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1 de fev. de 2011

A apresentação do menino Jesus ao templo - Nancy


2 de Fevereiro – 4ª feira

Evangelho - Lc 2,22-40

"(...) Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição (...)" – Nancy

Maria e José eram fidelíssimos à Lei Mosaica. Por isso, completados os dias da purificação da mãe e da apresentação do filho ao templo, levaram-NO à presença do Senhor para ser consagrado, cumprindo o estabelecido: "Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor."

Assim inicia-se este evangelho de Lucas narrando sobre a apresentação e consagração do menino Jesus ao Senhor no templo de Israel.

Prosseguindo, diz o evangelista que ofereceram como sacrifício um par de rolinhas ou pombinhos – a menor das ofertas. A bem da verdade, oferta compatível com as condições socioeconômicas da Família de Nazaré.

Rememoremos. Consagrar o primogênito do sexo masculino a Deus, naquela época, soava como uma sentença de entrega total. Era como se disséssemos: "Toma em tuas mãos este nosso filho, Senhor. Ele é teu, faz Dele aquilo que for da Vossa vontade."    

Maria, exemplo de mãe e serva do Senhor! Obediente aos mandamentos religiosos, inspirada pelo Espírito Santo, dissera o seu "SIM" para abrigar em seu ventre o Salvador do Mundo – Jesus Cristo, o Messias. Sabia, entretanto, antecipadamente, da caminhada crucial que atravessaria naquele contexto opressivo e excludente do império romano. Mas confiante, o consagrava, o entregava, com amor incondicional.

O texto de Lucas narra também neste evangelho as graças concedidas aos seus fiéis nas pessoas de Simeão e Ana.

Simeão, um homem justo e piedoso, recebeu de Deus a graça de ver o Messias antes de sua morte, exatamente como lhe fora anunciado através do Espírito Santo de Deus. E a Ana, uma profetisa, dera o Senhor a graça de louvar o Rei de Israel – Jesus Cristo.

Abençoando a família de Nazaré, Simeão dirigiu-se a Maria, mãe de Jesus, proferindo: "Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma."

Imaginemos o coração dessa mãe, entregando seu filho, ouvindo tudo isso, quando já pressentira a cruz que carregaria com Ele e por Ele, o enviado Messias. Messias nascido de pais humildes, na simplicidade, na pobreza material, mas na realeza espiritual, com infinita sabedoria, autoridade e poder!

Reside aí a contradição: templo das autoridades romanas e israelitas, ostentado com luxo e muita pompa, de um lado. Do outro, uma família comum, com parcos recursos materiais. No entanto, enriquecida e aquecida pela abundância afetiva familiar e das multidões que esperavam pelo Messias – o Salvador.

Como cristãos, também fomos, um dia, batizados com o Espírito Santo. E de forma similar, fomos consagrados para crescer, caminhar e irradiar a luz de Cristo, jamais deixá-la embaixo de uma mesa. Irradiar a todos ao nosso redor: ser luz! E o que fizemos (ou fazemos) com todo esse ritual de comprometimento batismal das leis de Deus e da igreja das quais participamos?

Testemunhar Jesus em nossa vida através do batismo que recebemos, da confirmação que professamos no sacramento da crisma, das orações proferidas no Creio, da comunhão com Deus e com nossos irmãos que sofrem à margem de tudo, são tarefas do verdadeiro cristão.

Pensemos na intensidade da dor de Maria, mãe de Jesus e nossa mãe, no calvário de seu filho.  Mas pensemos também nas inúmeras Marias dispersas pelo mundo, que perdem seus filhos para a prostituição, para as drogas, vícios, violências... Enfim, pelos apelos midiáticos que exploram e valorizam os prazeres carnais momentâneos, passageiros.

Roguemos a Deus que nos conceda os dons do Espírito Santo, frutificando e disseminando o nosso SIM à missão evangélica, entoando: "Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor! Pra fazer Tua vontade, pra viver no teu amor, eis-me aqui, Senhor!."

Que assim seja! Abraços fraternos.

Nancy – professora

 

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