29 DE OUTUBRO - QUINTA-FEIRA
(Lucas 13,31-35)
Na carta de são Paulo aos Efésios, ele vai dizer que. Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas que por todos nós o entregou...
Será que não estamos poupando o nosso filho de ser um padre? Conheci, recentemente, um caso muito triste. Um jovem que desejava ser padre, foi impedido de ingressar no seminário pelo próprio pai. Sua alegação. É o meu filho único. O único herdeiro, não vai ser possível!
Que pena! Por causa de uma herança, perdemos um padre!
Mas a mensagem principal da carta de Paulo para nós hoje é que Deus é por nós. Em uma série de cinco perguntas, Paulo analisa como estamos seguros, como deveríamos ter certeza. Isso naturalmente não significa que a vida seja um mar de rosas. O v. 35 relaciona sete perigos ou dificuldades que nos separam do amor que Cristo tem por nós. A lista não é apenas imaginária; resume os ataques variados e potencialmente fatais aos quais estão sujeitos os seguidores de Cristo. Os rabinos usavam com freqüência a citação de SI 44,23 (v. 36) para descrever o martírio dos piedosos. Contudo, os vv. finais são positivos, firmes e confiantemente seguros. Nenhuma outra força nem poder (vv. 38-39), nem mesmo o poder personificado dos astros (alturas ... profundezas), pode nos separar do amor de Deus que nos vem de Jesus Cristo, nosso Senhor.
EVANGELHO
Vejam a que ponto chegou a falsidade dos fariseus. Fingir que estavam preocupados com a vida de Jesus. Não dá para acreditar. Mas O Mestre que via seus interiores, o que pensavam e sentiam, logo percebeu que se tratava de um recado de Herodes. Sendo assim, Jesus manda a resposta. “...Ide dizer a essa raposa: eis que expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e ao terceiro dia terminarei a minha vida.
É necessário, todavia, que eu caminhe hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não é admissível que um profeta morra fora de Jerusalém.”
A atitude corajosa de Jesus fazia lembrar a dos antigos profetas de Israel, que não se deixavam vencer por intimidação de espécie alguma.
A atitude dos fariseus que fazem a advertência sobre Herodes não é descrita, mas a intervenção deles deve ser entendida como hostilidade em vez de ajuda a Cristo. Herodes poderia ter demonstrado o desejo de pôr o desordeiro para fora da Galiléia. A referência de Jesus a "essa raposa" talvez seja um jeito de reconhecer a esperteza na ameaça que o apressa para o lugar onde tradicionalmente os profetas encontraram a morte. Jesus descreve duas vezes sua missão em termos de três dias, que aqui Lucas menciona como prenúncio da ressurreição: " ... e no terceiro dia chego ao termo". O tema da tarefa de atribuição divina é muito forte. Não importa o que os governantes humanos queiram, Jesus tem de seguir o plano estabelecido. Também está subentendida a advertência de que Deus não permitirá interferência neste plano, embora reis tenham permissão para colaborar em sua execução. O confronto entre os profetas e os inimigos aconteceu muitas vezes em Jerusalém e até no Templo. Embora historicamente os homicídios não tenham acontecido exclusivamente em Jerusalém.
Prezados irmãos, o nosso trabalho missionário hoje em dia também deve estar desvinculado de qualquer governante humano. Nenhuma paróquia, nenhum ministro de Deus, deve por bem, ser partidário deste ou daquele político. É claro que temos as nossas preferências, votamos neste ou naquele candidato. Mas não devemos misturar seus programas de governo com a mensagem de Cristo, por mais que o candidato seja pelos pobres, por mais que esteja fazendo um governo inteligente, por mais que esteja olhando pelos excluídos e por isso rejeitado pela elite. É uma pena, mas temos de ser imparciais.
Já sei o que você está pensando. A Igreja no seu início era atrelada ao Estado Romano. Sim. E ao que parece, fazia parte do plano de Deus para a divulgação do Cristianismo nascente. Podemos dizer que a Igreja ou o Cristianismo voou nas asas do Império Romano, assim como aconteceu aqui no Brasil de Cabral até a separação da Igreja e do Estado.
Sal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário