22 de Dezembro - Terça
Evangelho (Lucas 1,46-56)
Maria é Magnífica, sigamos o exemplo dessa divina mulher.
Durante a visita a Isabel, dos lábios de Maria sai uma das mais belas orações de todos os tempos. Após saudação de Isabel, Maria agradece e louva a Deus entoando o Magnificat, que nos lembra o antigo testamento, especificamente o cântico de Ana, mulher estéril, por isso discriminada e humilhada. Mas que sabe expressar a sua gratidão ao se tornar mãe de Samuel: “eu o pedi a Javé” (1Sm 2, 1-10), o que nos mostra que Maria conhecia a história de seu povo, e também as escrituras.
O canto de Maria deveria fazer parte de nossas orações diárias para agradecer e louvar a Deus, todos os favores recebidos, assim como fez a jovem Maria. Maria agradece a Deus, humilde serva, escolhida para tornar possível o projeto de salvação da humanidade. Um Deus que é fiel a suas promessas, e que ao se tornar humano, demonstra todo amor à humanidade, especialmente pelos pobres, oprimidos, injustiçados e desprivilegiados. E fadados à ruína estão os soberbos e os poderosos, e contra eles mostra “a força de seu braço.” Com seu cântico Maria testemunha a alegria dos pobres, dos fracos que esperam e confiam na ação do Pai, e suas promessas serão realizadas através do envio de seu Filho Jesus.
Talvez mesmo sem consciência plena de sua missão, Maria responde “sim”, com liberdade, generosidade e humildade, se colocando a serviço de Deus e de toda humanidade: “Eis aqui a serva do Senhor.” E através de Maria torna-se possível o projeto do Pai, de enviar seu Verbo ao mundo, tornar-se humano como nós.
“Maria é para nós escola de fé, destinada a nos conduzir e a nos fortalecer no caminho que conduz ao encontro com o Criador do céu e da terra”, nos diz o Papa Bento XVI, no Documento de Aparecida, n° 266.
Que tenhamos a fé, humildade, e compromisso de Maria com os pobres, necessitados e injustiçados, e que sejamos libertos do orgulho e da soberba que nos impedem que de estarmos como Maria, disponível para um serviço ao Senhor.
Maria Elian
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