Sábado, 21 de Janeiro de 2012
Evangelho: Mc 3,20-21
Os parentes de Jesus não aceitam que "vinho novo necessita de barril novo". A prova de que Jesus começa a correr perigo está na própria cena: a presença de doutores da Lei vindos de Jerusalém (v 22). As reflexões de Jesus afrontam o poder estabelecido e ditam novas regras a fim de banir a desigualdade entre os homens, porém, estas atitudes colocam em xeque a vida não somente de Jesus mais de seus familiares. Para tanto, seus familiares descrevem Jesus como louco por ter a coragem de falar a verdade e não temer as conseqüências.
Homem de fibra e corajosos. Podemos definir Jesus de várias maneiras, mas seus familiares e muitos que eram criticados por Ele preferiram chamá-lo de louco. Acreditavam que uma pessoa normal agiria de outra maneira. Assim, normal para muitos consistia em aceitar as mazelas sociais e os desconfortos da vida sem questionamento. Era capaz de enxergar a violência e não ter a coragem de intervir. O normal para muitos era ser passivo diante da injustiça, deixar que a maldade reinasse sem mudar o percurso. Mas para Jesus esta situação era anormal. O homem não pode ver a desgraça em sua frente e calar-se. Deve ter a hombridade de lutar para mudar a situação desconfortável, ser uma pessoa de atitude.
Jesus não suportava ver seus irmãos na miséria e na exploração. Sempre que possível abriria os olhos dos infelizes com objetivo de sair da situação de penúria. Jesus fazia tudo por amor e por sua missão. Logo, por onde andava seja pregando, curando ou expulsando demônios, Jesus arrebanhava multidão de pessoas.
Claro que muitos opositores de Jesus sentiram-se incomodados. De repente, um jovem pobre, que andava de um lugar para outro, sem um lar definitivo para morar e um emprego para ganhar seu sustento, era adorado e cultuado sem cessar. Ademais, nos discursos sempre pregava contra os donos do poder, dos sacerdotes do templo, dos saduceus, enfim, Jesus pregava contra os exploradores. Só poderia chamá-lo de louco, pois, ninguém tinha a coragem de fazer o que Jesus fazia.
Ainda hoje há alguns loucos por ai pregando e levando a justiça a muitas pessoas. De vez em quando alguns são tombados, amordaçados e silenciados pelos homens poderosos. São missionários, discípulos, profetas e anunciadores corajosos que a exemplo de Jesus enfrentam a lógica da situação com determinação e afinco. Eles denunciam mesmo. Tem amor com os desvalidos e com os empobrecidos e doa-se a vida a causa do Reino da justiça.
Enfim, perguntamos: será que reconhecemos alguns loucosperdidos no mundo de hoje? Pense! Amém!
Felicidades. Claudinei M. Oliveira.
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