16 de Fevereiro Quinta Feira
Evangelho Marcos 8, 27-33
Retomamos a reflexão de ontem quando falamos sobre o perigo de uma Fé superficial, marcada pelo entusiasmo inicial, e que é apenas o início de um longo processo e que jamais nesta vida poderá ser compreendida como um final pois uma conversão pronta e acabada, não existe nesta vida.
No evangelho de hoje nos confrontamos com Pedro Apóstolo, com esse exato perfil: a Fé contagiante e arrebatadora, que acha que a experiência feita ocasionalmente com Jesus Cristo, já resolveu todos os seus problemas, estando tudo pronto e agora é só aguardar a hora do arrebatamento definitivo para o céu.
"Tu és o Cristo" o Messias prometido, nós somos os primeiros a acolhê-lo e a partir de agora tudo vai dar certo em nossas vidas. Pedro e os demais tinham razões de sobra para pensarem assim, os sinais que Jesus realizara, milagres e curas, ressurreição de mortos, com alguém ao nosso lado, com todo esse poder, não precisamos de mais nada nessa vida.
Pois essa "Fé" do "Tudo vai dar certo" é logo descartada por Jesus, que para desmontá-la na cabeça e no coração de Pedro e dos demais, começa a falar da sua paixão, morte e ressurreição. Mas Pedro, que não queria mudar sua mentalidade e postura em relação a Jesus, tem a ousadia de chamar o Mestre de Lado dando-se ao direito de repreendê-lo. O homem da pós modernidade têm essa mesma ousadia de Pedro, quando não aceita o evangelho em sua originalidade, quando quer adaptar o ensinamento de Jesus á vida moderna, inventando um cristianismo que pega mais "leve", sem tanto compromisso e fidelidade, principalmente na questão da ética e moral, pois quando se trata de aceitar Jesus Cristo, admitir que ele é Deus, todo mundo assina em baixo, mas quando essa Fé exige mudanças no meu modo de pensar e de agir, daí somos todos do time de Pedro, que naquele momento foi chamado de Satanás por Jesus, exatamente por não querer aceitar o jeito de agir de Deus.
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