Quem se entrega ao serviço do Reino de Deus, deve se esforçar a cada dia para ser perfeito como o Pai do Céu é perfeito. E Jesus nos dá tudo aquilo que necessitamos para essa perfeição, para essa transfiguração da nossa pessoa, mesmo que seja sempre incompleta, mas é uma santa mudança que as pessoas percebem. Assim, prezados irmãos. Vamos nos esforçar para não vacilar, para não dar mancada, para não sair da linha, e nos mantemos o mais que pudermos, seguidores de Cristo. Pois todos , mais todos mesmo estão sempre de olho em nós.

É por isso que Tiago nos explica os perigos da nossa língua. Pega muito mal, um homem ou uma mulher de Deus, sob a desculpa de que está defendendo a Igreja, fazer comentários muitos parecidos com fofocas a respeito da conduta de outro irmão também do seio da Igreja.

Sal.

Renunciar a si mesmo para não ter uma fé sem obras - Sal


17 de fevereiro



Mc 8,34-9,1

Que me diz disso: uma senhora muito piedosa estava indo para a missa de manhã. No meio do caminho bem diante dela, uma criança foi atropelada por uma bicicleta, sendo que o garoto que pedalava também caiu na tentativa de desviar da menina. Uma  moça que ía passando, correu para levantar os dois jovens que tentavam se equilibrar, pediu ajuda àquela senhora. Ela respondeu muito séria e categoricamente. – Não! Eu não posso. Estou inda para a missa e não devo me atrasar!

            Viu? Será que nunca agimos assim ou de forma quase igual? Deixar de atender ou servir a um irmão necessitado para ir rezar o terço? Ou para chegar em tempo na missa?

            Aquela senhora tinha um fé inabalável. Acreditava em tudo o que Jesus ensinou. Mais tudo mesmo? Neste exemplo estamos vendo uma demonstração de uma fervorosa e beata fé, porém sem obras.

            É o assunto da carta de Tiago. Ele nos adverte para tomarmos cuidado com a fé sem obras. Avisa que o diabo também acredita em Deus. Mais nem por isso segue os seus mandamentos, praticando o que Jesus nos ensinou.

            No Evangelho, Jesus nos diz:  "- Se alguém quer ser meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhe. Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira;".

Veja: aquela beata senhora, achou que estaria agindo 100% certo. Mais pensando bem, ela preferiu defender primeiro os seus interesses, em vez de socorrer àquelas inexperientes crianças que se acidentaram pela falta de prática na bicicleta.

 E por que?  Porque ela frequentava diariamente a Igreja, participando da missa, do terço, e de outras atividades como acender velas, e declarava que fazia tudo aquilo para garantir um lugar no céu, e que todos deveriam fazer como ela fazia. Até aqui, nada contra as práticas religiosas daquela senhora. Porém, quem a conhecia de perto, reclamava da sua grande falta de caridade, de humildade, e de piedade para com os que lhe pediam ajuda, e assim por diante.

            E pensar que hoje, Jesus nos avisa que  "quem esquece a si mesmo por minha causa e por causa do evangelho terá a vida verdadeira." Isto é, a Vida Eterna.  Por minha causa, porque quando socorremos o irmão, é a Cristo que socorremos.

Vá e faça o mesmo! 

Sal.

 

“Jesus em Nazaré” – Claudinei M. Oliveira

 

Quarta - feira, 01 de Fevereiro de 2012

Evangelho Mc 6, 1-6

 

            Um profeta  só não é estimado em sua pátria, entre seus parentes e familiares, disse Jesus aos seus compatriotas na sinagoga de Nazaré.

 Era sábado, dia em que todos celebravam a graça do Senhor e rezavam sob orientação de um sacerdote. Jesus estava presente na assembléia e começou a pregar seu projeto de vida renovada, afim  que todos conseguissem a libertação. No primeiro momento causou admiração por falar tão bonito e demonstrar tanta sabedoria, mas, logo em seguida, causou convulsão na assembléia, pois Ele era filho de Nazaré, região sem tradição de bons oradores e por ser conhecido por todos: Por acaso ele não é o carpinteiro, filho de Maria? Não é irmão de Tiago, José, Judas e Simão? As suas irmãs não moram aqui? Claro que estas interrogações incomodaram Jesus, como Homem a serviço do Pai, prosperou em tantos lugares com suas pregações, transformou multidões em fiéis seguidores e admiradores,  foi aplaudido pela coragem e bravura ao enfrentar o poder dominante  e os sacerdotes, quebrou paradigmas tradicionais com seus discípulos, curou tantos males, fez milagres através da fé das pessoas que as procuravam, entretanto, diante de seu povo, da sua família, do seu país, sentiu-se rejeitado, abandonado,  renunciado, recusado, largado e desacreditado.

Assim também acontece com nossos irmãos que deixam tudo para seguir a Palavra de Deus. No primeiro momento, todos apóiam, sentem-se felizes por sair do meio social comunitário alguém com discernimento para praticar a missão, porém, no segundo momento, ao voltar para sua terra,  ao invés  receber de braços abertos, com festas, aplausos e carinho, muitos são recebidos com desdém, com má vontade, suas palavras parecem não fazer efeito, ou seja, aquela pessoa não passa segurança naquilo que está pregando.

Ai está o desafio. Ultrapassar a barreira do descrédito e fazer valer sua palavra, sua fé, sua missão e seu compromisso com o Evangelho. Jesus  sentiu com o descaso sim, mas não abaixou a guarda e seguiu pregando, mesmo não conseguindo fazer milagre em sua terra natal, mas provou para os despossuídos que a luta é companheira afim de sublimar a submissão. Quem colocaria fé num sujeito que nasceu e cresceu pobre, sem estudo de interpretação bíblica,  que chegaria com idéias revolucionários? Seriam poucos, mas Jesus soube se colocar diante da multidão na sinagoga e levá-los da admiração ao escândalo.

Ter a coragem de causar escândalo. Este Evangelho é um convite para nós neste inicio do mês de fevereiro. Mês que iniciaremos o período de recolhimento, oração e jejum: a quaresma. A partir de 22 de fevereiro, quarta – feira de cinzas, somos convocados a refletir sobre a fraternidade e saúde publica com o lema "que a saúde se difunda sobre a terra" (Eclo 38,8).  Momento oportuno para denunciar o descaso com a saúde publica que mata tantos indefesos, mas levar também projetos alternativos de condutas para melhorar a qualidade do serviço do SUS. Não somos estrangeiros, mas somos filhos da terra que devemos comprometer-se com a dignidade de nossos irmãos abandonados a fim de praticar a Santa Palavra. Amém.

 Felicidades, Claudinei M. Oliveira.

“Jesus é apresentado no Templo” – Claudinei M. Oliveira

 

Quinta - feira, 02 de Fevereiro de 2012

Evangelho: Lc 2, 22-40

            Conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram o menino para ser apresentado ao Senhor no templo de Jerusalém. Já se passaram quarenta dias do nascimento e Jesus foi apresentado ao templo para consagrar a Deus suas magnitudes e o serviço missionário da libertação. Por isso celebramos também a "festa das luzes", encerrando as celebrações natalinas e abrindo caminho à páscoa, ou seja, para a nova vida cheia de esperança.

            Maria e José ofertaram  em sacrifício um par de rolinhas ou pombinhos à purificação. Como viviam na situação de poucos recursos, suas oferendas conciliavam aquilo que o pobre poderia oferecer. Não foram de mãos vazias, mas, levaram o que poderia oferecer ao Senhor, sinal de humildade perante as classes dirigentes de Jerusalém.

            No Evangelho de Lucas não há descrição à  oferta para resgatar o primogênito, com isso Jesus continuou a vida inteira consagrada a Deus , e sua missão terminará com o sacrifício de sua própria vida. Contudo, Jesus cumpriu a missão do serviço para a salvação de toda a humanidade.

            Por isso, Jesus é a luz que o povo de Israel esperava. A luz tem objetivo de dar segurança ao caminhante  a fim de não deixá-lo tropeçar nos percalços da viagem. O povo de Israel esperava ansioso pelo messias, na ânsia de encontrar um novo rumo, pois não suportava a exploração dos detentores do poder.  Suas vidas de sofrimento não enxergavam alternativas viáveis para a libertação.

            Na pessoa de Simeão que representa o povo pobre a luz norteou sua morte, porque via a salvação que Deus lhe enviou através de Jesus.  Simeão é a esperança cativante do angustiado que só deve partir depois de cumprido a promessa. O povo de Israel estava sedento por este encontro, entretanto, não significaria a luz somente para o pequeno povo escolhido, mas para todos os filhos de Deus sobre a face da terra.

            Lucas abre as portas para a prática do Evangelho. Levou para sua comunidade a audácia de Simeão que soube esperar o encontro da Luz na porta do templo. Simbolizando assim a convicção da certeza de um povo que almeja a fé poderosa na pessoa da Salvação que é Jesus. A luz veio ao encontro, não os deixando nas trevas, mas mostrando o caminho reto a ser seguido. Um caminho de paz, amor, prosperidade e de respeito entre todos.

            A alegria dos pais de levarem o filho ao templo, lugar sagrado e lugar da purificação, torna-se espantoso para os pobres. Este menino que alegremente recebeu o encanto de multidões, por ser o grande Messias, vai levar o povo a fazer escolhas decisivas: ou aceita a proposta de Deus na base da justiça de um novo Reino, ou continua na injustiça da minoria que aliena e corrói as forças dos pobres por benefícios próprios. Sinal de contradição, ou segue a libertação à Luz do Evangelho e do Pai Celestial, ou permanece no sofrimento, sugado pelos poderosos.

            Caros irmãos, seguir a luz de Cristo não é tarefa fácil, ela exige renuncia e dedicação, ela exige novo olhar apaixonante de um servo que entendeu a significância do trabalho da entrega total. Diante de nós está o serviço para ser executado na tenacidade da Palavra; muitos já passaram por isso ao assumir o lado pobre de Jesus no vislumbramento da libertação. Não se enganaram quanto ao projeto e receberam a luz forte, a luz do serviço ou a luz do novo jeito de ser para nova realidade. Amém.

Felicidades, Claudinei M. Oliveira.

Jesus precisa perceber que nós O buscamos e que O tocamos com os nossos pensamentos e nossos anseios e de todo nosso coração, isto é fé - Maria Regina


 

                                     A multidão que seguia Jesus o comprimia, mas somente quem se aproximou dele, quem o tocou, testemunhou a sua fé e recebeu a cura. Muitas vezes seguimos Jesus no meio da multidão, sem ter consciência do que queremos, do que precisamos, e tampouco conhecemos a realidade da nossa vida e das nossas necessidades. Queremos tudo e não conseguimos nada. Jairo, o chefe da sinagoga, aproximou-se de Jesus, caiu a seus pés e foi determinado e firme quando disse ao Mestre: "minha filhinha está nas últimas, vem e põe as mãos sobre ela!"

                                 Jesus deu ouvidos ao pedido daquele pai que rogou pela filha com fé e acompanhou-o até a sua casa reanimando a menina que apenas dormia. "Não tenhas medo. Basta ter fé", disse-lhe Jesus. Pedido de pai é importante para Deus! O pai que tem fé tem autoridade pra pedir o que é bom para o seu filho, porque será atendido. Deus entregou os seus filhos e as suas filhas aos pais, portanto, eles têm prioridade diante de Deus nos seus pedidos. No caminho Jesus foi tocado por uma mulher que se consumia há doze anos, perdendo sangue, isto é, perdendo vida.

                              Deveria ser uma mulher já cansada de lutar com os meios humanos, pois já havia gasto tudo o que possuía e não tinha mais nada. Muitas vezes, quando nós não temos mais nada nem mais aonde correr é que nós buscamos Aquele que é tudo. Por isso, aquela mulher se aproximou de Jesus com muita fé e apenas tocou-Lhe o manto dirigindo-se a Ele com a força do seu pensamento. Os nossos pensamentos são o começo para todo o processo que regula as nossas ações, por isso, a hemorragia parou imediatamente.

                             Jesus precisa perceber que nós O buscamos e que O tocamos com os nossos pensamentos e nossos anseios, com fé. É muito importante que Ele alcance o nosso desejo sincero: Isto é ter fé! A hemorroisa enfrentou a todos para tocar Jesus. Não se importou em expor a sua enfermidade que àquela época era considerada uma maldição. Jesus também conhece quando nós O procuramos de coração, quando não temos dúvidas em expor as nossas mazelas, quando passamos vexames porque todos estão descobrindo os nossos segredos, porque temos fé! Que a Fé, portanto, seja o nosso maior motivo para nos aproximar e tocar em Jesus.

                           Reflitamos: – Você já tentou aproximar-se de Jesus, com fé e tocar no seu manto com os seus pensamentos?– Você tem vergonha de expor diante da multidão as suas mazelas quando você se aproxima de Jesus? – Você tem fé que Jesus pode curar você dos vícios que carrega? – Qual é a sua enfermidade, hoje?

Amém

Abraço carinhoso

Maria Regina

Menina, levanta-te - Missionários Claretianos


Terça-feira, 31 de janeiro de 2012

São João Bosco, Presbítero (Memória). 

Outros Santos do Dia:Atanásio de Modon (bispo), Bobino de Troyes (monge, bispo), Eusébio de São Galo (monge), Francisco Xavier Bianchi (barnabita), Geminiano de Módena (bispo), João de Angelus (monge), Júlio (presbítero) e Juliano (seu irmão, diácono de Novara), Marcela de Roma (viúva), Martinho de Córdova (mártir), Metrano de Alexandria (mártir), Nicetas de Novgorod (bispo), Saturnino, Tirso e Vitor (mártires de Alexandria), Tarcísio, Zótico, Ciríaco e Companheiros (mártires de Alexandria), Trifena de Císico (mãe de família, mártir), Ulfia de Amiens (virgem).

Primeira leitura: II Samuel 18,9-10.14b.24-25a.30-19,3
Meu filho Absalão! Por que não morri eu em teu lugar?
Salmo responsorial: 85(86),1-2.3-4.5-6 (R.1a)
Inclinai vosso ouvido, ó Senhor, e respondei-me
Evangelho: Marcos 5,21-43
Menina, levanta-te -
Missionários Claretianos

O evangelho de Marcos tem uma extraordinária força, porque narra detalhes extremamente significativos da ação de Jesus. Um dos mais interessantes é o protesto dos discípulos no evangelho de hoje. Eles não entendem o motivo que leva Jesus a se deter para conversar com uma determinada mulher no afã de ir curar a filha do chefe da sinagoga.

Jesus compreende que a enfermidade predispôs essa mulher para ir a seu encontro. Ela busca uma esperança de cura e a encontra em Jesus. A incompreensão dos discípulos, que se manifestou no episódio da barca, agora se torna evidente na repreensão que dirigem a Jesus. Nós, como os discípulos, também buscamos Jesus, mas com freqüência nos detemos pelo caminho para abraçar as pessoas que o buscam.

Pode ser que não compreendamos as atitudes de pessoas simples quando, desprovidas de preconceitos doutrinais ou teológicos, agarram-se ao manto de Jesus com a esperança da salvação. Nós acreditamos que o cristianismo não é uma religião de doutrinas, mas uma esperança de libertação e salvação.

 

 

Espírito impuro, sai desse homem – Missionários Claretianos


Segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

4ª Semana do Tempo Comum 

Santos do Dia:Agripino de Alexandria (bispo), Aldegunda de Maubeuge (virgem, abadessa), Alexandre de Jerusalém (mártir), Armentário de Antibes (bispo), Armentário de Pavia (bispo), Barso de Edessa (bispo), Bartimeu (bispo de Edessa, um dos 72 discípulos de Cristo), Feliciano, Filipiano e 124 companheiros (mártires da África), Félix (papa), Hipólito de Antioquia (presbítero, mártir), Jacinta Mariscotti (virgem), Martina de Roma (virgem, mártir), Muciano Maria Wiaux (religioso), Sabina de Milão (mãe de família).

Primeira leitura: 2 Samuel 15,13-14,30;16,5-13a
Deixai amaldiçoar conforme a permisão do Senhor
Salmo responsorial: 3,2-3,4-5,6-7 (R. 7b)
Levantai-vos, ó Senhor, vinde salvar-me
Evangelho: Marcos 5,1-20
Espírito impuro, sai desse homem – Missionários Claretianos

A "outra margem" representa um desafio para Jesus e seus discípulos. Enquanto a margem ocidental está ocupada principalmente pelo povo Judeu, com pouca presença de gregos e siríacos, a margem oriental está ocupada quase que exclusivamente por estrangeiros, que tem uma religião distinta da de Israel.

A distância maior não é a geográfica, mas sim a cultural e religiosa. Ali Jesus enfrenta maior opressão, representada por uma legião. O homem agoniado por este mal é incapaz permanecer junto aos vivos e prefere a companhia dos mortos. A ação de Jesus o liberta, não sem antes fazer cair o castigo sobre os porcos, símbolo do culto aos deuses pagãos e à violência romana.

A libertação só se completa quando o homem curado caminha para os seus anunciando a Boa Nova de sua salvação. Hoje, nós enfrentamos uma legião de ideologias que legitimam a violência sobre os mais debilitados e a manipulação de todos os seres humanos.

Nossa luta seria vã se não soubéssemos de antemão que poderíamos vencer. Se nos abandonarmos às nossas forças, terminaremos derrotados, porque esta força tem um caráter sobre humano.

 

29 de jan. de 2012

Jesus nos pede que por onde andarmos e em nossa casa testemunhemos o seu amor e sua misericórdia - Maria Regina


                                 Jesus nos cura, nos tira da morte, da convivência com os mortos, como fez com esse homem, para que nós possamos cumprir na nossa casa, no meio em que vivemos a missão de amar. Muitas vezes estamos também perambulando no mundo como quem caminha dentro de um cemitério, são os mortos que nos cercam, porém Jesus nos ressuscita e nos tira do sepulcro jogando para longe de nós os espíritos que nos prendiam: orgulho, auto-suficiência, egoísmo, amor próprio.
                           Quando temos um encontro pessoal com Jesus e sentimos a Sua ação libertadora, nós como aquele endemoninhado, queremos segui-Lo literalmente, no entanto, Jesus nos liberta do mal e apenas uma coisa Ele quer de nós: que possamos ir para nossa casa, para junto da nossa família anunciar as maravilhas que Ele fez em nós.    
                          A nossa boca fala do que o nosso coração está cheio. Se no nosso coração agora, existe o amor e a misericórdia de Deus, é isto que vamos expressar dentro da nossa casa e por onde andarmos. Jesus só nos pede que sejamos Suas testemunhas. Reflitamos– Você já teve um encontro pessoal com Jesus? – Você ainda se vê caminhando entre os mortos ou já se sente capaz de amar na sua própria casa? – O que Jesus quer de você? – O que Ele lhe pede?
Amém

Abraço carinhoso           
        
Maria Regina

“Coragem, filha! Tua fé te salvou” Rita Leite.




Terça-Feira 31 de janeiro
Evangelho Marcos 5, 21-43

No evangelho de hoje duas pessoas se aproximam de Jesus esperando um milagre. O chefe da sinagoga chamado Jairo e uma mulher que era excluída da sociedade por causa da doença que a tornava impura segundo a lei.
Jesus atende os dois, pois o amor de Deus não faz distinção de pessoas. Ele dá à mesma atenção a mulher que nem poderia tocá-lo e ao chefe que tinha prestigio junto ao povo.
Ao ver a fé daquela mulher, Jesus se admira a chama de filha e a cura de sua doença. A fé da mulher a levou a violar a lei que excluía e matava antes do tempo. Também o chefe teve grande fé, pois ele diz a Jesus: minha filha acaba de morrer, mas venha e impõe tua mão sobre ela e ela viverá. Acreditou que Jesus tinha poder para restituir a vida de sua filha. Por este gesto de fé Jesus atendeu seu pedido e devolve à vida a menina. Duas pessoas de níveis sociais diferentes, mas com grande fé em Jesus Cristo.
Pela fé muitos conseguiram alcançar
Grandes graças. Pela fé somos restaurados e inseridos novamente na vida plena em Deus. A fé da mulher que queria apenas tocar no manto do Senhor me leva a pensar: Na santa missa tocamos não só no manto, mas no próprio corpo do senhor Jesus na Eucaristia. Através da Eucaristia podemos alcançar muitas graças. Jesus quer curar as doenças do nosso corpo, mas principalmente as doenças de nossa alma. Através da Eucaristia Jesus vai curando nossos traumas e nos dando vida nova.
Nossa fé é combustível para nos manter firmes na caminhada haja o que houver. A fé é a certeza daquilo que não se vê. Mesmo que venham as decepções, angustia e doenças, nossa fé em Jesus Cristo nos dará a certeza que ele pode fazer muito mais do que ousamos pedir.
Coragem, irmãos! Aproximemo-nos daquele que pode nos restituir a alegria de viver. Hoje é dia de São João Bosco ele que foi um grande educador dos jovens peçamos sua intercessão para que nossos jovens tenham um encontro com a pessoa de Jesus e possam ser sinal de esperança no mundo.
Em Cristo
Rita Leite

Que tens a ver comigo Jesus, Filho de Deus altíssimo? - Rita Leite




Segunda - Feira 30 de janeiro de 12

Evangelho Marcos 5,1-20

Depois de atravessar o mar agitado Jesus chega à região dos gerasenos. Um homem possuído por um espírito impuro vai ao seu encontro e reconhece Jesus como o Filho de Deus que tem poder contra as forças do mal e implora para que Jesus não o atormente isto é não o destrua. Em Jesus é oferecida a salvação também aos pagãos. Jesus liberta aquele homem e o envia em missão para anunciar o que Deus fez por ele.
Os habitantes daquela região ao verem que Jesus tinha libertado aquele homem e mandado o espírito impuro ir aos porcos, pedem que Jesus se retire de sua região. Preferem valorizar as posses deste mundo mais que a vida de um filho de Deus.
A atitude daqueles que pediram que Jesus fosse embora de sua região é a mesma atitude de quem hoje tira Deus de suas vidas para não ter que abrir mão de suas opções pelo poder e pelas riquezas.
 Vivemos numa sociedade que valoriza mais o ter que o ser. Daí não se dar à devida importância que é a libertação daqueles que vivem oprimidos por sistemas injustos que levam a degradação da pessoa humana. Valorizam as posses dos bens materiais.
 Jesus nos chama a atenção, pois nada pode estar acima da vida e acima do amor a Deus. Rejeitar Jesus é rejeitar a própria vida.
Aquele homem depois de liberto das forças do mal que o excluía fazendo-o viver entre os mortos ainda em vida, passa a anunciar o que experimentou do encontro com Jesus misericordioso enquanto que os que têm posse resistem à salvação.
Jesus veio nos libertar e nos dar vida e vida em plenitude. Todos nós que experimentamos esse amor de Deus que nos libertou e nos introduziu na vida nova em Cristo é enviado a dar o testemunho do quanto Deus tem feito em nossa vida. Mas este testemunho tem que ser dado com audácia, com entusiasmo. Jesus nos envia a contar ao mundo o que Deus tem feito em nossa vida. Outros também irão querer experimentar este amor de Deus se ver em nós pessoas felizes entusiasmadas, apaixonadas por Jesus. É preciso pedir a Jesus que nos liberte do nosso medo, que faça de nós pessoas audaciosas que assumam a missão e dê um novo rosto a nossa amada igreja.
Em Cristo
Rita Leite

“ESTE POVO ME HONRA COM OS LÁBIOS, MAS SEU CORAÇÃO ESTÁ LONGE DE MIM”.-Olívia Coutinho



 
Dia 07 de Fevereiro de 2012
 
Evangelho de Mc 7,1-13
 
Estamos sempre buscando uma definição sobre o amor, tão falado, mas às vezes tão pouco vivido!
 Humanamente é impossível encontrarmos uma definição tão clara sobre o amor, como a que nos vem da ótica divina, onde o amor se define em fatos concretos.
Quantos de nós perdemos a oportunidade de vivenciar  este amor concreto, por estarmos  presos em pormenores,  que na verdade não nos acrescenta nada, que apenas nos servem como pretextos para   justificar o nosso não comprometimento com o bem maior.
Estamos constantemente observando uns aos outros, pena que a nossa observância se direciona mais para o exterior das pessoas, sempre destacamos mais os pontos negativos do outro, por isto não descobrimos os tesouros escondidos no seu interior.
 Enquanto estamos  na observância  dos pontos fracos dos nossos irmãos, deixamos   de cuidar do nosso interior, esquecendo de que não  somos modelos de perfeição.
 Por deixarmos ser levados por um olhar malicioso, que nos distancia do amor, vamos perdendo a capacidade de ver além das aparências, de ter uma percepção profunda dos fatos, das pessoas, ainda  não aprendemos a ter  um olhar de contemplação,  fruto da fé, da esperança, da vivencia em intimidade com Deus.
O evangelho de hoje, narra um encontro dos  fariseus e alguns  mestres da lei com Jesus.  Eles vieram de Jerusalém, com um único  objetivo:  descobrir que tipo de ensinamento Jesus  passava como formação para  seus discípulos, se Ele  os incitava à não-observância das Leis. Pelo que chegou ao conhecimento deles, parecia que os ensinamentos de Jesus, não se enquadravam  com os padrões religiosos da época, e que as suas orientações rompiam com o sistema religioso já estabelecido.
Para os fariseus, religião, era cumprir preceitos, normas, rituais estéreis,  vazios, que aos olhos de Deus, não acrescentavam nada.
 Eles observavam rigorosamente os preceitos, mas não agiam com misericórdia, suas atitudes eram totalmente contrárias a vida.
A  pureza exterior tão observada por eles, escondia a dureza dos seus corações, em nada assemelhava à pureza interior que agrada a Deus.
O texto nos desperta para um questionamento a respeito da nossa fé e a nossa vivencia religiosa! Devemos ser coerentes entre o que falamos e o que vivemos.  Deus não nos olha externamente, para Ele, não importa a nossa cor, nossa posição social e nem mesmo a nossa religião, para Deus, o que importa  é  o que cultivamos de bom no nosso interior, ou seja: a pureza do coração!
 É de um coração puro, que brotam as mais belas atitudes de amor!
De nada adianta nossos atos externos se não retrata o que na verdade somos interiormente! 
Aos olhos de Deus, a prática exterior, só encontra seu verdadeiro sentido, quando é uma expressão do que realmente se crê e se vive, do contrário, são práticas vazias, que nada significam, pois mostram  o que na verdade não se é, e não se vive!
O que verdadeiramente agrada a Deus é um coração  livre das maldades, das ambições...
Deixemos que o nosso coração se encha do amor que liberta, que nos torna sinal da presença de Deus no mundo.
 
FIQUE NA PAZ DE JESUS!- Olivia

Eram como ovelhas sem pastor.-Padre Queiroz



SÁBADO, DIA 04 DE FEVEREIRO
Mc 6,30-34


O Evangelho de hoje começa com o amável convite de Jesus aos Apóstolos, que acabavam de chegar da sua missão apostólica, satisfeitos e cansados: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansemos um pouco”.
Entretanto, o povo descobriu para onde iam, e foi a pé, por terra. Assim, quando chegaram, encontraram uma multidão os esperando! Jesus “teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. E começou a ensinar-lhes muitas coisas”.
É interessante o modo de Jesus se relacionar com a multidão. Ele disse uma vez: “Eu conheço as minhas ovelhas e elas me conhecem” (Jo 10,14). Jesus evitava aquele messianismo político, pelo qual os seus contemporâneos judeus ansiavam. Evitava também o sectarismo gregário de massa. O seu contato era personalizado, dando origem ao Povo de Deus, ou à Comunidade cristã, na qual todos se conhecem e se amam, assim como o pastor conhece suas ovelhas.
“Foi vontade de Deus santificar e salvar os homens, não isoladamente e sem conexão alguma de uns com os outros, mas constituindo um Povo, que o confessasse em verdade e o servisse em santidade” (Concílio Vat. II, LG, 9).
Os primeiros cristãos entenderam bem essa lição e se uniam em Comunidades, onde viviam unidos como irmãos, tendo um só coração e uma só alma. Hoje a Igreja, pelo fato de ter milhões de membros, pode dar a impressão de ser massa. Mas não é. É só observar as nossas paróquias e Comunidades.
Várias vezes os evangelistas escrevem que Jesus sentiu compaixão. Ele tinha dó das pessoas carentes, das que sofriam, e aqui, das que estavam como ovelhas sem pastor. E ele não parava só no sentimento de compaixão, mas fazia o que ele podia pelo povo.
Jesus não possuía nada, não tinha nem onde reclinar a cabeça. Mesmo assim, não se preocupava consigo mesmo, mas com os outros. Quantos cristãos e cristãs têm esse mesmo coração! É deles que nascem as diversas pastorais e as atividades missionárias das Comunidades. Quando sentimos compaixão, e rezamos, Deus nos indica algum caminho.
Que bom seria se nós, ao nos depararmos com situações de carência, material ou espiritual, sentíssemos compaixão, uma compaixão ativa que se transforma depois em ação!
Certa vez, um homem terminou de construir a sua casa. Ficou linda. Ele a mobiliou com móveis novos, todos no mesmo estilo.
Então convidou um amigo para almoçar com ele e ver a casa. Terminada a refeição, mostrou toda a casa para o amigo, depois perguntou: “Falta alguma coisa? Pode dizer sem acanhamento, que vou comprar hoje mesmo”.
O amigo criou coragem e falou: “Eu sinto que está faltando Deus na sua casa!” O dono da casa se surpreendeu, porque não havia pensado nesse componente da casa. E ficou perdido, confuso, sem saber o que fazer, pois Deus não dá para se comprar!
Quantas casas hoje são assim: têm tudo, menos o principal que é Deus. Que sintamos compaixão, uma compaixão ativa, como fez o visitante da nova casa. “O que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se e a arruinar a si mesmo?” (Lc 9,25).
Maria Santíssima foi uma mulher ativa na luta pelo bem do povo. Vemos os seus anseios expressos no magnificat, e levados à ação nas bodas de Caná, ao pé da cruz, no Cenáculo etc. Santa Mãe Maria, o povo continua como ovelhas sem pastor; dai-nos um coração semelhante ao vosso!
Eram como ovelhas sem pastor.
Padre Queiroz

É João Batista, a quem mandei cortar a cabeça, que ressuscitou.-Padre Queiroz



SEXTA-FEIRA, DIA 03 DE FEVEREIRO
Mc 6,14-29

É João Batista, a quem mandei cortar a cabeça, que ressuscitou.
Neste Evangelho, o evangelista Marcos conta para nós como foi o martírio de S. João Batista, e por quê.
O fato de Marcos situar este relato entre o envio dos doze Apóstolos e o seu regresso, adquire um valor de sinal. O martírio de João é uma antecipação e um anúncio da sorte final que correrão Jesus e os seus discípulos. É a sina dos profetas.
O evangelista começa relatando várias opiniões sobre Jesus, entre elas a de Herodes: “É João Batista, a quem mandei cortar a cabeça, que ressuscitou”.
O motivo do assassinato foi que Herodes se casara com Herodíades, mulher de seu irmão Filipe, e João reprovava-lhe este ato. Por isso Herodes queria eliminá-lo. Mas Herodes respeitava João e “gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava”. Isso mostra a fragilidade do caráter de Herodes.
A ocasião chegou quando Herodes deu um banquete pelo seu aniversário, e a filha de Herodíades, chamado Salomé, segundo o historiador Flávio Josefo, dançou diante dos comensais. Herodes entusiasmou-se tanto que jurou dar à menina qualquer coisa que ela pedisse, mesmo que fosse a metade do seu reino. Salomé, instigada pela mãe, pediu a cabeça de João Batista, e ele atendeu. Poucos anos depois, em 39, Calígula lhe tiraria todo o reino, enviando-o para o desterro em Lião.
Vemos no relato uma impressionante aproximação entre o luxo e a luxúria, a embriaguês e o crime passional. Isso do lado do assassino. Do lado do mártir, o que nos interessa, vemos a aproximação entre a vida austera e penitente, e a coragem profética. O profeta não deve ter medo de denunciar, para a pessoa certa e com palavras certas, as situações anti-evangélicas.
Outra mulher, Ester, também por encantar o rei, Assuero, recebeu a promessa da “metade do seu reino”. Graças a essa promessa, ela libertou o povo israelita da escravidão da Babilônia (Cf livro de Ester).
Os martírios de João Batista e de Jesus são parecidos. Ambos morreram vítimas de sua luta pelo Reino de Deus, um reino de verdade, de justiça, de amor verdadeiro e de bom exemplo.
O escândalo de Herodes, ao se casar com a cunhada, era o tipo da coisa que todo mundo sabia, mas ninguém tinha coragem de abria a boca. Se ele vivesse hoje, certamente denunciaria tantos escândalos semelhantes que vemos todos os dias. Criticaria também outros pecados e injustiças, cometidas especialmente por autoridades, chefes e gente importante. Por isso, também hoje João Batista não viveria muito tempo; nem ele nem Jesus. “Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus” (Mt 5,10).
Havia uma família, cujos filhos eram contra a oração em comum às refeições. Mas a mãe não se deixava levar por eles. Quando acabava de por a comida na mesa, ela dava um sorriso, fazia o sinal da cruz e rezava uma oração curta e bonita, pedindo a bênção de Deus para a comida e para outras coisas da família. Em seguida, rezava a Ave Maria.
Os filhos ficavam emburrados, e o marido em cima do muro. Alguns respondiam a Santa Maria de cabeça baixa, ou engolindo a voz, outros nem isso faziam. E a mãe perseverou assim anos e anos.
Hoje ela é falecida, e os filhos são ótimos cristãos. Fazem em casa o mesmo que a mãe fazia. Como é importante não ter respeito humano dentro de casa!
O profeta é persistente, ele ou ela não se deixa levar pela onda do mundo pecador, mas sempre dá testemunho de Cristo e de sua Igreja. Como o nosso mundo precisa de outros João Batista, e de outras mães como esta!
Maria Santíssima é o melhor exemplo de mãe que temos, exemplo dado a nós pelo próprio Deus. Por isso o seu Filho “crescia em sabedoria, estatura e graça, diante de Deus e dos homens”.
É João Batista, a quem mandei cortar a cabeça, que ressuscitou.

Padre Queiroz

Luz para iluminar as nações.-Padre Queiroz



QUINTA-FEIRA, DIA 02 DE FEVEREIRO
Lc 2,22-40


Hoje celebramos com alegria a festa da Apresentação do Senhor. O Evangelho narra a cena. É o que nós contemplamos no quarto mistério gozoso do terço.
Nós admiramos a fidelidade da Família de Nazaré em cumprir os mandamentos religiosos.
Maria e José foram ao Templo e entregaram o filho para Deus. Foi como se dissessem: “Senhor, tome este menino, ele é do Senhor. Pode fazer dele o que o Senhor quiser”.
Esse mesmo gesto os nossos pais fizeram conosco no dia do nosso Batismo, consagrando-nos a Deus. Dali para frente, passamos a ser propriedade de Deus. Nós não pertencemos a ninguém, nem a nós mesmos, mas exclusivamente a Deus. Não podemos fazer da nossa vida o que bem entendermos, pois ela não é nossa.
Entretanto, infelizmente acontece com freqüência de nos esquecermos da nossa consagração batismal, e passamos a conduzir a vida como se ela fosse só nossa!
Por isso que dois de fevereiro é o dia em que nós acendemos uma vela e recordamos o nosso batismo, renovando os nossos compromissos batismais.
Conforme disse o Profeta Simeão, chegou a Luz que veio iluminar as nações. Essa Luz nos iluminou no Batismo e nos tornou um reflexo dela, para iluminar o mundo. Somos como uma antena de televisão: recebemos de Cristo as mensagens e as transmitimos para as pessoas. Hoje é dia de regular a antena, a fim de que esteja bem sintonizada em Cristo. “Cristo, a luz do céu, em ti quer habitar. Deixa a luz do céu entrar!”
“Eu me entrego, Senhor, em tuas mãos”. Ou como disse Maria Santíssima: “Eis aqui a escrava do Senhor. Faça-se em mim conforma a tua Palavra”. A espada que atravessou o coração de Maria foi conseqüência da sua fidelidade a Deus.
Certa vez, uma professora primária deu um trabalho diferente para seus alunos. Pediu que, no dia seguinte, cada um pegasse um vasinho qualquer, tipo potinho de margarina vazio, colocasse terra nele e trouxesse para a escola.
No dia seguinte, ela levou um punhado de feijão bom para semente, deu um grãozinho para cada criança e disse: “Enterrem o feijãozinho, ponham o vasinho na quarto de dormir, reguem todos os dias, mas não mexam no vasinho”.
Algumas semanas depois, todas as crianças se surpreenderam com o mesmo fenômeno: o pezinho de feijão crescia, não reto para cima, mas inclinado para a janela. É a lei da botânica chamada heliocentrismo: o crescimento em direção à luz do sol.
Como as plantas precisam da luz, nós também precisamos da Luz de Deus, que é Cristo. A diferença é que nós somos livres, e devemos procurar por nossa iniciativa essa Luz, e formar as crianças e jovens em direção a ela.
Todas as mães e todos os pais têm muito a ver com o futuro dos seus filhos e filhas. A família é a formadora das pessoas. Não basta levar os filhos ao batismo, é preciso educá-los na fé cristã. “O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele”.
Luz para iluminar as nações.
Padre Queiroz

Um profeta só não é estimado em sua pátria - Padre Queiroz



UARTA-FEIRA, DIA 01 DE FEVEREIRO
Mc 6,1-6



Jesus foi rejeitado em Nazaré, porque era de lá, e todos o conheciam desde criança, e também a sua família. Nós também frequentemente fazemos esse pecado de rejeitar nossos líderes cristãos locais e valorizar mais os que vêm de fora.
“Jesus se admirou da incredulidade deles, e “ali não pôde fazer milagre algum.” A graça de Deus depende da nossa abertura a ela e da nossa fé.
Os chefes judeus eram divididos em três grupos: fariseus, saduceus e sacerdotes. Os fariseus colocavam sua segurança na Lei. Os saduceus colocavam sua segurança no dinheiro; eram todos latifundiários. E os sacerdotes colocavam a sua segurança no culto. Assim, nenhum deles precisava de profetas. O pior é que essas mesmas tentações estão nos rodeando o tempo todo!
“Esse povo me procura só de palavra, honra-me apenas com a boca, enquanto o coração está longe de mim. Seu temor para comigo é feito de obrigações tradicionais e rotineiras” (Is 29,13). “Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim” (Mt 15,8).
“Na sua boca, tu (Senhor) estás presente, mas longe do coração” (Jr 12,2).
“Jesus admirou-se com a falta de fé deles.” A rejeição a um líder, só porque é da própria cidade ou bairro, é sinal de falta de fé. Pensando bem, é até preferível um líder cristão local, porque nos conhece, para falar o que precisamos ouvir, e porque nós o conhecemos e unimos às suas palavras o seu exemplo de vida. Também porque possibilita a continuidade na evangelização, já que o líder está sempre presente ali.
Entretanto, na maioria das vezes a rejeição não é ao líder, mas à sua mensagem. Se o profeta falasse o que o povo quer ouvir, ninguém o atacaria. É mais fácil destruir o mensageiro do que acolher a mensagem.
“Eles roubam, matam... e depois se apresentam diante de mim no Templo, dizendo: estamos salvos” (Is 1,11-15).
Se os destinatários do líder fossem santos, não precisariam dele. Por isso, o líder deve continuar firme, confiando em Deus que sempre o protegerá. “Se, quando éramos pecadores, fomos reconciliados com Deus, muito mais agora, redimidos, seremos salvos” (Rm 5,10). Vamos imitar a Deus, amando os pecadores.
O profeta tem o dom de falar a palavra certa, na hora certa, para a pessoa certa e do jeito certo. O profeta tem o dom de tocar na ferida, isto é, falar aquilo que precisamos ouvir, não o que queremos ouvir. Por isso a sua palavra às vezes dói em nossos ouvidos, mas nos liberta e nos faz felizes.
O profeta não se preocupa em agradar os ouvintes, mas em levá-los à conversão e à felicidade plena. Ele tira todas as nossas seguranças e apoios. Ficamos como Pedro andando sobre as águas.
Há muitos modos de perseguir um profeta ou líder: “Gelá-lo”; exagerar os seus pontos fracos; torcer as suas falas, jogando-os contra o povo.
Recebemos no batismo, e principalmente na crisma, a missão de sermos profetas. Nós a exercemos, ou não, todos os dias em nossos relacionamentos, palavras e atitudes.
Certa vez, um professor mandou um aluno conjugar o verbo amar. Ele conjugou direitinho, no presente, no passado e no futuro. Ganhou nota dez.
Na hora do recreio, aquele aluno brigou com um colega sem motivo e o xingou de palavrão. O professor ficou sabendo e, depois do recreio, lhe disse: “Vou diminuir a sua nota. Você conjuga bem o verbo amar, mas não o pratica”.
Quantas vezes nós fazemos isso, falando uma coisa e vivendo outra!
Maria Santíssima é Rainha dos profetas. Ela testemunhou a verdade com atitudes e com palavras, especialmente no hino Magnificat. Que ela ajude a nós, seus filhos e filhas, a cumprir bem a nossa missão de profetas.
Um profeta só não é estimado em sua pátria.

Menina, levanta-te!-Padre Queiroz



TERÇA-FEIRA, DIA 31 DE JANEIRO
Mc 5,21-43



Neste Evangelho, nós temos dois belos exemplos de fé: de Jairo, chefe da sinagoga e pai da menina doente, e da mulher que sofria de hemorragia. A mulher estava doente há doze anos e “tinha sofrido nas mãos de muitos médicos, gastou tudo o que possuía, e, em vez de melhorar, piorava cada vez mais”. Mas a sua fé era tão grande, que não perdeu a esperança.
Quando Jesus caminhava para a casa de Jairo, ela “aproximou-se dele por detrás, no meio da multidão, e tocou na sua roupa. Ela pensava: “Se eu ao menos tocar na roupa dele, ficarei curada”. A hemorragia parou imediatamente.” Hoje vivemos, às vezes, pertinho de Jesus, presente na Eucaristia, mas nos falta fé nele! A fé nos leva a ir além das esperanças humanas, pois o poder de Deus é infinito.
Havia o preconceito de que uma mulher, especialmente nas condições dela, não podia tocar em outra pessoa. Mas a fé a levou a superar esse tabu, e tocou em Jesus. A fé nos dá coragem e discernimento.
Jesus estava ainda falando com a mulher, quando “chegaram alguns da casa do chefe da sinagoga e disseram: ‘Tua filha morreu; por que ainda incomodar o mestre?’ Jesus ouviu a notícia e disse ao chefe da sinagoga: Não tenhas medo. Basta ter fé”. A fé elimina o medo e nos dá uma esperança sem limites.
“Quando chegaram à casa do chefe da sinagoga, Jesus viu a confusão e como estavam chorando e gritando.” A morte, para os que não têm fé, é um mal irreversível; é o fim de todas as esperanças.
“A criança não morreu, mas está dormindo. Começaram a caçoar dele”. Para Jesus, a morte não é um fim nem uma fatalidade. Para Deus, ela não passa de um sono maior. Mas quem não tem fé até caçoa dessa afirmação! Mesmo se Jesus não levantasse a menina naquela hora, fá-lo-ia na Ressurreição.
“Começaram a caçoar dele.” As pessoas que não têm fé agridem quem age a partir da fé. Os incrédulos dificultam o caminho dos justos, chamando-os de imprudentes e ingênuos. “Você não está vendo?” dizem eles. O cristão está vendo sim, e muito mais do que eles, que são cegos guiando cegos. O cristão vê realidades que são invisíveis aos olhos da carne, mas que são mais reais do que aquilo que os olhos vêem.
A Bíblia toda insiste em nos dar esperança, baseada na fé. Com Deus, tudo é possível, e não há motivo para desilusão, pânico ou medo. Nenhum problema é maior que Deus.
Imagine agora Jesus dizendo diretamente a você, no seu coração: “Fulano (a), levanta-te!”
Havia, em El Salvador, Capital de San Salvador, um bispo muito santo. Seu nome: Dom Oscar Romero. Como havia no País muito desrespeito à vida humana, por parte dos chefes políticos e da polícia, ele sempre pedia ao povo que tivesse mais amor e mais respeito à vida.
Um dia, ele recebeu um telefonema anônimo ameaçando-o. A pessoa disse: “Se o senhor não mudar a linguagem, será morto”. E a pessoa desligou o telefone, sem que ele pudesse dizer uma palavra.
No domingo seguinte, ele foi ainda mais claro na sua homilia, na catedral: “Quero fazer um apelo, de modo especial aos homens do exército, da guarda nacional e da polícia: Irmãos, vocês são parte integrante de um mesmo povo, e matam seus próprios irmãos! Lembrem-se de que diante da ordem dada por um homem, prevalece a Lei de Deus que diz: Não matarás. Nenhum soldado está obrigado a obedecer a uma lei imoral”.
Na manhã seguinte, ele estava celebrando a Missa na capela do hospital e uma bala, vinda da janela, atravessou o seu coração. Era dia 24/03/1980. Dom Romero tinha 63 anos de idade.
Numa carta, ele havia dito: “Aqueles que se entregam aos outros por amor de Cristo, se morrem, morrem só aparentemente. Todo esforço para melhorar a sociedade é abençoado por Deus. Mesmo que passem pela dor, pelo sofrimento e até pela morte, continuam vivos em Deus e presentes no meio de nós. Nós cristãos sabemos que a última palavra não é a da morte, mas a da vida.”
A fé nos dá coragem. Deu coragem à mulher que sofria de hemorragia, deu coragem a Jairo, pai da Talita, deu coragem a Dom Oscar Romero e continua dando a mesma coragem a todos os que crêem de verdade.
Vamos pedir a Maria Santíssima que nos ajude a crescer na fé, e abençoe os líderes cristãos que trabalham para que as pessoas tenham mais fé.
Menina, levanta-te!
Padre Queiroz