A messe é grande e precisa de operários. Nestas palavras de Jesus podemos entender como uma preocupação com a humanidade, muitas vezes tão carente de amor e de uma espiritualidade mais profunda. Quantas pessoas neste mundo andam dispersas, cada uma para um lado, sem se entenderem, até mesmo dentro das igrejas, podemos perceber pessoas que caminham em sentido contrário umas das outras, porque cada um busca o seu próprio interesse levado por uma vaidade pessoal, ou pela sede do poder.
Na igreja ou no mundo as pessoas não são muito diferentes nas suas atitudes humanas quando ocupam certos cargos. Devemos lembrar que ao ocupar determinado cargo, o fazemos para prestar um serviço ao outro, mesmo que seja profissionalmente estaremos sempre a serviço. Como seria bom se o médico além do seu profissionalismo prestasse um serviço ao seu paciente priorizando o seu sentimento de amor ao ser humano, alias para qualquer função profissional que seja, devemos priorizar o amor ao outro, o mundo com certeza seria bem melhor de se viver.
Jesus durante a sua vida pública ensinou e deu exemplo de serviço à humanidade, ensinou que quem quiser ser o maior precisa ser o menor no reino de Deus, como está escrito: “Sabeis que os que parecem governar as nações as oprimem e os grandes as tiranizam. Entre vós, porém, não deve ser assim. Ao contrário, quem de vós quiser ser grande, seja vosso servidor; e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos. Pois também o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate de muitos”. Porém a ganância e o egoísmo têm tomado conta das pessoas de tal maneira que impede que este serviço prioritário aconteça.
Quando Jesus enviou os seus discípulos, os enviou com a intenção de divulgar e fazer o reino de Deus acontecer no meio da humanidade. Ao enviar os discípulos ainda os orienta: 4Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias... Disse isto para nos mostrar que os que servem no reino de Deus, não precisam se preocupar com o consumo material, pois assim como Deus alimenta as aves do céu, assim proverá os seus filhos, palavras difíceis de serem entendidas num mundo em que o consumismo tomou conta da humanidade, já que todos querem ter e ter cada vez mais em detrimento do ser.
Infelizmente no mundo de hoje, as pessoas sofrem com a doença do consumismo, e esta doença tem sido a causa da cegueira espiritual, e conseqüentemente da falta de amor na vida de muita gente. Ao contrário dos reinos deste mundo, o reino de Deus é um reino onde prevalece o amor. “O Amor é paciente, é benigno; não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha” (I Coríntios 13:4-8a). Este é o fundamento do evangelho de Jesus, anunciar e deixar acontecer o reino de Deus no meio da humanidade. Esta é a nossa missão como cristãos, há muita gente necessitando de nosso trabalho missionário, e para reforçar terminemos esta reflexão como a iniciamos, com as palavras de Jesus: ‘A messe é abundante, mas os operários, pouco numerosos; pedi, pois, ao dono da messe que mande operários para a sua messe’ ” (Mt 9, 35-38).
Newtom
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