O Presépio.

01 –Janeiro 2010 – O Presépio.

Lc 2,16-21

Foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura.

É o cenário do Presépio. Lugar humilde onde nasceu o Menino Jesus, o qual, na qualidade de Filho do Dono do mundo, poderia ter nascido na maior cidade da época e em um berço de puro ouro.

Porém, para cumprir o Plano de Deus para com a humanidade, Jesus nasceu em uma simples manjedoura junto com os animais.

Foi tudo calculado, planejado, conforme a vontade do Pai. Maria daria a luz exatamente no dia em que as pessoas teriam de estar na pequena cidade de Belém, para que fossem recenseados, ou contados. E ao chegarem lá, José e Maria não encontram lugar em nenhuma estalagem, portanto tiveram de se contentar em ficar no abrigo dos animais para passar a noite mais importante da História da Humanidade, a Noite Feliz, em que o mundo inteiro comemora, porque foi a noite em que Deus quis vir ao mundo, se fazendo de homem e nascendo de uma virgem.

Jesus nasceu pobre porque optou pelos pobres, pelos excluídos, porque a riqueza nos afasta de Deus. O poder econômico nos dá a sensação de que podemos tudo, e que somos semelhantes a Deus, justamente porque com o dinheiro podemos comprar quase tudo.

Compramos bens materiais, alugamos pessoas para nos servir, para cuidar dos nossos bens, para preparar todo o conforto a que temos o direito de desfrutar, compramos pessoas que nos agradam, nos bajulem e nos dão até prazer.

Compramos ou pagamos pessoas que cuidam da nossa segurança, da nossa beleza e da nossa saúde. Pagamos profissionais que constroem e personalizam as nossas casas, compramos, compramos e compramos. Só não podemos comprar: a longevidade e a Vida Eterna. Porque, mais cedo ou mais tarde, nos deparamos com a triste realidade de que embora todo aquele império acumulado ao longo da nossa vida, com o poder de compra fornecido pelo dinheiro, nós não passamos de um ridículo esqueleto. Não passamos de amontoado formado de carne, osso e pele.

E quando finalmente chegar o dia e a hora de partir desta vida, não haverá dinheiro que compre um adiamento, ou o cancelamento da morte. Não terá jeito! Teremos de ir e deixar tudo para os outros. Porque só levaremos desta vida o bem que fizermos, PRINCIPALMENTE A CARIDADE PARA COM OS POBRES.

SAL.