14 de novembro 2009
Lc 18,1-8
O juiz corrupto e a viúva. Esta parábola sobre a persistência na oração tem muitas semelhanças com a parábola do homem que acorda o vizinho no meio da noite (11,5-8). O contexto aqui é de conforto e incentivo para os discípulos, enquanto esperam a vinda do Filho de Deus. "Continuai a rezar, não vos desanimeis", é a ordem do Mestre! Pedir sempre, mesmo que pareça que Deus não está nos ouvindo.
O juiz é totalmente inescrupuloso, não se deixando guiar nem pela lei divina nem pela humana. A viúva está pedindo apenas seus direitos; pela lei judaica, ela pertencia ao grupo dos indefesos especiais que deveriam ter prioridade (Dt 24,17-22). A recusa do juiz em agir pode ter sido devida à preguiça, ao medo do adversário dela, ou por ela não ter importância a seus olhos. Finalmente, ele é levado a fazer justiça por medo das conseqüências para si mesmo, se ela persistir no pedido. Jesus compara a insensibilidade do juiz com o cuidado que Deus dispensa a seus eleitos. Se o juiz injusto agirá depois de pedidos persistentes, que dirá Deus? Mas o atraso de uma resposta à oração e, em especial aqui, o atraso da vinda do Filho do Homem, pode fazer com que os seguidores de Jesus desistam. Quando o Mestre vier, alguns terão perdido a fé.
Prezados irmãos. Neste Evangelho, a mensagem central de Jesus para nós é a insistência que devemos ter nas nossas orações. Ele disse que devemos rezar com fé, humildade e insistência. Aquela viúva insistiu tanto que o juiz teve de lhe fazer justiça, não porque ele estava disposto a cumprir a justiça, mas para não ser mais incomodado.
Veja. Mesmo que você não esteja recebendo aquela graça que você vem pedindo a Deus todo dia, continue pedindo. Insista. Peça todo dia mais peça com mais fé e mais humildade, até você conseguir. Foi o próprio Cristo quem aconselhou a fazer assim, inclusive deu exemplo, conforme citamos no início.
Sal.
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