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14 de out. de 2009

A ESCOLHA DOS DISCÍPULOS

28 DE OUTUBRO – QUARTA -FEIRA

(Efésios 2,19-22)

Primeira leitura: Para Paulo, Cristo não é o fundamento sobre o qual a Igreja foi construída, mas a pedra mestra, sua glória culminante. Contudo, apesar dessa imagem um tanto estática da Igreja como construção já edificada, uma entidade fechada, o autor ainda fala de seu "crescimento", combinando assim a metáfora de "corpo de Cristo" com a construção de um edifício. A estrutura toda, tendo se ajustado em Cristo, se eleva para formar um templo santo. Em Cristo, esses leitores gentios também são integrados nesse templo, a mora­da de Deus no Espírito.

EVANGELHO

(Lucas 6, 12-19)

Antes de escolher os 12 discípulos entre muitos outros que o seguiam, Jesus permaneceu a noite inteira falando com o Pai. Rezando.

Porque doze? Era tradição das comunidades oriundas do judaísmo escolher doze homens os quais exerciam a liderança da igreja. Jesus, respeitando a tradição, escolheu 12 discípulos.

Os doze apóstolos. Lucas coloca a es­colha dos Doze imediatamente antes do "Grande Sermão", de modo que ela assume o caráter de uma instrução oficial para toda a Igreja reunida sob seus chefes. A importância da decisão de Jesus ao escolher os Doze é sublinhada pela menção de sua vigília durante a noite toda. Ele reúne todos os dis­cípulos, escolhendo dentre eles o grupo central. Três deles já encontramos antes e encontraremos de novo (Pedro, Tiago e João), outro desempenhará um gran­de papel mais tarde (Judas Iscariot); mas os restan­tes são mencionados apenas aqui pelo Evangelho de Lucas. O fato de haver Doze é importante em si, porque esses chefes cristãos devem governar o Israel renovado no lugar dos patriarcas de outrora confira em (Lc 22,29-30).

Os Doze são chamados "apóstolos", da palavra grega apostellõ, que significa "enviar". André é agora mencionado junto com Simão Pedro, seu irmão depois os irmãos Zebedeu. Filipe e Tomé são conhecidos do Evangelho de João. Sobre Bartolomeu e Tiago, filho de Alfeu, o Novo Testamento não nos diz mais nada. Mateus é chamado "coletor de impostos" em Mt 10,3. O segundo Simão é chamado "Zelote", título que o alinha com os nacionalistas judeus que tramavam a expulsão dos romanos daquele território invadido e dominado. Judas, filho de Tiago, também é mencionado no Evangelho de João (Jo 14,22), mas, além disso só nos escritos de Lucas (J, 13), onde assume o lugar de Tadeu na lista tradicional (Mc 3,18; Mt 10,3). É provável que sejam dois nomes para a mesma pessoa. O significado de "Iscariot" é motivo de especulação; talvez seja "originário de Keriot" (povoado da Judéia).

Jesus reza antes de tomar a grande decisão da escolha dos 12 discípulos que seriam com exceção de Judas as pilastras mestras da Igreja Católica, os primeiros sacerdotes sendo que um deles seria o primeiro Papa. Será que Cristo precisava mesmo fazer isso? Passar a noite inteira em oração? Ou só o fez para nos dar o exemplo? Seja como for, Ele passa a noite inteira falando com o Pai, explicando, pedindo, decidindo, e sabe lá o que mais. E no outro dia, não estava sonolento, pois sua natureza divina o satisfazia do sono assim como da fome, da sede, conforme o caso.

E você? E eu? E nós? Prezados irmãos. Quantas noites já passamos em oração? Será que rezamos antes de uma grande decisão como, por exemplo... quando vamos pedir a mão daquela moça em casamento? Ou quando vamos escolher os padrinhos para nossos filhos? Sabe, muitas vezes até nos esquecemos de Deus nas nossas escolhas e decisões. E mais tarde, quando a vaca vai para o brejo, quando descobrimos que fizemos a escolha errada, é que nos lembramos de Jesus, é quando nos lembramos de rezar. É, somos assim, às vezes nos sentindo auto-suficientes achando que não precisamos de Deus, e em seguida quando tudo começa a desandar, caímos em nós e baixamos a crista, reconhecendo a nossa fraqueza, nossa estupidez e talvez nossa pouca fé.

Sal

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