04 DE NOVEMBRO 2009
Pois os preceitos: Não cometerás adultério, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e ainda outros mandamentos que existam, eles se resumem nestas palavras: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Como já sabemos, Jesus resumiu os dez mandamentos em apenas dois: Amar a Deus, e amar o próximo. Neste trecho da carta de Paulo aos romanos, ele explica que todos os preceitos se resumem no amor ao próximo. Porque quando alguém comente um adultério, está pecando contra o próximo. Ou contra a sua esposa, no caso se for um homem casado, ou contra o marido da mulher envolvida. Se alguém matou, além de tirar a vida do irmão, prejudicou a sua família que teve uma perda inesperada e forçada pela maldade de um criminoso. Quando alguém furta, está lesando ou prejudicando alguém, e assim por diante.
Então, dessa forma, se o amor ao próximo for seguido com todo rigor, como Paulo afirma nesta carta, estaremos salvos, se levarmos a sério o amor a Deus, é claro.
EVANGELHO
Lucas 14, 25-33
“Se alguém vem a mim e não odiar seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos, suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo”.
Jesus usa o termo odiar, que é um exagero semítico para explicar que para seguir Jesus, é preciso renunciar tudo e a todos que ficam no caminho do compromisso total com Jesus, mesmo que sejam parentes próximos. Nesse sentido, “odiar” significa “preferir menos”, e não o ódio que habitualmente conhecemos.
Como vemos, ser discípulo, ser sacerdote, é se entregar. É morrer para si. Tanto é que até um dia desses, os padres usavam batina preta, para significar mortalha, morte para si, entrega total ao serviço de do Reino. Por isso, o sacerdócio deve ser decidido com prudente deliberação.
Jesus usa dois exemplos: o construtor sábio não começaria um projeto sem avaliar sua capacidade para terminá-lo; somente um louco iria para o combate sem considerar as probabilidades de vitória.
Para o discípulo cristão, o sentido é que a renúncia é o sal do discipulado. Quando um seguidor de Jesus começa a ocultar alguma coisa, o discipulado se torna uma charada. A parábola do sal tem várias aplicações. No Evangelho de Mateus, está ligada à imagem da luz e é usada em termos de bom exemplo (Mt 5,13); em Marcos, o sal é fonte de paz na comunidade (Me 9,50).
É por isso que a decisão de ser sacerdote deve ser uma coisa muito bem pensada. E nos tempos atuais, a coisa fica muito mais difícil, porque o sacerdote é bombardeado por todos os lados, por uma enxurrada de sensualidade que lhe invade os sentidos principalmente os olhos. É pela televisão, pela internet, pelos filmes e até andando pelas ruas. Assim, fica muito difícil não obstante a graça de Deus e a ajuda da Mãe castíssima, um padre negar a si mesmo, dizendo não a sua sexualidade.
Tenho a impressão que se Cristo Jesus andasse hoje pelas nossas comunidades, provavelmente faria algumas concessões na preparação dos novos padres, ou mesmo na vida dos sacerdotes já existentes, talvez mudando o celibato obrigatório, para um celibato opcional. E com certeza, teríamos muito mais sacerdotes.
Sal
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