01 de março- segunda
Lucas 6, 36-38
Não julgueis e não sereis julgados.
Fulano? Aquele cara não presta! Não vale nada! É um verdadeiro canalha! Quantas vezes já nos manifestamos assim, com relação a alguém, que na verdade possui tais características, mais não cabe a nós, condená-los. Porque o termo julgar empregado no evangelho, é a mesma coisa que condenar o qual tem início no discriminar. E nós somos especialistas em fazer isto. Consideramo-nos perfeitos, e vez por outra nos fazemos de juízes revestidos de todo o poder de classificar pessoas e condená-las a exclusão do nosso grupo, que às vezes, é um grupo que prega a amizade, a inclusão, o perdão, e até o amor ao próximo. Que vergonha! Que hipocrisia! Se nos espelhássemos seriamente em Jesus, veríamos que Ele não descriminou ninguém. Apontou, sim, a hipocrisia dos fariseus, como nós às vezes temos de denunciar os erros das pessoas, mais não denunciar as pessoas em si. A correção fraterna tem o objetivo de educar, de ajudar o irmão a vencer os seus defeitos, mais não tem o objetivo de condená-lo. Precisamos e devemos corrigir os nossos filhos, os nossos alunos, os nossos subalternos como funcionários, e empregados, em fim, os nossos irmãos. De preferência, chamando-os num canto, e colocando às claras o que eles têm feito de errado e que não pode de jeito algum continuar, para o bem daquela comunidade, para o bem da Igreja, da empresa, da firma, para o seu próprio bem. Mas excluir este irmão da comunidade, é o mesmo que condená-lo. E, uma comunidade que prega a inclusão não pode em hipótese alguma, excluir em nome de Jesus, por que Jesus não excluiu. Não podemos negar que existem pessoas perigosas, doentes mentais como os esquizofrênicos, os psicopatas, etc., pessoas que a gente só pensa que existem em filmes de suspense ou de terror. Quanto a estes, realmente precisamos ter cuidados especiais, entregando-os para Deus, rezando muito por eles, mais não nos esquecendo de que não cabe a nós, condená-los. Mesmo por que, sendo doentes mentais, assim como um louco, não têm consciência dos erros que cometem, dependendo do caso, é claro. Viu? A coisa é muito complicada. Para concluir, quando alguém age de forma explosiva contra nós, maltratando-nos e nos ofendendo sem mais sem menos, prejudicando-nos de forma acintosa, tirando os seus defeitos e colocando-os em nós, e assim por diante, é quase certeza que esta pessoa tem sérios problemas mentais. Citemos um exemplo típico. Na família tem um dos irmãos que nasceu com pouca inteligência e como viver e resolver problemas um atrás do outro, aquela pessoa fracassou na vida, e por isso tem uma personalidade agressiva principalmente para com os próprios irmãos, apesar de que estes vivem ajudando-o. É uma pessoa muito infeliz, revoltada, que tem ódio de si mesma, do mundo, das pessoas bem sucedidas, e, revoltada principalmente contra Deus que o fez assim. Apesar dessa pessoa nos irritar com suas agressões injustas, não vamos condená-la, julgando-a. Mais sim ajudá-la mesmo que nos ofenda, e rezar por ela. Isso não é nada fácil. Mais Jesus que amou tanto ao ponto de dar a sua vida por nós, vai nos dar a força necessária para que possamos conseguir amar esse nosso irmão do jeito que ele é, sem classificá-lo como uma ovelha negra e excluí-lo da família.
Sal
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