27 de Novembro
Evangelho - Lc 21,34-36
“Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós”.
Caríssimos. Prestemos muita atenção, para que não sejamos pegos de surpresa! Pois o fim de tudo é a coisa mais certa que existe. Muito embora não gostamos de pensar no fim, precisamos nos preparar para ele.
Viver é resolver problemas e nossa vida é marcada por preocupações da hora que levantamos até a hora que nos deitamos. E precisamos tomar muito cuidado porque as preocupações e a agitação da vida moderna podem fazer de si mesmas o centro da nossa vida, não sobrando lugar para a meditação, para a oração, para o preparo que devemos fazer diariamente para o nosso fim. infelizmente, nós não vivemos a vida que queremos, ou que deveríamos viver. A gente deixa de viver a vida que a gente quer para viver a vida que é exigida de nós. E desse modo não temos tempo para Deus e para o irmão. Só trabalhamos, trabalhamos. Só agimos por interesse, por ambição de ter mais, de comprar mais, de desfrutar mais, e quando mal percebemos, deixamos de desfrutar de muita coisa, pois a caminhada foi tão agitada que nem percebemos que chegou ao seu final. A vida chegou ao fim. Assim, não tivemos tempo para a oração, para a leitura e meditação do Evangelho, enfim, para o encontro com Deus. E percebemos que o que fizemos foi nada mais do que nos preocupar com esta vida sem pensar que ela é passageira. O que fizemos foi deixar de viver na presença de Deus, nos fechando no nosso egoísmo, num mundo que cada vez mais nos escraviza e nos impede de viver a verdadeira vida, a vida dos filhos e filhas de Deus em perfeita comunhão e relação com o Pai.
Prezados irmãos. Não deixe para buscar Deus quando suas forças se acabarem. Não deixe para a última hora, para os últimos dias. Vá agora ao encontro de Deus através de Jesus Cristo vosso Filho. Precisamos nos ater a necessidade de refletir sobre a passagem desta vida para a vida eterna. Sofremos, choramos, temos medo da morte, mas em seguida nos alegramos lá no céu que nos foi prometido por Jesus, o filho de Deus.
E aí? Será que acreditamos mesmo nesta outra vida, ou fazemos tudo o que cremos nesta vida, só por via das dúvidas? Na verdade, é uma coisa que a gente foge de pensar nela. “Sartamos de banda” quando o assunto é morrer, quando a conversa é sobre a morte. Nem pensar. Principalmente quem é jovem. Eles pensam. Agora eu quero mais é viver, curtir a vida, por que esse “barato” de morrer ainda tem muito chão. Assim pensa muitos daqueles que como nós um dia, está na flor da idade, com todo o vigor físico e mental, tentações por todos os lados, e, afinal a vida é só alegria, meu irmão! Qual é?
Eles não sabem o que os espera! Disse um dia um senhor cheio de dores nos ossos. Repare nas missas semanais. A maioria absoluta não é de adultos nem tão pouco de jovens. Quem está lá? Os da terceira idade, os idosos.
Vamos ser sensatos. Ser cristão para mim que já passei da idade adulta, até que não é muito difícil. Agora, difícil foi ser cristão quando eu tinha dezenove anos e mais. Que dureza! Não era fácil resistir a tanta tentação! Era pressão de todos os lados: externos e internos. Lá de fora e dentro de mim.
Foi por isso que Jesus disse : “há mais alegria no céu quando um pecador volta para Deus do que quando os justos estão rezando...”
Geralmente muitos de nós nos debandamos na juventude e voltamos a Deus na velhice, semelhante ao filho pródigo... Depois que aproveitamos bem a vida, voltamos depois dos quarenta para a igreja com aquela cara de santo... Jesus poderia aparecer na nossa frente e dizer: “ Só agora que você vem a mim ? Demorou, brother! Já era! Se vira!
Sal.
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