23 DE OUTUBRO - SEXTA-FEIRA
(Lucas 12,54-59)
“...quando fores com o teu adversário ao magistrado, faze o possível para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele te não arraste ao juiz, e o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na prisão.”
Esta comparação que Jesus faz é para que a comparemos com o caminho da nossa vida. Temos de aproveitar o tempo que nos resta para nos reconciliar com o nosso irmão ou irmã entes que estejamos diante do juízo final.
Na nossa caminhada às vezes passamos por situações complexas, confusas que nos levam a ter atritos com alguns irmãos, do tipo colega de trabalho, vizinhos, ou mesmo familiares. Tais situações desagradáveis nos deixam em desconforto com as nossas convicções religiosas, ou com nossa consciência moral, mesmo sabendo que só estávamos nos defendendo de um injustiça por parte do nosso irmão. Nossa consciência moral nos espeta por ter agido tão duro mesmo se tratando de uma pessoa injusta.
Mesmo depois de ter confessado, ainda fico com receio de comungar, por causa de uma discussão com o meu vizinho. Disse-me aquela senhora que o povo chama de “beata”.
Ocorre que se fomos injustiçados, é nosso direito de nos defender, agindo até com certa firmeza ou dureza com relação às atitudes daquele nosso irmão desonesto. E se confessarmos após ter avaliado a nossa dose de culpa naquele caso, já fomos ou já estamos perdoados. Não podemos duvidar do poder da absolvição, e da graça de Deus contida nela. Não podemos espremer demais a nossa Consciência Moral. Errados, seríamos se fôssemos nós os injustos, e que estivéssemos prejudicando alguém. Mas não é esse o caso.
De qualquer forma, depois de passar um certo tempo, vamos ficar de olho em uma oportunidade para nos reconciliar com a pessoa com a qual nos desentendemos, enquanto estamos na caminhada rumo ao juízo final e a Vida Eterna.
Prezados irmãos. Essa vida é muito curta, e seria bom a gente colecionar boas ações que semeamos pelo caminho, como os gestos de caridade, e mesmo algum “sapos que engolimos” pelo caminho, porque, às vezes é preferível ficar no prejuízo que recorrer aos nossos direitos, ganhar a questão, mais perder em termos de saúde. Então, a nossa paz vale mais que alguns trocados que podemos perder.
Sal.
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