João 1, 47-51
Bom dia!
Antes de tudo, Natanael, nada mais é que Bartolomeu, aquele que viria a ser um dos discípulos de Jesus. E bem nesse contexto dessa semana que refletimos nossa fé, vemos o evangelho sobre alguém que segundo Jesus, possuía uma grande crença.
A esse mesmo Bartolomeu, Jesus diz que sua fé seria recompensada com a promessa: "(...) Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem".
Temos ainda muita dificuldade em acreditar no que ainda não vimos, pois nossa fé permeia o visível, o palpável... Algum dia nos perguntamos se realmente não vimos, ou será que vimos, mas não reconhecemos? Um fato comum isso, pois às vezes coisas que procuramos a casa inteira estão bem a vista de nossos olhos. Quem nunca procurou a caneta que estava atrás da orelha?
Passamos três dias refletindo que Jesus é o cordeiro de Deus e nos perguntamos muito a quantas anda nossa fé. Que cremos em tudo que nos ajude ou nos faça acreditar que dará certo, mas pouco acreditamos no que de fato nos salva.
Jesus sim também nos viu debaixo de outras figueiras da vida e sabe bem como somos. Conhece nossas aptidões e fraquezas, mas percebe que o processo de conversão quando nós reconhecemos seus sinais. Conhece e esteve perto de cada vitória e foi a primeira mão entendida que vimos após cada queda ou angústia, mas será que ouvimos os sinais?
Quantas vezes ao sair de casa não ouvirmos a mãe dizer "meu filho(a), meu coração dói, por favor fica em casa!" e mesmo assim fui? Quantas vezes os pais nos avisaram que não confiavam em alguns dos nossos amigos ou namorados (as)? Quantas vezes fazendo algo escondido parecia-me que alguém me sondava e dizia sussurrando "pare"?
É fato: O Senhor sempre nos sonda. Paira em nossos pensamentos, dos bons e maus, e observa nossos atos mais secretos, dentre eles a nossa fé e a nossa verdadeira face. Não temos máscaras para Deus, por isso é perca de tempo justificar, digo isso, pois em nossas orações, Deus pouco nos responde pois perdemos muito tempo pedindo ou justificando.
"(...) Vós me cercais por trás e pela frente, e estendeis sobre mim a vossa mão. Conhecimento assim maravilhoso me ultrapassa, ele é tão sublime que não posso atingi-lo. Para onde irei, longe de vosso Espírito? Para onde fugir, apartado de vosso olhar? Se subir até os céus, ali estareis; se descer à região dos mortos, lá vos encontrareis também. Se tomar as asas da aurora, se me fixar nos confins do mar, é ainda vossa mão que lá me levará, e vossa destra que me sustentará. Se eu dissesse: Pelo menos as trevas me ocultarão, e a noite, como se fora luz, me há de envolver. As próprias trevas não são escuras para vós, a noite vos é transparente como o dia e a escuridão, clara como a luz".(Salmo 138, 5-12)
Deus conhece nossos tropeços e quando desejamos voltar. O amor dele nos acalenta na fraqueza e no fortalece no tempo favorável. Nesse ponto admiro Natanael, pois não perdeu tempo justificando o que fazia na figueira e sim pôs logo a admirar aquele que o conhecia tão bem
Será que só amoleceremos o coração de novo na semana santa?
Sua conversão pode ser hoje. Como Bartolomeu, ela pode mudar sua história!
Um imenso abraço fraterno
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