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2 de out. de 2009

OS DISCÍPULOS QUEREM UM LUGAR DE HONRA

18 OUTUBRO DOMINGO - CELEBRAÇÃO DA PALAVRA

PRIMEIRA LEITURA

Neste trecho do livro do profeta Isaías, não é difícil ver como o Cristianismo pode alegar que esse modelo foi novamente exemplificado na morte de Jesus de Nazaré, o qual sendo justo, sofre para o perdão dos injustos.

A idéia essencial desta leitura é que os sofrimentos dos justos carregam os pecados de outros. A idéia baseia-se na analogia do sacrifício. O famoso ritual do bode expiatório em Lv 16 exemplifica a lógica do procedimento. O Justo, meu Servo, justificará muitos homens, e tomará sobre si suas iniqüidades.

Jesus entrega sua vida por nós. Pelo perdão dos nossos pecados. E o que temos dado em troca? Indiferença, pecados e mais pecados, e muitas desculpas para não ouvir o seu chamado de segui-lo, ou seja, para dar seguimento ao seu programa de salvação do mundo através da evangelização.

SEGUNDA LEITURA Hebreus 4, 14-16

Confiança em nosso sumo sacerdo­te. O tema da segunda parte importante de Hebreus são o papel e a atividade de Cristo como sumo sacerdote único, cujo sacrifício definitivo de si mesmo pelos pecados da humanidade realizou o que o complicado ritual sacrifical dos israelitas não conseguiu fazer. Por conseqüência, o sacrifício de Cristo inaugura uma nova aliança e substitui toda a velha ordem descrita no Antigo Testamento. Contudo, o Antigo Testamento ainda é a palavra de Deus e, portanto, ainda será usado nesta parte para interpretar o significado da morte de Jesus.

Do mesmo modo que a primeira parte impor­tante do sermão estava entre duas passagens sobre a palavra de Deus, a segunda está cercada por duas passagens de exortação que têm muitas semelhanças, até mesmo verbais.

Jesus foi apresentado como sumo sacerdote pela primeira vez e chamado de misericordioso e fiel. Depois de examinar sua fidelidade voltamos para sua qualidade de misericórdia, primeiro na passagem de transição. Sua misericórdia está en­raizada em sua participação na natureza humana, a ponto de ser tentado de todas as maneiras que os mortais são, "sem todavia pecar" .

EVANGELHO Marcos 10, 35-45

Os discípulos se acharam no direito de ter a honra de se sentarem ao lado de Jesus na vida eterna, e pediram a Jesus este privilégio. Jesus negou alegando que eles não sabiam o que estavam pedindo.

Tiago e João pedem a glória; Jesus, porém, Ihes dá a cruz. O pedido de Tiago e João para se sentarem à direita e à esquerda de Jesus na glória caracteriza a penúltima cena antes da chegada de Jesus em Jerusalém, o lugar de sua morte. Parece quase impossível que esses dois discípulos fizes­sem um pedido tão ambicioso e impróprio depois que Jesus descreveu seu caminho de sofrimento com tanta clareza.

Jesus responde ao pedido com uma pergunta desafiadora: "Podeis beber a taça que vou beber, ou ser batizados com o batismo com que serei batiza­do?" Como para Marcos a linguagem de "taça" e "batismo" simboliza a agonia e a morte próximas de Jesus, é óbvio que Jesus desafia Tiago e João a levar muito a sério o que significa segui-lo para a glória.

Assim, Jesus conclui o diálogo de tal maneira que Tiago e João recebem uma resposta profunda, e não a resposta desejada a seu pedido ambicioso. A res­posta não é um simples "sim" ou "não", mas um desafio: "Talvez o Pai reserve os lugares para vós, se estiverdes dispostos a tomar minha cruz, minha taça, meu batismo".

Você poderia ficar indignado com Tiago e João, como os outros dez discípulos ficaram, e dizer: "Como eles são egoís­tas!" Entretanto, Jesus reúne lodos os seus seguidores e diz: "Não é só neste incidente que os cristãos demonstram atitudes não-cristãs e egoístas. Quem quiser seguir o Filho do Homem precisa tomar uma atitude intransigente contra valores não-evangélicos como ser senhor absoluto dos outros . Ser cristão é ser servo, como Jesus era . Ser o primeiro e o maior é servir as necessidades de todos, como Jesus fez. Esse é o caminho da glória para um discípulo do Jesus!

Como essa cena apresenta Tiago e João, dois dos discípulos mais íntimos de Jesus, lembre-se que estavam com ele na transfiguração, e que es­tarão com ele no jardim de sua agonia, a mensagem de Jesus aqui tem relevância especial para todos os que ocupam uma posição de liderança na Igreja hoje. É uma "liderança de servo" que Jesus exige. Os líderes da Igreja devem ser os primeiros a "beber a taça", servindo diariamente às necessida­des dos irmãos e irmãs, sejam quais forem, onde quer que sejam percebidas.

Muitas vezes pedimos a Deus muitas coisas que não recebemos. É porque, como os apóstolos, não sabemos o que estamos pedindo. Aquilo que pedimos e não conseguimos, aos nossos olhos seria a maior glória. Mas aos olhos de Deus que sabe tudo, seria a nossa ruína eterna. Talvez alguém já tenha pedido a Deus o prêmio da Mega Sena e ficou triste por não ter conseguido. Acontece que para nós, o grande prêmio seria a salvação da nossa vida. A super solução de todos os nossos problemas e muitas outras coisas. Mais para Deus, que vê tudo a quilômetros na frente, aquela dinheirama iria prejudicar a nossa vida, a nossa salvação.

Com todo esse dinheiro, novos amigos aparecerão, inventamos coisas para comprar, não teremos mais o sossego que temos agora para meditar, rezar, evangelizar... A vida viraria uma verdadeira loucura! Ou será que conseguiríamos conciliar tudo isso, e canalizar toda essa verba em obras de caridade, em investimentos que socorreriam os pobres e excluídos? Sei lá! Só vendo para crer, ou para ver o que realmente aconteceria.

Jesus responde ao pedido dos discípulos com outra pergunta. “ Vocês seriam capazes de beber o cálice que vou beber?” Teriam coragem de passar pelo sofrimento que vou passar? Jesus sabia que não! Ele sabia antecipadamente que na hora de sua prisão, todos iriam “saltar de banda” como o fizeram.

É o que acontece, por exemplo, com muitos casamentos. O casal jura amor para sempre um ao outro. Como Pedro jurou a Jesus. Quando se casam, e chega a “hora da onça beber água”, quando os ventos da desventura começa a soprar, tudo muda.

Jovens: Não acreditem em juras de amor infinito, tipo assim: Querido, com você eu moro até debaixo de uma ponte! Se liga na parada! Ela diz isso agora. Porque quando você ficar desempregado, a conversa muda. O relacionamento muda. Muda até o seu desempenho. Sem emprego você passa a ser desprezado não só por ela, mais por todos da família. Humilhado dentro da sua própria família, você fica como uma barata tonta, sem saber o que fazer.

A menos que você tenha se casado com uma moça cristã, de família cristã, garota de muita fé e seguidora dos ensinamentos de Jesus Cristo. Neste caso a coisa será diferente. Desconsidere o que acabou de ler, porque você vai ser ajudado em vez de ignorado. Você vai ser incentivado a superar aquela crise passageira, a levantar a cabeça e dar a volta por cima. Que Deus nos livre não só do Efeito Estufa, mais também do desemprego e de um mau casamento. Amém

Sal

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